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quarta-feira, 9 de março de 2022

Alexandrina Pereira e Sebastião Fortuna: entre versos e telas



Da junção dos versos de Alexandrina Pereira com os quadros de Sebastião Fortuna (fotografados por Paulo Alexandre Ferreira) nasceu uma obra pintada de palavras e versejada com cores, graças a vinte e seis telas e outros tantos textos que as reinterpretam a partir do título que o pintor lhes deu. O trabalho está reunido sob o título Sebastião Fortuna - O Pintor de Sonhos, acabado de aparecer, em edição de autor apoiada pelas Juntas de Freguesia de Palmela e de Quinta do Anjo.

Entre “Leva-me contigo para ver o mar”, título da primeira imagem e do correspondente poema, e “Coerência”, que baptiza a última tela e respectivo poema, há um itinerário que se cumpre, balizado por símbolos recorrentes como a água, a casa, a árvore, o vento, os animais ou os barcos, sempre num enquadramento espacial em que a Natureza domina. De diferente forma se mostram as flores, outra assídua presença, enquadradas como elemento decorativo, envasadas, a transportarem a Natureza para os espaços interiores.

Os poemas correm atrás das cores e dos motivos pictóricos, quase variações do visível, glosas dos títulos, que assim se afirmam como motes responsáveis pela recriação. Em várias circunstâncias, o universo sugerido apresenta-se como próximo do sonho, um pouco a fazer justiça ao epíteto trazido para título da obra - se dúvidas houvesse, uma designação como “Eu vou nas asas do vento”, puxada para legenda de quadro, provaria esse rumo para uma utopia, logo ajudado pelos versos correspondentes - “o meu sonho / é figura de proa / é rosa dos ventos / e carta de marear / meu norte / que me impede / de vergar”.

O tom lírico sugerido pelas telas, onde vingam a ausência da figura humana e os espaços de afastamento ou de isolamento, pauta a emotividade espelhada em cenários de infinito conducentes a certa dose de introspecção (“Dos meus dedos / caem lágrimas inúteis // gritos que guardo / bem dentro de mim”), embora alguns poemas denotem a presença da segunda pessoa ou de um “nós”, que também pressupõe o outro - “E no alvo caminho / que abraça / o voo dos pássaros / repousamos os lábios / no regato do silêncio”. O trabalho poético, inseparável da labuta do pintor, apresenta-se lento e pessoal - “Borda-se um poema / de sons e matizes / envolto em segredo / e nasce Poesia” -, num percurso que pretende conferir vida, mesmo nas circunstâncias em que ela parece não existir - “Ao chegar o Outono / todas as folhas / adormecem no chão // (...) os dedos esguios / da poesia / erguem-nas de novo / singrando poemas.”

Os poemas que Alexandrina Pereira constrói para este livro surgem como metáforas do retrato que o texto prefacial por si assinado faz de Sebastião Fortuna, um artista com a “capacidade para criar beleza e arte em tudo o que toca e, com uma permanente naturalidade, dizer aos outros que das coisas mais simples podem nascer maravilhas capazes de tornar as nossas vidas num momento de felicidade.” Afinal, outra forma de explicar aquilo que o pintor afirma de si próprio, ainda que universalizando o sentimento - “É acreditando no nosso sonho e lutando pela sua realização que as coisas acontecem.” De imediato, somos levados a associar aqueles versos de um outro Sebastião, que anunciou: “Pelo sonho é que vamos. / (...) Chegamos? Não chegamos? / (...) Partimos. Vamos. Somos.” De Sebastião da Gama, claro.

Ao conferir-lhe o título de “pintor de sonhos”, Alexandrina Pereira descobre a maneira como Sebastião Fortuna construiu a sua utopia...

* J.R.R. "500 Palavras". O Setubalense: nº 802, 2022-03-09, pg. 9.


terça-feira, 31 de dezembro de 2019

Francisco Borba mostra a Setúbal que D. Carlos pintou e desenhou



Este livro, Setúbal e Arredores na Obra Artística do Rei D. Carlos (Setúbal: LASA, 2019), devido à persistência e sensibilidade estética de Francisco Borba e ao estudo aturado de Raquel Henriques da Silva, precisou de cerca de 120 anos para aqui chegar, com uma história que atravessa várias fases.
Do ciclo de vida do rei D.  Carlos todos sabemos que foi curto - nascido em Setembro de 1863 no Paço da Ajuda, morreu assassinado no Terreiro do Paço em Fevereiro de 1908. Um percurso de pouco mais de 44 anos de uma figura multifacetada que, a par da governação, assumiu um estatuto próprio na cultura, fortemente marcado pela sensibilidade estética e por um espírito científico. Por 1880, começou a ter aulas de pintura não só por causa da formação cultural da sua condição de príncipe, mas também porque o desenho lhe aguçava o espírito desde a infância. E, oito anos depois, em Dezembro de 1888, participava o ainda príncipe na exposição de pintura promovida pela Associação Industrial Portuguesa com duas marinhas em aguarela. A partir daí, a sua participação em colectivas de pintura não mais parou, integrando mostras promovidas a ritmo anual pelo Grémio Artístico e pela Sociedade Nacional de Belas Artes, chegando a expor em Paris (na Société Artistique des Amateurs e na Exposição Universal de Paris), em Barcelona, em St. Louis e no Rio de Janeiro, tendo algumas das suas obras sido premiadas.
Uma produção pictórica intensa, num trajecto que se foi aprimorando e que passou por temática variada e suportes diversos, cuja qualidade foi reconhecida por vários críticos. Os elogios que foram feitos à obra de pintura e desenho de D. Carlos culminaram com o cognome de todos conhecido de “Rei Artista”, que, por si, denota o prémio do reconhecimento geral dessa sensibilidade. E, se dúvidas houvesse, bastaria a opinião de Fialho de Almeida, crítico difícil de convencer (chegou a assumir-se como dono de uns “olhos jacobinos”, precisamente a propósito de D. Carlos, quando visitou as obras que o rei mandara fazer no Outão), que, em 1892, a propósito da exposição promovida pelo Grémio Artístico nesse ano (a segunda edição), em que um quadro do rei foi premiado, registou sobre os dotes artísticos de D. Carlos que os seus quadros “passam de prenda à categoria de um verdadeiro trabalho de arte” e que “é necessário apontá-lo entre os pouquíssimos que neste país de costa verdadeiramente sentem a marinha, e entre os raros que na exposição se esforçam por pintar em português” (Os Gatos, vol. 5). Por igual diapasão se afinou outro conhecido crítico, com mais mavioso percurso, mesmo com relações de amizade que o ligavam ao rei, Ramalho Ortigão, que, em diversos textos de memória sobre D. Carlos, apreciou a sua arte e testemunhou que “as suas paisagens são comovidas evocações”, que se transformou no “pintor inesgotável dos mares portugueses” e que “foi um dos mais espontâneos e mais laboriosos pintores portugueses do seu tempo e da sua idade” (Últimas Farpas).
As viagens marítimas do rei ao longo da costa portuguesa constituíram pretexto para uma linha temática intensa da sua pintura - a arte marinha, passando pelo retratar os barcos e as paisagens marítimas. Por esse crivo passou muito intensamente a paisagem da costa de Cascais e também o espaço que desde o Espichel se alcança até Setúbal. E é assim que se entra na segunda fase da história deste livro.
Em 1963, Maria de Lourdes Bartholo, então directora do Museu Regional de Bragança, publicou o título A Obra Artística de El-Rei D. Carlos (Lisboa: Fundação da Casa de Bragança), em que, depois de um pequeno estudo introdutório, divulgou o inventário das obras do rei nos museus e palácios nacionais, tendo chegado a um total de 572 obras recenseadas a partir de 14 colecções (Palácio Ducal de Vila Viçosa, Museu Nacional de Arte Contemporânea, Museu Nacional de Soares dos Reis, Palácios Nacionais da Ajuda, da Pena, de Sintra, de Mafra e de Queluz, Aquário Vasco da Gama, Sociedade Nacional de Belas Artes, Museu da Sociedade Martins Sarmento, Museu Municipal Dr. Santos Rocha e, no estrangeiro, o Palácio do Itamarity, do Rio de Janeiro, e a Antiga Colecção Imperial da Alemanha).
Esta obra não deixou insensível o setubalense João Botelho Moniz Borba (1908-1977), que, dois anos antes, em 1961, tinha assumido o lugar de director do Museu de Setúbal (fundado em Fevereiro desse mesmo ano). Dedicado “patrimonialista de Setúbal e da sua região”, como se lhe refere Raquel Henriques da Silva, João Borba percorreu estrenuamente esse inventário na demanda de obras relacionadas com Setúbal, tendo ficado sensibilizado com o “Álbum de Apontamentos”, recolhendo anotações a lápis feitas em Lisboa, em Setúbal e a bordo do iate “Amélia”, provavelmente entre 1885 e 1890, manuscrito que integra o espólio do Museu Nacional Soares dos Reis.
A partir daí, com a meticulosidade que o norteava nas questões de um inventário artístico setubalense, João Borba solicitou reproduções fotográficas do álbum àquele museu portuense e elaborou a lista “El-Rei D. Carlos - O que ele pintou e desenhou sobre Setúbal e Arredores”, a que acrescentou cinco quadros que conhecia, três do Palácio Ducal de Vila Viçosa e dois que tinham figurado na exposição da Sociedade Nacional de Belas Artes de 1903.
Podia o trabalho de pesquisa ter ficado por aqui que já teria sido importante o registo dessas referências a Setúbal para a sua história cultural e para a construção de uma certa identidade.
Alcança-se agora a terceira fase da narrativa, quando é passado mais de meio século sobre a listagem que o diligente João Borba fez na mira de recolha, de saber e de conhecimento de outros olhares sobre Setúbal. Chegados a 2019, eis que Francisco Borba, numa atitude de partilha de documentação do arquivo de família e honrando a memória familiar e setubalense, decide a publicação desta obra Setúbal e Arredores na Obra Artística do Rei D. Carlos, seguindo os passos e o roteiro do pai, aí integrando três pinturas (“A Torre do Outão”, de 1900, e “O barco da vela vermelha” e “Barcos no Sado”, ambos de 1905) e o mencionado “Álbum”.
A obra de D. Carlos teve já variados estudos, destacando-se o que, em 2007, foi publicado por Raquel Henriques da Silva na obra El-Rei Dom Carlos, Pintor (1863-1908), que acompanhou o catálogo das 411 obras existentes no Museu-Biblioteca da Casa de Bragança elaborado por Maria de Jesus Monge (Caxias: Fundação da Casa de Bragança, 2007). Nessa leitura, a autora vê a obra iconológica de D. Carlos afecta a nove áreas temáticas, ainda que algumas tenham um muito reduzido número de representações e se justifiquem por marcas de especificidade delicada e por terem uma inegável ligação a momentos ou locais que preencheram a vida do artista: marinhas, paisagens em terra, paisagens entre o rio e a terra, gentes e narrativas de trabalho, retratos, pintura da História, registos do quotidiano (incluindo desenhos científicos e naturezas mortas), homenagem ao Alentejo e apelo do mar.
As reproduções apresentadas neste livro, que não abrangem a totalidade das peças em que D. Carlos referiu Setúbal, passam por quase todas as categorias indicadas por Raquel Henriques da Silva, o que permite também fortalecer a ligação entre o rei e este território. Com efeito, por aqui passam as marinhas (os barcos e o mar) e o prolongamento da paisagem do mar para terra (Setúbal e a Comenda, o cais de embarque, Sesimbra); a população marinha (as medusas e as toninhas); o aspecto da monumentalidade (Outão, castelo de Palmela, fortes de S. Filipe e da Arrábida, S. Julião, o aqueduto, Praça de Bocage, Nossa Senhora da Conceição do Cais, porta de S. Sebastião, Bacalhoa) e das ruínas (Cetóbriga); a fisionomia costeira (desde o Espichel até ao Sado); os pormenores de construção ou de elementos decorativos (o farol, a capela do Bonfim, as marcas dos sinos, heráldica); a figura humana em ambiente de trabalho ou lazer ou no seu cargo (os pescadores, o chefe dos veteranos em Palmela, a ponte de banhos); o esboço de retrato humano (em alguns casos indicando o nome próprio revelando proximidade no trato). Há ainda espaço para o auto-retrato, para a visualização de recantos do iate “Amélia” e para uma imagem de momento de pausa de um casal, algures na paisagem junto de uma coluna em ligeira colina, ele talvez desenhando, ela talvez lendo...
O leitor deste livro, mais rigorosamente o espectador deste livro, pode assistir assim a tempos de perenidade e a instantes de vida, em que o traço varia entre a fixação do que é perdurável e a captação de instantes, de movimentos ocasionais, quase como se houvesse a reprodução do momento em que a fotografia é feita, no que essa fracção de tempo tem de irrepetível. A paisagem ou o cenário surgem sempre animados, dinâmicos, motivando a nossa contemplação, sugerindo um entrar nos ambientes, um conhecer as pessoas e os hábitos, as formas de vida e de ver. No texto de Raquel Henriques da Silva que acompanha este livro, é este fenómeno explicado quando refere: “o desenho, a aguarela e a pintura constituíram, para D. Carlos, uma busca e registo da beleza e das gentes, mas também a determinação de os conhecer e de os explicar”. E, mais adiante: “a obra artística de D. Carlos, sobretudo o seu desenho, é, no seu conjunto, uma comovente declaração de amor a Portugal - à beleza das costas marítimas, à suavidade do relevo, à antiguidade da história, à bonomia das gentes mais humildes.” Haverá elogio mais propositado para um pintor naturalista como D. Carlos foi?
Contudo, esta obra que Francisco Borba organizou e trabalhou - ou não fosse ele também um homem com sensibilidade fotográfica - faz ainda uma outra ponte com a memória, transportando-nos até à actualidade ou, pelo menos, até àquilo que a contemporaneidade preserva da memória. Lado a lado com quatro desenhos de D. Carlos referentes a monumentos, Francisco Borba pôs outras tantas fotografias recentes dessas mesmas construções, num olhar artístico que explora a dinâmica das linhas, da luz e das sombras, forma de homenagear o tempo, é verdade, mas também a arte e o próprio D. Carlos, também ele um apaixonado pela fotografia. Por estas reproduções a preto e branco passa a essencialidade do objecto retratado, revestido de toda a sua força expressiva e afirmando a sua vetustez e monumentalidade.
Setúbal e Arredores na Obra Artística do Rei D. Carlos é, assim, um livro a várias mãos e a vários tempos, que pode ser lido segundo distintas linhas - da pintura à escrita, do desenho à memória, da paixão ao documento, da cronologia à estética, do momentâneo à intimidade, exactamente assim intencionalmente mescladas, afirmando um olhar próximo, humano, límpido, fascinante, assim o leitor-observador se deixe impregnar pela aragem que se solta destes fragmentos.
(Na apresentação da obra, em 7 de Dezembro de 2019)

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

Para a agenda: José Maria Bustorff expõe em Setúbal



José Maria Bustorff mostra pintura, sob o título "Evolução", em Setúbal. A partir de 2 de Fevereiro, na Casa da Avenida e na Casa da Cultura. Para a agenda!

segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Para a agenda: António Galrinho e a linguagem do corpo



António Galrinho, professor, poeta e pintor, vai expor telas suas sobre "A Linguagem do Corpo". Na Biblioteca Municipal de Setúbal, de 5 a 24 de Fevereiro. Para a agenda!

quinta-feira, 6 de julho de 2017

Para a agenda - "Todos os portos", de Ivo



"Todos os portos", de Ivo, é a proposta da Casa da Cultura, em Setúbal, no domínio da pintura, a partir de 8 de Julho.
Na apresentação da obra de Ivo, feita por José Teófilo Duarte, é dito: "É de pintura que falamos. Pintura que marca um tempo sempre em mudança. Ivo fez parte, com Manuel João Vieira, Pedro Portugal, Xana, Pedro Proença e Fernando Brito, do grupo — Homeostéticos — que abanou e deu pano para mangas no bulício artístico que animou o país Portugal nos anos que se seguiram à instalação da democracia. Exposições, performance, música, provocação, contestação, tudo foi trazido para este terreno. Posteriormente, todos estes artistas fizeram um percurso que se conhece e reconhece. Todos se inscrevem nos mais originais registos da arte portuguesa contemporânea."
Para a agenda!

segunda-feira, 1 de maio de 2017

Para a agenda: Saramago e literatura ibérica na Casa da Avenida



A Casa da Avenida, em Setúbal, traz fotografia e pintura a partir de amanhã: pelas 19h00, será inaugurada dupla exposição - de fotografia, "Lanzarote, a Janela de Saramago", por João Francisco Vilhena, e de pintura, "Daqui para Ali" (referências a escritores ibéricos), por Graça Pinto Basto.
Para a agenda, ao longo do mês de Maio!

quarta-feira, 26 de abril de 2017

Dois quadros para o dia de hoje: entre Delacroix e Picasso

No plano das efemérides, o dia de hoje pode receber as cores de dois quadros, um e outro relacionados com momentos históricos bem conhecidos, ambos repletos de energia e de significado quanto ao que o poder tem de mais enérgico ou de mais macabro, os dois pintados quase sobre o momento dos acontecimentos (no mesmo ano em que sucederam, numa leitura que distou dois a três meses dos factos evocados).
A revolução decorrente dos acontecimentos de 1830 em França encontra expressão no quadro "A Liberdade guiando o Povo", de Delacroix (1798-1863), pintor romântico, nascido em 26 de Abril. Os acontecimentos a que o quadro respeita ocorreram em Julho e, poucos meses volvidos, no outono desse ano, Delacroix passava à tela a sua interpretação heróica, por vezes considerada panfletária também.


A outra tela escolhida é de Picasso e está relacionada também com um acontecimento histórico, muito triste acontecimento, diga-se. Também em 26 de Abril, mas em 1937, a população de Guernica foi bombardeada durante mais de três horas, com o apoio alemão, um ataque sob o regime franquista de que ainda hoje parece não haver certezas quanto ao número de mortos. Picasso (1881-1973), a viver em Paris na altura, fora convidado pelo governo espanhol no início do ano para pintar um mural que representasse a Espanha, com o objectivo de ser exposto na Exposição Universal de Paris, que se realizaria nesse ano (abertura em 12 de Julho). A ideia original de Picasso era pintar um elogio à arte; porém, ao saber dos acontecimentos em Guernica, mudou de opinião e o quadro que apresentou, cheio de movimento e de contrastes entre preto, cinzento e branco, teve o título de "Guernica", homenagem ao sofrimento e à dor, grito contra a destruição pela guerra.


segunda-feira, 13 de março de 2017

Para a agenda: Anita Vilar e a pintura feminina



"De Musas e Modelos a Artistas" é o título da palestra de Anita Vilar prevista para 17 de Março, pelas 15h00, na Biblioteca Pública Municipal de Setúbal, iniciativa integrada na programação da UNISETI (Universidade Sénior de Setúbal) e na sua exposição "Pintura no Feminino", em mostra desde 3 de Março que se estende até final do mês. Para a agenda!

quarta-feira, 1 de março de 2017

Para a agenda: "Pintura no Feminino", em Setúbal, pela mão da UNISETI



"Pintura no Feminino" é o título de uma mostra que a UNISETI (Universidade Sénior de Setúbal) vai promover na Biblioteca Pública Municipal de Setúbal, reunindo obras de pintoras que, ao longo dos tempos têm exposto em Setúbal. Presentes estarão peças de Catarina Viegas Reisinho, Dília Fraguito Samarth, Helena Maria F. C., Laurinda Garradas, Laurinda Silvério, Lenny-Natan, Lurdes Pólvora da Cruz, Olívia Fletcher, Paula Tavares e Paulina Pimentel de Vasconcelos.
A abertura está marcada para 3 de Março, sexta-feira, pelas 15h00, mas a exposição poderá ser vista ao longo de todo o mês. Na programação, está prevista uma palestra para o dia 17 de Março, também pelas 15h00, por Anita Vilar, sujeita ao título "De Musas e Modelos a Artistas".
Para a agenda!

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Para a agenda - Rogério Chora expõe em Setúbal



"Motivos Vários II" é o título da exposição de Rogério Chora, presente até 24 de Novembro no Clube dos Oficiais, em Setúbal. A ver! A obra de um "consagrado" pintor de Setúbal. Para a agenda!

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Para a agenda: Aguarelas de Paulina Vasconcelos


Paulina Vasconcelos mostra aguarelas na Casa da Baía, em Setúbal, a partir de 8 de Outubro. Para a agenda!


segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Para a agenda: Dar cor às palavras ou "Poesia numa tela"



São oito os poetas ligados a Setúbal e outros tantos os pintores. Da conjugação sai a exposição "Poesia numa Tela", isto é, a associação de uma tela a um poema (ou vice-versa), palavras pintadas e escorrentes... Na Casa da Baía, a partir de 9 de Setembro, às 16h00.
Nas tonalidades estão Mariana Araújo, Patrícia Ribeiro, Pedro Pereira, José Regalado, Onofre Manata, Albino Gonçalves, Beatriz Machado e Maria Dália Vale Rego; nas sonoridades estão José Raposo, Alexandrina Pereira, Linda Neto, Maria do Carmo Branco, Ana Wiesenberger, Isabel Melo, José António Chocolate e Fernando Paulino.
Para a agenda!

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Para a agenda - Pintura de António Galrinho



António Galrinho, nome de diversidades criativas e artísticas, expõe "Quadros Quadrados Quadriculados" na Casa da Cultura, em Setúbal. A partir de 6 de Dezembro. Para a agenda.

domingo, 16 de novembro de 2014

Uma porta cheia de livros



Há livros? Há, há! Uma porta que dá acesso aos livros, uma porta cheia de livros... Será que já leu alguns destes?
A fotografia tem mais de um ano. A dita porta despertou na Rua 26 de Setembro, em Setúbal, ali perto da avenida que tem o nome da cantora lírica, ali perto da Fonte Nova. Uma porta cheia de livros graças à imaginação de Olinda Lima!

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Para a agenda - Arte e ciência em exposição no Portinho



"De profundis" no Portinho da Arrábida. Com arte e ciência. A partir de 5 de Outubro. Para a agenda.

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Para a agenda: "As idades do mar"



Está quase a terminar a exposição "As idades do mar", na Fundação Calouste Gulbenkian, que reúne cerca de uma centena de obras sujeitas ao tema do mar, repartidas por seis áreas: "A idade dos mitos", "A idade do poder", "A idade do trabalho", "A idade das tormentas", "A idade efémera" e "A idade infinita". São obras vindas de várias partes do mundo, passando por várias épocas, numa junção rica, forte, intensa. Lá figuram também portugueses, entre os quais o setubalense João Vaz, com duas telas.
Uma boa e plural antologia sobre o mar!
Estive lá ontem. E não pude deixar de me lembrar de uma citação de L. S. Lowry, de 1968, numa entrevista televisiva (Tyne Tees Television): "I have been fond of the sea all my life: how wonderful it is, yet how horrible it is. But I often think:... what if it suddenly changes its mind and didn't turn the tide? And come straight on? If it didn't stop and came on and on and on and on and on... That would be the end of it all." E ainda de um outro momento, de leitura, buscado no livro de um autor muito ligado à Gulbenkian e às suas bibliotecas itinerantes, Branquinho da Fonseca, quando, em Mar santo, pôs o velho lobo do mar "Ti' Bártolo" a dizer: "O mar nã tem amigos... O mar!... Mata a gente e nã tem crime... O mar engana Cristo!... Sabes lá o qu'é o mar!... Ah, mar santo!..." Duas citações sobre o mar, para os quadros das tormentas ou do trabalho, para a imensidão e o fascínio!
Uma exposição a não perder. Nos poucos dias que faltam. Até domingo, 27. 

sábado, 14 de julho de 2012

Klimt, 150 anos

"O beijo" (1907-1908), de Klimt (14 de Julho de 1862-1918)

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Pintar a paisagem

"O paisagista pinta tranquilo porque a paisagem à sua frente não pode vir para ao pé dele a ver se saiu parecida no quadro."
Ramón Gómez de la Serna. Greguerías. Lisboa: Assírio & Alvim, 1998.

Pintor na Batalha (Junho.2011)

Pintor no Jardim do Príncipe Real, em Lisboa (Maio.2011)

sexta-feira, 25 de março de 2011

Luciano dos Santos, 100 anos

Luciano dos Santos - fresco no átrio da Escola Secundária Sebastião da Gama, em Setúbal (1955)

Em 25 de Março de 1911, nascia na freguesia de S. Sebastião, em Setúbal, Luciano dos Santos, que, em Agosto de 1929, faria a sua primeira exposição de pintura no setubalense Cine-Teatro Luísa Todi, início de um trajecto importante no domínio das belas-artes, em que não faltaram também diversos prémios atribuídos. Faleceu em Dezembro de 2006.
Em Setúbal são conhecidos várias das suas obras, como: medalhão “Centenário de Luísa Todi”, em bronze, na fachada da casa em que terá nascido a cantora lírica sadina (1953); fresco no átrio da actual Escola Secundária Sebastião da Gama (1955); tríptico dos setubalenses ilustres, na Câmara Municipal de Setúbal (1957); painel cerâmico (baixo relevo policromado) na entrada do Mercado Nossa Senhora da Conceição (1959); painel cerâmico (baixo relevo policromado) do Hotel Esperança (1964).