Foi pobre o debate do "Prós e Contras" sobre o sistema de avaliação de professores e o novo modelo para a gestão das escolas. Pobre, porque não foi dada continuidade às melhores intervenções - talvez as de Fernanda Velez e de Mário Nogueira. Pobre, porque houve intervenções mal preparadas ou que ficaram travadas pela angústia. Pobre, porque a Ministra da Educação usou os argumentos habitualmente repetidos (quando, no princípio, ao dizer que tentaria desmontar os equívocos, disse também que iria explicar e informar sobre os argumentos, deixando no ar a ideia de que muitas coisas ficariam claras) e apresentou um argumento que eu nunca tinha ouvido nem imaginava ouvir - o de que foram contados os últimos 7 anos para a candidatura a professor titular porque seria difícil aceder aos registos biográficos dos tempos anteriores. Pobre, porque o discurso do Presidente da Câmara de Paredes não foi explorado (nem por ele próprio) do ponto de vista das vantagens ou das coerências da presença de uma autarquia nas decisões da educação. Pobre, porque a moderadora revelou pouca informação sobre os assuntos que estava a moderar, porque quis elevar o professor Arsélio (que disse algumas verdades vitais) a um patamar alto em excesso (usou mesmo o argumento do prémio que lhe foi atribuído para lhe pedir para falar mais vezes, como se uma coisa tivesse a ver com a outra!), porque pouca importância deu aos outros três convidados para a discussão e porque revelou pouca (ou nenhuma) paciência para as palmas (como seria se fossem apupos?), demonstrando que um terreno onde há "prós" e "contras" tem que ser asséptico (o que não é verdade!). Foi pobre o debate do "Prós e Contras". Exigia-se mais, sobretudo pelo tempo em que ocorreu.
terça-feira, 26 de fevereiro de 2008
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3 comentários:
Pobre, muito pobre, sem dúvida. Salvo as excepções que apresenta. E poderia ter sido a "hora" de se esclarecerem muitas questões. Mas continuemos "nesta" luta à espera de uma melhor "hora" para todos...
Exigia-se muito mais, mereciamos muito mais... mas é o país que temos - ou o país que somos?
Tive pena de não ver exploradas questões como o tempo que deveriam ter as escolas para preparar a avaliação. Porque não se insistiu na questão de iniciar a avaliação em Setembro de 2008? Porque não foi explorada a questão da subjectividade de alguns itens das grelhas de avaliação? Como alguém disse (mas ninguém respondeu), como é que se mede "empenho"? como é que se mede "disponibilidade"? Enfim... como estes, haveria outros assuntos (até a questão do facilitismo, por exemplo), certamente, que mereciam ter sido argumentados de uma forma mais séria.
Muito pobre mesmo. Concordo.
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