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domingo, 14 de maio de 2017

terça-feira, 4 de abril de 2017

Martin Luther King Jr.: O sonho por cumprir


Eram seis da tarde em Memphis, o disparo soou e Luther King entrava no rol dos assassinados. Era o dia 4 de Abril de 1968. Bandeira do direito à igualdade, Martin Luther King (1929-1968) foi Nobel da Paz em 1964 e, em sua memória, há, desde há uns anos, o Dia Martin Luther King nos Estados Unidos (em Janeiro, mês do seu nascimento).
Para a história ficou o discurso pronunciado em Washington em 28 de Agosto de 1963, conhecido sob o título "I have a dream" (devido à frase que teve uso anafórico nessa mensagem). Um sonho que King partilhou, sentida e poeticamente e que ainda hoje continua a ser um desejo, uma esperança. O discurso, de que podemos ouvir um excerto pela voz do próprio, também pode ser lido aqui.


sexta-feira, 1 de julho de 2016

Bocage: Poemas à solta nas ruas de Setúbal






É um projeto para 30 poemas de Bocage andarem à solta pela cidade de Setúbal. Denomina-se "Bocage - 30 poemas na rua". Tem a participação do Teatro Estúdio Fontenova, da Câmara Municipal de Setúbal e de diversos artistas e actores, uns para darem cores aos poemas, outros para lhes emprestarem a voz.
No passado fim de semana, foram inaugurados os quatro primeiros recantos, preenchidos com oito poemas, colocados em sítios da cidade relacionados com um percurso do tempo de Bocage.
Até Setembro surgirão os restantes e, depois, será editado um roteiro. Até lá, fique-se com a localização dos que já se podem ler, ver e ouvir na rua:

1) Na Rua Luís de Camões, antiga Rua dos Açougues, no sítio da antiga livraria de Francisco Dias Raposo, com os poemas "Vós, ó Franças, Semedos, Quintanilhas" (interpretado por Elmano Sancho) e "Pilha aqui, pilha ali, vozeia autores" (dito por Jorge Silva) e a intervenção artística "Argumento falacioso", de Ricardo Guerreiro Campos.
 




2) Na Rua de Santa Catarina, junto ao antigo Postigo de Santa Catarina, onde era a saída para Palmela e para Lisboa, com os poemas "É pau, e rei dos paus, não marmeleiro" (interpretado por Carlos Rodrigues) e "Esse disforme e rígido porraz" (dito por Wagner Borges e Tiago Bôto) e a intervenção artística "Chuço", de Jaf.





3) Na Rua Augusto Cardoso, antiga Rua dos Sapateiros, onde ficava a antiga Porta Nova, ponto de saída para Lisboa, com os poemas "Tejo, que à minha voz abonançavas" (interpretado por Bruno Moraes) e "Quer ver uma perdiz chocar um rato" (dito por Maria Simões) e a intervenção artística "Anatomia para burro na partida de Bocage", de Prahlad Fernando Aranda.





4) No Largo Francisco Soveral, onde se localizava o antigo Estanqueiro do Tabaco, de Francisco Manuel (activo em 1762), com os poemas "Olhos suaves, que em suaves dias" (interpretado por Cátia Terrinca) e "Ó tranças de que Amor prisões me tece" (dito por Eduardo Dias) e a intervenção artística "Do lado de cá", de Ricardo Guerreiro Campos.














domingo, 20 de julho de 2014

Uma surpresa... para a paz que procuramos!

 
É bom ver e ouvir isto. Sobretudo num tempo em que as civilizações têm dificuldade em encontrar-se (apesar de tudo!!!), em que a tristeza e as dúvidas invadem a sociedade, em que a história de um avião caído nos mostra a nossa vulnerabilidade e a falta de respeito pelo ser humano... Vale mesmo a pena entrar naquela multidão e acompanhar o ritmo da 9ª sinfonia e a força que Beethoven transmitiu...


 

sábado, 18 de maio de 2013

Jorge Calheiros: a biografia do músico Rui Serodio



O livro que temos perante nós e que aqui nos trouxe hoje (Jorge Calheiros. “Je suis le pianiste!” – A vida e a música de Rui Serodio. Linda-a-Velha: DG Edições, 2013) valerá por muitas razões, mas sobretudo por esta: é uma prova de amizade. Assim, sem adjectivos, sem intensificadores. Uma prova de amizade em tudo aquilo que estas palavras querem dizer. Poderemos vir a gostar deste livro por muitas razões, mas continuaremos a apreciá-lo por este gesto intenso que é o de um livro falar sobre alguém e ser-lhe dedicado ou oferecido, em simultâneo. Uma prova de amizade, de irrefutável amizade, pois.
Jorge Calheiros nunca terá pensado escrever um livro. No entanto, fê-lo. E a mola que o impulsionou foi a mesma que consolidou um relacionamento de anos de convívio e de amizade. Sem outros alcances que não os do afecto e de manter a memória. Viva, claro, porque a memória é sempre uma forma viva de se estar.
Veja-se o primeiro parágrafo do “prefácio”: “Nunca fui, não sou, e provavelmente nunca serei um escritor. Mas decidi escrever um livro, o que me colocou desde logo inúmeras questões. A primeira de todas foi: como fazê-lo?” Expressas as dúvidas e as hesitações, a reflexão chega a uma certeza: “Sentado na minha varanda, com um café já meio frio, numa contínua pesquisa da inspiração, encontrei a solução: Vou escrevê-lo com o coração! E assim ficou definida a forma como escrevi este livro.”
Quanto ao título, não tem o leitor dúvidas: é uma biografia e, como tal, conta-nos a vida de alguém. Cruzando o título com o que o prefácio relata, outra certeza o leitor terá: é a vida de alguém, narrada por quem também entra na história. Esta obra vai então muito além da biografia, uma vez que é também testemunho de uma amizade vivida e, se dúvidas existissem, bastaria estarmos atentos à forma como o herói desta história é tratado – o seu nome quase sempre antecedido do determinante “o”, que revela a familiaridade do protagonista biografado com o protagonista que é também o biógrafo. Esta obra não fala apenas “de” Rui Serodio; fala sobretudo “do” Rui. Uma escrita de afecto, ainda por cima partilhada por várias mãos.
“Je suis le pianiste!” – A vida e a obra de Rui Serodio é um livro que se constrói com base numa trindade: por um lado, o relato da vida do Rui segundo uma perspectiva nada isenta de amizade, como vimos; por outro lado, os textos de Rui Serodio, uns narrativos, outros críticos, muitos autobiográficos; de outro ângulo ainda, os apontamentos testemunhais de mais de três dezenas de amigos do Rui (lista em que estou incluído). Chamei “trindade” a esta conjugação porque é impressionante o retrato que resulta no final, sobretudo do ponto de vista da conjugação de observações, da sobreposição de opiniões: não é um rol em que os convidados vão todos dizer bem; é um conjunto de experiências muito diversificadas no calendário, na duração, nas condições, nos propósitos, em que as opiniões testemunhadas se rendem perante a particularidade e a genialidade de uma figura como a de Rui Serodio, na sua bonomia, no seu saber, na sua sensibilidade, na sua postura perante a vida, na sua superioridade de homem bom, disponível e aberto. Se todas as testemunhas deste círculo tivessem combinado previamente o que iriam fazer, o retrato não sairia por certo nem tão completo, nem tão coincidente!...
A escrita de Jorge Calheiros acompanha o percurso biográfico de Rui Serodio em variadas áreas: na profissional, na artística, na familiar, sempre com o preceito da informação exacta e objectiva, eivada de histórias presenciadas, de situações de humor, frequentemente dando a palavra ao biografado, seja através da evocação de acontecimentos, seja pela reprodução de mensagens trocadas. O tom, ora narrativo ora descritivo, de precisão, permite ao leitor o convívio com Rui Serodio. E quem o conheceu facilmente o ouvirá ou o sentirá ali ao pé, com o seu humor e simplicidade desarmantes, como nesta situação: “Muita gente tratava Rui Serodio por maestro, ao que ele normalmente respondia: Eu não sou maestro! (…) Um dia comentou: Não sei por que raio as pessoas me chamam maestro! Talvez seja do cabelo e barba branca, que dão assim um ar distinto…
Ao longo das quase 130 páginas de discurso biográfico, fica o leitor perante uma história completa, com certezas e emoções, acompanhando as inconstâncias e as paixões de uma vida. O relato é de tal  forma vivo e dinâmico que, por vezes, se tem a ilusão de que se está a ler (ou a ouvir) uma conversa entre Rui Serodio e Jorge Calheiros, um género de tertúlia em que se vai contando uma vida, repondo histórias.
No grupo de textos de Rui Serodio impressiona o ritmo da escrita, ficando o leitor com a sensação de que, muitas vezes, se oscila entre um trecho musical, a cena de um filme ou o próprio texto escrito, tal é o poder descritivo e narrativo, tal é o empenho que o narrador empresta ao discurso. O primeiro texto, uma magnífica evocação da mãe, intitulado “Berta”, assenta na perspectiva autobiográfica, aliando coisas aparentemente inconciliáveis – a história de um certo desprendimento entre pessoas que se admiram e amam, a amargura pelo que não se partilhou e a confidência com a memória, tudo rematado com uma homenagem salutar e revitalizante: “Conservei muito do que ela me transmitiu: a resignação, a reserva comedida das atitudes, o respeito pelos outros, o silêncio em vez do espavento, o convencimento de que, se existimos, é para cumprirmos uma missão que nos foi destinada, sem pedir nada em troca. E, se nascemos com um dom especial, não nos devemos vangloriar disso, mas sim cultivá-lo e partilhá-lo com quem o queira apreciar. E agradecer a Deus por nos ter concedido o privilégio da diferença. E nunca – mas nunca – querer parecer ou ser o que se não é.” Este parágrafo é muito mais do que uma lembrança: é uma herança que se reconhece, é um testemunho, um acto de amor e um testamento. Que belo conjunto de ensinamentos para se poder estar num mundo melhor!
Por estes textos passam as imagens da(s) mulher(es) da sua vida, retratos de Setúbal, a valorização do autor e do respeito pela criação artística, as pequenas epopeias de uma vida, o humor sobre si próprio, a pedagogia pela música, a prática auto-reflexiva, o registo de pequenos momentos de prazer que a vida vai segredando e até um texto para memória futura – umas quase memórias póstumas – teatralmente intitulado “A cerimónia de encerramento”. Tão importantes como as suas composições musicais, estes textos de Rui Serodio captam o essencial das coisas, bem tecidos, certeiros, delicados, tendo sempre a acompanhá-los um narrador experimentado e em estado de bem com a vida.
Quanto aos testemunhos dos amigos, a sua leitura complementa os anteriores, pois impressiona ver como, sendo oriundos de diversas longitudes de convivência ou de variadas latitudes de geografia, todos se rendem a essa figura ímpar que foi o Rui Serodio. Fica a sensação de que não se está perante a homenagem forçada e conveniente, antes se caminha na estrada da sinceridade e na linha da descoberta e da aprendizagem que foi ter encontrado esta personagem em dado momento do percurso. Esta perspectiva é tanto mais aliciante quanto alguns dos que testemunham nem sequer conheceram o Rui pessoalmente, mas só através da comunicação virtual e, claro, com a música como mediadora, como ponte, que é como quem diz com a sensibilidade do Rui.
Fecha o livro o “epílogo”, assinado pelo autor desta obra, escrito sob a forma de carta, dirigida pelo biógrafo ao biografado. É a satisfação pelo cumprimento de um dever – o da amizade, o da preservação da memória. É o prazer por este bocado de tempo, em mais de trezentas páginas, ter permitido a recordação de muitos momentos de aproximação. É o assumir da emoção como um dos motores e uma das condicionantes desta obra. É o confronto com a insuficiência em que a palavra se torna quando o que está em causa é a amizade. É a manifestação da impossibilidade de voltar a viver tudo de novo: “Tentei contar a tua história. Mas nunca, mesmo nunca, os versos da Manuela de Freitas significaram tanto como neste momento. Na verdade… eu só sei contar a história / da falta que tu me fazes.”
Como leitor que fui desta obra quando ela estava já em gestação adiantada e como amigo que também tive a sorte de ser do Rui, termino com a expressão que Ana Carvalho relembra ser usada pelo Rui de cada vez que acontecia um ensaio do grupo “Afina Setúbal”: “hoje fez-se magia”! E devemos agradecer isso ao Jorge Calheiros e ao Rui Serodio!

[Na apresentação do livro, ontem, no Salão Nobre da Câmara Municipal de Setúbal.]

OBS 1: O projecto levado a cabo por Jorge Calheiros inclui, além da edição da biografia, a edição de 5 cd's com as composições musicais inéditas de Rui Serodio. Além de poderem ser adquiridos em livraria, estes materiais estão também disponíveis em http://www.m-oceans.com/

OBS 2: Documento videográfico desta sessão de apresentação, assinado por Simões da Silva, pode ser visto aqui.

domingo, 30 de dezembro de 2012

Setúbal entre luzes e sombras


Uma "curta" bonita de se ver, devida a Carlos Silveira, sobre Setúbal. "Luzes e sombras", como título. Para cinco minutos e pouco de filme, muitas horas de trabalho e de sensibilidade. Despertar sobre o Sado...

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Sobre o poder das palavras



Já não é recente, eu sei. Mas é eloquente!


sábado, 12 de maio de 2012

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Livros em festa



A alegria dos livros. E a alegria dos leitores. A partir da livraria Type, de Toronto. E os livros fazem a festa...

sábado, 15 de outubro de 2011

Manuel da Fonseca - "Tejo que levas as águas", por Adriano Correia de Oliveira

Em 1975, Adriano Correia de Oliveira dava a conhecer o disco Que Nunca Mais, colectânea que reunia poesia de Manuel da Fonseca (“Tejo que levas as águas”, “O senhor gerente”, “As balas”, “No vale escuro”, “Tu e eu meu amor”, “Recado a Helena”, “Dona abastança”, “Cantiga de Montemaior” e “Prá frente”) musicada pelo próprio Adriano. Aqui fica “Tejo que levas as águas”, pescado no youtube.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Ouvir Vivaldi por vozes femininas "à capela"


É uma parte da "Primavera", inserida em As Quatro Estações, de Antonio Vivaldi, interpretada pelo grupo feminino "Carmel A-Cappella", israelita, de Haifa, uma descoberta recomendada por um amigo a partir do "You Tube". Escusado será dizer que é lindo! E que, nestes tempos de angústia, em que apenas se fala de crise, de défice, de dinheiro, de escândalos e outras coisas afins, vale bem mais a pena ouvir isto do que todos os discursos que nos rodeiam... Ao menos aqui há alegria, criatividade, cultura, humanidade, saber, vida!