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sábado, 15 de maio de 2010

Duas histórias com professoras, sem proveito para a educação

Duas notícias de ontem tratam da imagem dos professores. A primeira: a propósito do livro 365 piadas novas (Civilização), que contém uma anedota em que uma professora pergunta a um aluno o que dá a vaca, respondendo-lhe o petiz que “a vaca lhes dá trabalhos de casa”. A segunda: em Mirandela, uma professora de Actividades Extra-Curriculares posou para a Playboy, contracenando nua com outra mulher e, como conclusão, a revista esgotou na zona, a sociedade falou e a professora vai mudar de ramo.
Toda a gente sabe que a sociedade é muito pouco púdica e que, frequentemente, quer dar de si uma imagem que não corresponde ao que na realidade sente. Coisas que todos sabemos, claro! Sempre houve anedotas sobre profissões, como sobre povos ou sobre regiões. E, com franqueza, nunca apreciei aquelas que têm como propósito a humilhação, independentemente de se referirem a profissões, povos ou terras. Parece que a alegria de nos rirmos só se satisfaz com o azar dos outros ou com a humilhação dos outros e isso é lamentável. Tal como é lamentável a inserção da tal anedota no dito livro, que só prova a falta de sentido de humor e a banalização das referências.
Quanto à jovem transmontana, pode ser que ela tenha decidido o seu futuro (e só desejo que seja a seu contento). Estou longe de subscrever as opiniões que isentam a jovem de responsabilidades e que peroram em favor de classificar a sua atitude como algo de normal, num tempo em que o corpo significa isto ou aquilo, porque são argumentos fáceis. Obviamente que a liberdade foi toda sua e a sua exposição na revista não merece reprovação. Mas, provavelmente, a sua área não seria a da educação no 1º Ciclo. Educar também exige referências, queira-se ou não, goste-se ou não. E as que se relacionam com o corpo não serão provavelmente as do explícito ou da exposição… da estética da professora!
Relacionadas com a educação – em face dos seus protagonistas –, nenhuma destas histórias abona a seu favor. Muito embora ambas possam aproveitar por outras talvez interessantes razões…

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

O Carnaval de Torres Vedras, o "Magalhães", a anedota e Miguel Gaspar

«(...) Surpreende que uma magistrada dê uma ordem com urgência para a remoção de algo que não chegara sequer a ver, apesar de a "obra" estar exposta na via pública há duas semanas. Surpreende também que horas depois a mesma magistrada diga daquilo que mandara tirar que afinal de contas podia ficar. Surpreende ainda que não se tenha sabido com base em que lei foi mandado substituir o falso ecrã do Magalhães. E surpreende pelo caminho que o procurador-geral Pinto Monteiro, instado a pronunciar-se sobre a magna questão do Entrudo de Torres, tenha dito que a imagem final montada no "computador" era diferente da que fora mandada retirar.
Que grande trapalhada! E tudo por causa do que parece ser uma precipitação de uma magistrada por conta de uma vulgar brincadeira de Carnaval. Quando o autarca socialista de Torres Vedras saudou a magistrada e o queixoso pela publicidade que tinham dado ao Carnaval, estava escrito um final feliz, à altura desta história sem pés nem cabeça. É que ficou provado, pela primeira vez, que um Carnaval português até pode ter graça. Basta que em vez de tentar ridicularizar os outros, o Carnaval passe a ser ele próprio ridículo. É uma das lições de toda esta insólita e absurda história.
Há todo um Portugal de anedota que se revela aqui. Da juíza que remove com urgência e sem ver o que estava exposto há 15 dias, à autoglorificação dos promotores do corso, promovidos em importância pelo gesto censório, acabando na restauração em festa das moças no Magalhães, após uma curta tarde fascista, ficou demonstrado como a piada do Carnaval era o próprio Carnaval.
E no meio deste barulho todo, ninguém explicou o essencial, ou seja, como é que tudo isto foi possível. Não é que seja muito importante. Mas eu fiquei sem perceber e gostava de saber com base em quê, afinal de contas, um tribunal pode mandar retirar uma paródia de Carnaval. É que isso, dando de barato o ridículo do episódio, não tem graça. Mesmo no Carnaval.»
Miguel Gaspar. "O Magalhães, censurado". Público: 23.Fevereiro.2009

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Bocage à vista (50) - 2ª série

Livros com anedotas alusivas a Bocage (2)
(de uma exposição na Biblioteca Nacional de Portugal, em Novembro de 2007)

domingo, 7 de setembro de 2008

Bocage à vista (47) - 2ª série




Livros com anedotas alusivas a Bocage (1)
(colaboração de Fernando Marcos)

quarta-feira, 12 de março de 2008

Intervalo (5)

Acabadinha de receber...
Depois do choque tecnológico, no Portugal de 2019
Telefonista: Pizza Hot, boa noite!
Cliente: Boa noite, quero encomendar Pizzas...
Telefonista: Pode-me dar o seu NIN?
Cliente: Sim, o meu Número de Identificação Nacional é o 6102 1993 8456 5463 2107.
Telefonista: Obrigada, Sr. Lacerda. O seu endereço é na Avenida Pais de Barros, 19, Apartamento 11, e o número do seu telefone é o 21 549 42 36, certo? O telefone do seu escritório na Lincoln Seguros, é o 21 574 52 30 e o seu telemóvel é o 96 266 25 66, correcto?
Cliente: Como é que conseguiu todas essas informações?
Telefonista: Porque estamos ligados em rede ao Grande Sistema Central.
Cliente: Ah, sim, é verdade! Quero encomendar duas Pizzas: uma Quatro Queijos e outra Calabresa...
Telefonista: Talvez não seja boa ideia...
Cliente: O quê...?
Telefonista: Consta na sua ficha médica que o senhor sofre de hipertensão e tem a taxa de colesterol muito alta. Além disso, o seu seguro de vida proíbe categoricamente escolhas perigosas para a saúde.
Cliente: Claro! Tem razão! O que é que sugere?
Telefonista: Por que é que não experimenta a nossa Pizza Superlight, com Tofu e Rabanetes? O senhor vai adorar!
Cliente: Como é que sabe que vou adorar?
Telefonista: O senhor consultou a página 'Receitas Gulosas com Soja' da Biblioteca Municipal, no dia 15 de Janeiro, às 14:27 e permaneceu ligado à rede durante 39 minutos. Daí a minha sugestão...
Cliente: Okay, está bem! Mande-me então duas Pizzas tamanho familiar!
Telefonista: É a escolha certa para o senhor, a sua esposa e os vossos quatro filhos, pode ter a certeza.
Cliente: Quanto é?
Telefonista: São 49,99.
Cliente: Quer o número do meu Cartão de Crédito?
Telefonista: Lamento, mas o senhor vai ter que pagar em dinheiro. O limite do seu Cartão de Crédito foi ultrapassado.
Cliente: Tudo bem. Posso ir ao Multibanco levantar dinheiro antes que chegue a Pizza.
Telefonista: Duvido que consiga. A sua Conta de Depósito à Ordem está com o saldo negativo.
Cliente: Meta-se na sua vida! Mande-me as Pizzas que eu arranjo o dinheiro. Quando é que entregam?
Telefonista: Estamos um pouco atrasados. Serão entregues em 45 minutos. Se estiver com muita pressa pode vir buscá-las, se bem que transportar duas pizzas na moto, não é lá muito aconselhável. Além de ser perigoso...
Cliente: Mas que história é essa? Como é que sabe que eu vou de moto?
Telefonista: Peço desculpa, mas reparei aqui que não pagou as últimas prestações do carro e ele foi penhorado. Mas a sua moto está paga e então, pensei que fosse utilizá-la.
Cliente: Foooooo.......!!!!!!!!!
Telefonista: Gostaria de pedir-lhe para não ser mal-educado... Não se esqueça de que já foi condenado em Julho de 2006 por desacato em público a um Agente Regional.
Cliente: (Silêncio).
Telefonista: Mais alguma coisa?
Cliente: Não. É só isso... Não. Espere... Não se esqueça dos 2 litros de Coca-Cola que constam na promoção.
Telefonista: O regulamento da nossa promoção, conforme citado no artigo 095423/12, proibe a venda de bebidas com açúcar a pessoas diabéticas...
Cliente: Aaaaaaaahhhhhhhh!!!!!!!!!!! Vou atirar-me pela janela!!!!!
Telefonista: E torcer um pé? O senhor mora no rés-do-chão...!