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sexta-feira, 29 de junho de 2012

Cidades sem qualidades? (continuação)



Esta notícia, surgida na edição online Rostos de ontem, apresenta uma questão pertinente, que em nada se afasta da opinião já aqui veiculada a partir do blogue de José Teófilo Duarte.
Nestas coisas de ordenações e de rankings baseados em apreciações pessoais e pontuais, há que ter reservas. Um amigo que participou neste inquérito promovido pela Deco como inquirido dizia-me hoje que não se admirava dos resultados, sobretudo se se pensar que estaria ao alcance de qualquer inquirido denegrir a apreciação. “Não me admira que tenha havido gente que respondeu como oportunidade para derreter a imagem de Setúbal”, dizia-me ele.
Nestas coisas, como nos comentários abertos que pululam aí pela net, há que manifestar reservas. Liberdade de opinião, sim; seriedade nas abordagens, também; justificações certas e comprovadas para as opiniões, indispensáveis. O resto pode dar misturas em que, no final, ninguém se revê – nem os próprios inquiridos, nem os opinadores, que, juntos ou separados, julgavam ter uma visão representativa!...
Já agora, os resultados do inquérito intitulado “Qualidade de vida em 124 cidades de 5 países” podem ser vistos aqui.

Cidades sem qualidades?


É assim que se inicia o postal do José Teófilo com data de ontem, com o título que para aqui adoptei, a propósito de um "estudo" publicado que põe Setúbal na rota das piores cidades para se viver em Portugal. Vale a pena lê-lo para se perceber o alcance destes "estudos" ou a nossa adesão aos mesmos. Vale a pena lê-lo para se aprender a sentir a cidade, a (re)construir a cidade. Li e gostei.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Miguel de Castro - Três anos hoje

Passam hoje 3 anos sobre a morte de Miguel de Castro. A sua poesia mantém-se viva, como se quer que a poesia seja. Há poucos dias, em 27 de Abril, a Associação Cultural Sebastião da Gama promoveu, em Azeitão, uma sessão de poesia, pondo em diálogo poemas de Sebastião da Gama e de Miguel de Castro através da voz do actor Carlos Rodrigues (Manuel Bola), com histórias dos dois poetas pelo meio, evidenciando a qualidade da obra de ambos e o relacionamento que os chamou à poesia.
O resultado foi espantoso, com muita gente a querer conhecer mais de Miguel de Castro e das teias que o levaram a conviver com Sebastião da Gama, que eram apenas - ou sobretudo - poéticas!
Vale a pena dar um salto até aqui, onde uma curta antologia de Miguel de Castro brindou os leitores de hoje! A fotografia foi emprestada pelo "Chapéu e Bengala".

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Sobre dois setubalenses que dão que falar

São eles: Diogo de Oliveira Faria, que mereceu recentemente reportagem televisiva a propósito da sua participação no Cirque du Soleil; Cristina Mestre, premiada pela sua arte fotográfica. A ler aqui.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

"Charroque da Prrofundurra", escrever setubalense

Começou por ser nome de blogue, eminentemente dedicado a Setúbal. Agora, virou livro, reunindo alguns postais publicados no blogue e também no mensário sadino O Farol. Chama-se Charroque da Prrofundurra – O Livrro (Setúbal: ed. Autor, 2010).
Logo pelo título, o leitor percebe que o título se relaciona com o falar setubalense, do “r” gutural, assim algo que, na pronúncia, soa entre o “r” e o “g”, muito característico dos setubalenses autóctones, talvez derivado de influência francesa do tempo em que os industriais gauleses por aqui andaram… Depois, no conteúdo, o leitor vê que, de facto, não se tinha enganado e embarca na companhia de cinco parceiros que costumam pescar a bordo do “Marrgarrida do Sáde”: o Toine (que se apresenta como o autor dos dizeres), o Chique, o Manel, o Ptinga e o Russe. Paixões, para além do mar (na faina): o Vitórria (com hino transcrito, acentuando os “rr”), o “polve seque”, as “mines”, o Fiat 127 “vermelhinhe”, o choco frito. Razão de ser dos textos (e do blogue e do livro): “uma grrande necessidade de acrreditarr que a nossa cidade vai sairr da obscurridão das desgrráças”, porque “há 20-30 anes nã acontcia nada e ia tudo prra Lisboa currtirr” e “agorra acontece e fica tude em casa”, o que anuncia que “tames aqui com um prrublema”.
O livro fala do Vitória (momentos bons e menos bons) e da Arrábida, de figuras e personalidades locais (Zé dos Gatos, Maurício Abreu, Finura), de questões sociais (a crise – “ê cá gostava que em prrimêrre lugarr me dêxassem mandarr a crrise à merrda: Crrise vai à merrda!”; os assaltos; a política), de questões locais (obras do Forum Luísa Todi; a luta contra o fecho das urgências pediátricas – “Os Setubalensses conseguirrem prruvarr que têm munta forrça e que podem ganharr batalhas futurras!”), de hábitos (pulseira do equilíbrio, viagem à Disney). A escrita, que tenta reproduzir as sonoridades de um determinado falar setubalense (em declínio), confere humor aos textos, ainda aumentado por algumas situações hilariantes que são relatadas e pelos retratos fornecidos das próprias personagens envolvidas.
Em paralelo, uma outra leitura vai sendo feita, surgida no rodapé de cada página, onde são reproduzidas frases características, em que abunda o tom provocatório, mas em que vale a riqueza das imagens, muitas vezes hiperbólicas – “levas um murre pus bêces q’até ficas a fazêrre dóminó pós dôs lades”, “à pá sóce… nã vêje nada com estes sapátes!”, “já tas mazé a porr muita mante’ga do pão!”
O leitor passeia por uma centena de páginas de bom humor e vê que há muitas verdades sobre Setúbal, ao mesmo tempo que é cumprido o preceito estipulado no prefácio: “este livrre é o suprassúme do garrgalharr com Setúbal e em Charroquês”.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Sebastião da Gama em blogue

Começou hoje. Chama-se "Sebastião da Gama" e tem endereço em http://sebastiaodagama-acsg.blogspot.com Apresenta-se com saudação de boas-vindas e com um registo de cunho biográfico sobre o patrono - o nascimento e a primeira casa. Vive sob a responsabilidade da Associação Cultural Sebastião da Gama, que integro. Dirá sobre a biografia, sobre a literatura, sobre a bibliografia, sobre as actividades da Associação. Objectivo: divulgar a obra e a pedagogia do poeta da Arrábida. Também lá colaboro.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

De chapéu e de bengala, eis que Manuel Medeiros chega...

Fiquei contente quando recebi a notícia dada pela Fátima de que à blogosfera tinha chegado o "chapéu e bengala". Logo antevi um auto-retrato do Manuel Medeiros, livreiro respeitado e sábio que em Setúbal insiste na leitura, na leitura, na leitura. Um exemplo: há dias, na Culsete - a livraria e o canto do Medeiros -, estava um prospecto a anunciar um desses livrecos "light", do momento, com história de amor e de maledicência entre personagens da nossa praça, uma história daquelas que se alimenta da invasão ou da exposição da privacidade. E qual foi a reacção do Medeiros? "Não vou ter. Estou farto de ver papel... Quero é livros!" Entende-se...
Mas dizia que fiquei contente com esta entrada de chapéu e bengala. Fui logo até lá, a esta praça bloguística, à procura. E lá estava a graça, a seriedade, a acutilância e o riso do Medeiros. O "velho livreiro" (assim assina) passa a partilhar a tertúlia e a discussão. E quer que outros lá cheguem. Vale mesmo a pena!

sábado, 27 de junho de 2009

Hoje

Dois anos passam sobre este blogue.
Espero que tenham sido com utilidade
para quem por aqui costuma parar...

segunda-feira, 1 de junho de 2009

1000º postal, com céu do Norte

Amorosa (Viana do Castelo), Abril de 2007

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

O texto de Lídia Jorge sobre a escola situado entre o racionalismo e o humanismo...

Em 9 de Janeiro, Lídia Jorge escreveu no Público um texto sobre a escola e os professores, que transcrevi para este blogue. Passados dias, a 13, um leitor do mesmo jornal escreveu uma "carta ao director", que foi publicada na rubrica respectiva e que também aqui transcrevi por concordar com o seu teor e porque gostei do texto de Lídia Jorge. Obviamente, o assunto não ficava fechado. Um leitor e bloguista deixou-me na caixa de comentários a recomendação para ler a sua apreciação ao texto de Lídia Jorge. Fui ler e quero partilhar. A análise é desapaixonada, tem pontos certeiros, concordo com algumas observações. Vale a pena ler para que vejamos as várias faces e não embarquemos na teimosia com que outros nos incentivam...

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Os professores e o ME vistos por José Manuel Silva

O Governo está completamente equivocado na forma como está a gerir o conflito com os docentes. Na verdade, o entendimento necessário não é com os sindicatos, mas com os professores. Bem pode o presidente da FENPROF acentuar que são os sindicatos que representam os professores, é verdade, mas só representam alguns e já há muito tempo que a dinâmica de rejeição das políticas e da atitude do ME para com toda a classe ultrapassa largamente a acção dos sindicatos.
Se o Governo quer pacificar o campo educativo, e só admito que o faça pelo diálogo, tem de perceber que o obstáculo não são os sindicatos nem os professores, mas a própria equipa do ME. Se o Primeiro Ministro quiser ser parte da solução e não do problema tem de demitir rapidamente a equipa que dirige o ME, por uma razão simples e que é do domínio das teorias da liderança e se fundamenta nos princípios da inteligência emocional.
Quebrou-se totalmente o vínculo emocional que liga os professores ao Ministério e o que devia ser ressonância (Goleman et al, 2003) tornou-se dissonância, o que impede qualquer entendimento ou colaboração. As emoções tóxicas tornaram-se dominantes e inviabilizam o restabelecimento da confiança e do diálogo.
Tal como na Saúde Correia de Campos percebeu isso e o Primeiro Ministro também, é forçoso que no conflito da Educação se entenda que não há saída para o problema sem mudança de caras e de procedimentos. Os professores perderam, há muito, a confiança em quem supostamente os devia liderar, e quando os líderes perdem a confiança dos liderados, deixam de o ser.
Espero, sinceramente, que não se caia na tentação de fazer da anunciada greve do dia 3 uma forma de tentar partir a espinha ao movimento de contestação docente, e que haja a iniciativa política suficiente para encontrar uma solução que resolva o problema de fundo e não qualquer cosmética de ocasião.
José Manuel Silva. "O conflito na educação visto pelo prisma da liderança e da inteligência", in Campo lavrado.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Joana Varela e a "Colóquio-Letras"

Se quer testemunhar sobre a Colóquio-Letras; se quer saber a importância com que Joana Varela tem contribuído para o sucesso da Colóquio-Letras; se quer ver a importância que leitores da revista dão a esta história que envolve a Colóquio-Letras, Joana Morais Varela e a Fundação Calouste Gulbenkian; se quer ser um(a) a solidarizar-se com a linha da revista e a tomar posição quanto ao que se está a passar... passe pelo blogue que foi criado para o efeito. É de acesso livre, é uma palavra de leitor(es), é um acto de cultura, é um ponto de encontro e de reunião.

sábado, 28 de junho de 2008

Primeiro ano

Ontem, 6ª, não consegui passar por aqui. Vidas! Mas não faz mal... Fiz 1 anito nesse dia. Foi às 03h06 de 27 de Junho do ano passado que aqui comecei a dizer. Porque sim.
Comecei para ver como era. Como, aliás, começam muitas coisas. Tenho ficado por aqui. Tenho passado por aqui. Às vezes, com tempo; outras vezes, forçando-o. Coisas!
Obrigado a quem vai lendo e aos que vão enviando mensagens!

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Professores - 30 conselhos

Viajei até ao mundo melhor e, de lá, saltei para a companhia da avó pirueta. Uma descoberta mais, que já fiz há dias. Hoje, voltei lá. Acabei de chegar. E recomendo tudo: pelo exemplo, pela experiência, pela linguagem, pelo saber. E, perdoe-se-me a insistência, recomendo a leitura de três postais que a autora lá colocou com a data de ontem, contendo 30 - sim, 30! - conselhos para professores. Baseados na experiência e no saber, claro. Muito mais importantes para uma escola feliz e de sucesso do que megatoneladas de dizeres que têm poluído o mundo da educação!... Insisto: recomendo.

domingo, 20 de abril de 2008

Ler os outros

Em Combustões, "Custa dizê-lo": "(...) Menezes saíu. E daí ? Haverá decerto centos de mediocridades e insignificâncias que o possam substituir. O drama não é termos Betas como Menezes a liderar partidos. O drama é não haver alternativa alguma."
Em Por um Mundo Melhor, "Notas Soltas": "O que eu sei / é que queremos uma educação moderna e inclusiva. // O que eu sei / é que queremos encontrar respostas para os nossos problemas / para os problemas dos nossos alunos / para os problemas da nossas escolas. // O que eu sei / é que a avaliação só tem sentido se for incentivo para a melhoria / minha, nossa / dos nossos alunos / da nossa escola. // O que eu sei / é que temos de tomar decisões / de imensa complexidade muitas vezes / e muitas vezes em segundos. // O que eu sei / é que também somos parte da "solução" / e que as mudanças têm que ser construídas / tijolo a tijolo / e com as pessoas / os "rostos" das nossas escolas. // Sei que tenho de prestar contas / mas o que eu sei / é que queremos liberdade pedagógica / liberdade de acção / liberdade intelectual. // O que eu sei / é que somos pessoas / que os alunos são pessoas / que temos "razão" e "coração". // (...) // O que eu sei / -não!- / o que sabemos todos."
Em Terrear, "Proposições para se compreender o que (não) se passa": "Vivemos hoje um tempo caótico e contraditório. De muitas perplexidades. De grande confusão entre o que devia ser o essencial e o que é necessariamente secundário. No refluxo de uma política que foi sentida e profissionalmente vivida no sentido de um afrontamento injusto. (...) Mas as saídas do labirinto passam ainda e necessariamente pelos professores. Pela afirmação da vontade da autonomia e das liberdades (com os seus inerentes riscos, sempre preferíveis a uma ordem vassálica). Pela dedicação e dádiva ao outro. Pela investigação. Pela compreensão e valorização da diferença e da diversidade. E não passa pela postura da 'terra queimada', pela cega defesa corporativa, pelo insulto aos colegas que pensam de maneira diferente, pela pulsão totalitária, pelo 'medo de existir'. Se a opção maioritária for por este caminho, podem os professores vestir de vez as 'mangas de alpaca' até que o 'mão invisível do mercado' venha estabelecer e impor as novas regras do jogo. E aí as trevas e ranger de dentes serão outros."

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

"Tristeza"

Chama-se "Tristeza", é assinado por Maria João Teles e pode ser lido na íntegra aqui. Mais coisa, menos coisa, creio que será o sentimento de muitos professores, sobretudo daquelas pessoas que abraçaram a educação e o ensino como causa, como convicção, como vida, como arte. E sem circo, sem representação, sem "faz-de-conta", sem carreirismo, sem burocracia, sem "lobbies". Vale a pena lê-lo na íntegra, vale. Subscrevê-lo-ia.
"(...) Pela primeira vez, questiono a sabedoria da escolha que fiz relativamente à minha profissão.
Escolha consciente, diga-se em abono da verdade...a culpa foi toda minha, ninguém me obrigou e pessoas avisadas bem me alertaram.
Mas, também existiam outras que pensavam de forma diferente.
Relembro nomes de antigos professores... daqueles que, por si só, já eram uma aula e não precisavam de recorrer a metodologias e estratégias inovadoras (já agora...se alguém souber de alguma que ainda não tenha sido tentada, não seja egoísta e partilhe-a comigo...eu já não consigo inventar mais!).
Recordo como esses professores me incentivaram a seguir esta carreira-"Foste feita para ensinar, miúda! Vai em frente!"- e como um deles, quando o encontrei já bem velhote, comentou com um sorriso "Eu bem sabia! Sempre lá esteve o bichinho!"
Que diriam, todos os meus professores que já partiram, sobre tanto decreto regulamentar que, em vagas sucessivas, vai transformando a nossa Escola e os seus professores num circo de muito má qualidade, cheio de artistas saturados, humilhados, mal pagos e fartos de trabalharem num trapézio sem rede? (...)
"

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Acabei de descobrir...

... por um mundo melhor . Foi através do terrear. Vim de lá há pouco. Gostei do que li e pressenti. E o último postal publicado toma por título algo que deve fazer parte da condição de ser professor, algo que estaria bem no nosso código deontológico - não podemos andar distraídos! Utilizem a chave e entrem nesse mundo...