O António Correia é sempre um mestre. Sem favor! Tive o privilégio de trabalhar com ele. Tenho o privilégio de o ter como amigo. Tenho tido o privilégio de aprender com ele. O discurso que ouvi neste filme é o mesmo que me contou noutras alturas. Sem ser pretensioso, sem ultrapassar o que lhe é devido. Excelente testemunho, António Correia! Obrigado por tudo.
quarta-feira, 24 de abril de 2019
António Correia: o cidadão, o professor, o amigo
O António Correia é sempre um mestre. Sem favor! Tive o privilégio de trabalhar com ele. Tenho o privilégio de o ter como amigo. Tenho tido o privilégio de aprender com ele. O discurso que ouvi neste filme é o mesmo que me contou noutras alturas. Sem ser pretensioso, sem ultrapassar o que lhe é devido. Excelente testemunho, António Correia! Obrigado por tudo.
quinta-feira, 15 de junho de 2017
Ler prazer, ler pra ser - Aluna de Palmela ganha prémio - intervenção
Ontem, pelas 15h00, no auditório da APEL, na Feira do Livro, em Lisboa, aconteceu a entrega dos prémios do concurso "Ler prazer, ler pra ser", promovido pelo Plano Nacional de Leitura (PNL), em cerimónia presidida pelo Ministro da Cultura (Luís Filipe Castro Mendes), pela Comissária do PNL (Teresa Calçada) e por representante da Rede de Bibliotecas Escolares.
sexta-feira, 9 de junho de 2017
Ler Prazer Ler P'ra Ser - Aluna de Palmela ganha primeiro prémio
sexta-feira, 5 de junho de 2015
Petição pública - Escola Secundária de Palmela
terça-feira, 28 de junho de 2011
Golfinho Parade, em Setúbal (01)

terça-feira, 8 de junho de 2010
Do Jogo ao Texto - Quando os alunos se encontram com a literatura
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sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
António Fontinha contou histórias na Escola
Quem assim conversava com os alunos era António Fontinha, contador de histórias tradicionais portuguesas, que ontem esteve na Escola a animar duas sessões com alunos do 7º ano. Receosos a princípio, apesar de saberem ao que iam (alguns até tinham lido a reportagem da revista “Única” do Expresso sobre contadores de histórias, saída na semana passada), os alunos foram, pouco a pouco, deixando que o envolvimento do fantástico tomasse conta deles. Ouviam “A lavadeira e o cágado”, seres dialogantes, história que desconheciam. “Vocês sabem que os contos tradicionais portugueses são muito pouco conhecidos?” E a história continuou até ao momento em que o pai da lavadeira a surpreendeu, pensativa, no quarto, na manhã seguinte. “Mas os contos tradicionais portugueses são muito curiosos e têm despertado muito interesse.” E a história acabava com agrado, depois de uma narração com trejeitos de diversas personagens, variações de voz (dando vozes), marcas de espanto e de surpresa, numa pluralidade sobre o palco a partir de um actor apenas, aquele mesmo, António Fontinha.
Depois, foram as adivinhas. Da mais simples à mais complexa. “As adivinhas são sempre exactas.” E Fontinha demonstrava, explicando e fazendo concordar os passos da adivinha com as características da solução. E alguns, usando a lógica que sabiam, aventavam soluções. E algum até acertou.
Foi uma sessão em cheio. “Só foi pena ser tão pequena”, diziam-me. Pois. Três quartos de hora cheios de magia e de passeio no reino da fantasia tinham voado. De António Fontinha ficou uma boa recordação e a vontade de verem, lendo ou ouvindo, algumas das histórias que constam no livro que a Câmara Municipal de Palmela editou há uns anos, recolhidas pelo próprio Fontinha no concelho (Contos populares portugueses ouvidos e contados no concelho de Palmela, 1997). Iremos ler algumas, claro, que o apetite ficou aberto!
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
Ondjaki, depois de uma leitura
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
José Fanha veio à Escola
José Fanha veio à Escola com o Pedro Reizinho (setubalense, com dois livros infantis publicados, editor de obras de sucesso). Ouviram-no com atenção e participaram nos desafios. O poeta contou histórias, leu poemas (seus e de outros – de António Lobo Antunes, de António Ramos Rosa, de António Jacinto, de João Roiz de Castelo Branco, de Ary dos Santos, de Lawrence Ferlinghetti). E os alunos riram, ouviram, participaram. E Fanha aconselhou sobre necessidade de ler, de ler, de ler (e também de ter cuidado com as informações da net, muitas delas falsas). E houve palmas. E sempre poesia. E houve apontamentos biográficos – “Vou contar-lhes a história deste livro, de um jovem de um tempo em que não se mamava e não se comia a ver televisão”, a lembrança da avó, as pinturas do filho parecido consigo “30 quilos atrás”. E houve atenção e sorriso. E autógrafos. E alunos contentes e surpreendidos.
À noite, a mensagem de uma mãe (de um jovem que não é meu aluno) para o telemóvel: “Obrigada pelo momento proporcionado hoje na escola. O meu filho não pára de falar dos poemas, das histórias e da maneira diferente de as contar.” Ora ainda bem! A poesia faz disto: imiscui-se, infiltra-se e faz com que se manifestem. Com a ajuda do artista, claro! E o agradecimento vai direitinho para o José Fanha… Creio que muitos destes alunos recordarão com prazer o tempo em que estiveram no anfiteatro a ouvir literatura.
domingo, 8 de novembro de 2009
Depois da leitura de "Homenagem ao Papagaio Verde", de Sena

Amigo:
Decidi deixar este documento escrito para te lembrares sempre de mim. Para que não te esqueças dos nossos passeios pela casa, dos nossos concertos ao piano e até do truque que me ensinaste com a vassoura. Nunca te esqueças que, sempre que precisares de um amigo, há um, algures no teu coração. Esse amigo é verde e voa.
Eu estou a morrer, disso já sabes. Os papagaios têm uma vida curta. A minha pode ter sido curta, mas foi óptima ao teu lado, companheiro. Por estes dias, parece que tenho alucinado, dizendo tudo o que me vem à cabeça, o que aprendi ou o que ouvi.
Eu sei que vais sentir a minha falta, mas a vida é mesmo assim. Uns nascem, outros morrem. Tu foste o único em quem confiei. Só me aguentei mais tempo porque me obrigavas a comer e porque dizias à tua mãe para me fazer o curativo…
Só te peço uma coisa: não te vás abaixo com a minha morte. Cuida do Papagaio Cinzento. Sê feliz por mim. Sei que não estarei a teu lado, mas também sei que vais ser feliz. A morte não é o fim do mundo… Talvez arranjes outro papagaio para o meu lugar na gaiola, mas eu sei que o do coração estará sempre reservado para os nossos dias de alegria e diversão.
Serás sempre o melhor amigo que alguma vez um papagaio teve.

2) Ana Veloso
Querido Amigo,
Sei que já não me restam muitas horas de vida e, por isso, quero deixar-te uma última recordação.
Em cada dia que passa, sinto-me cada vez mais fraco e a perder a minha grande beleza, mas tu estás sempre lá para carinhosamente me tratares e me dares a comida que eu próprio já nem consigo comer, embora logo de seguida, num movimento rápido e leve, me deite no canto da gaiola a desfalecer…
As músicas que tocas para mim no piano… confesso que me consolam, pois são as minhas músicas preferidas. Sei também que já faltaste à escola para ficares a cuidar de mim e a dar-me o teu ombro amigo e que, quando não faltas à escola, mal ela acaba, vens a correr para casa.
Sinto-me o papagaio mais privilegiado do mundo por te ter conhecido. Um grande obrigado por tudo.
Quando chegares, pressinto que já cá não estarei. Cuida bem de ti.
PS: Nunca te esquecerei. Foste o melhor amigo que alguma vez poderia ter arranjado.

3) Bárbara Arrojado
Querido rapaz:
Sei que estás triste por eu estar a morrer, mas quero que saibas que eu estou muito contente pelo que passámos juntos – as brincadeiras que fizemos dentro de casa, as visitas que fizemos ao Papagaio Cinzento e também por me teres cuidado assim tanto!
Espero que tenhas entendido o que é a amizade.
Não quero partir sabendo que vais continuar só e triste, porque eu sou um papagaio que gostou muito de ti, que te queria acompanhar por mais tempo, ensinar muitas mais coisas boas.
Mas também tens de perceber que não é por causa de uma “pessoa” que não vais ser feliz. A vida continua em frente.
Também não quero que te aborreças muito com a tua família. Como eu te disse, é a tua família.
Gosto muito de ti, não te vou esquecer (espero que não te esqueças de mim).
Papagaio Verde

Agradeço-te tudo o que fizeste por mim. Agradeço-te por me teres deixado de fazer o curativo, porque, apesar de eu saber que era para meu bem, causava-me um enorme sofrimento.
Adorei aqueles momentos passados ao lado do piano em que eu, com as minhas garras (já sem força), agarrava a tua mão esquerda e tu, com a tua mão direita, tocavas as melodias que eu adorava, as mais belas, as mais pacíficas… Aquelas em que eu dançava mas que, naquela altura de sofrimento, estava incapacitado de fazer.
Agradeço-te por me teres tratado como um rei. Por me teres dado água e alimento, apesar de eu normalmente os recusar. Mas, de vez em quando, lá fazia um esforço, só para te agradar.
Agradeço-te por teres ouvido o meu reportório final. Aquele que era igual a todos os outros. As frases que eu costumava dizer, os palavrões que tu não devias ouvir e até aquelas palavras em línguas que tu nem sequer conhecias.
Sei que a última frase que me ouviste dizer não foi a mais agradável mas peço-te que me guardes na tua memória e no teu coração como um fiel amigo… Não! Como um fiel melhor amigo!
Bicadas Carinhosas
Papagaio Verde
P.S.: Vou guardar-te na memória e no coração até à eternidade.

5) Paolla Moura
Quando cá cheguei, sentia-me sozinho e amargurado. Passei por muitos lugares, navios, terras, florestas, mas nunca estive num sítio como esta varanda e eu sabia que ia ser para durar. Não tinha confiança em ninguém e as empregadas eram muito importunas. Ainda me lembro das vezes em que me deixavam encharcado e me aleijavam com a vassoura de modo a tentar irritar-me! Mas isso foi passando com o tempo, aquele ódio doentio pelos humanos, porque tinha de arranjar um espacinho no meu coração para ti. Continuava a odiar, mas a nossa amizade era mais importante e para mim marcou um novo ciclo na minha vida, um ciclo de amizade.
Lembro-me das malandrices e planos maldosos, porém divertidos, que fazíamos, passando por insultar os vizinhos com os mais variados e cómicos palavrões e a acanhar o Cinzento, aquela sombra da qual não gosto nem vou gostar. A monotonia foi desaparecendo e as divertidíssimas melodias ao piano tornaram-se habituais.
Eu ficava à tua espera, contando as horas, minutos e segundos, pois a minha única alegria eram as nossas brincadeiras. Mas o destino foi cruel e quis que eu apanhasse esta doença. Mas quero que saibas que, onde quer que esteja, vou sempre lembrar-me de ti e a nossa amizade vai sempre sobreviver ao tempo e até ao ímpeto da morte.
Obrigado, amigo.

6) Sara Santos
Querido Amigo:
Lembro-me bem daquela vez em que as criadas queriam lavar-me a gaiola, coisa que eu odeio, e me molharam. Tu foste ter comigo e limpaste-me docilmente as penas. Percebi nesse momento que não teria de ser reservado contigo. Ou de quando eu saí da “prisão” para melhor ver o céu, fazendo um alvoroço cá em casa, e tu apareceste lá com uma cara sorridente!…
Sabes?, adoro quando me levas para ao pé do piano e me tocas a minha música preferida. Nesse momento, sou uma abelha que encontra uma rosa pela primeira vez, sou uma mãe que vê o filho crescer…
O tempo que me resta é escasso, mas quero que saibas que só a tua presença me tira da sonolência, que só como para te fazer feliz.
Metade de mim já partiu, o exterior, e em breve partirei completamente. Guarda-me no lugar a que chamam “coração”.
O teu sempre amigo, Papagaio Verde
PS: Cá fora, o tempo está agradável. Às vezes, vem uma brisa que me despenteia as penas.

Carta para o meu Amigo e Companheiro de sempre
Sim, sou eu, o Papagaio Verde, aquele que muitos desprezaram, ignoraram e fingiram nem sequer existir.
De todas as viagens que fiz, de todas as pessoas que conheci, tu foste o único que me acolheu, falou comigo, chorou comigo e até tocou para mim aquelas músicas de que eu gostava. Sim, as músicas, como eu as recordo! Alegravam-me e libertavam-me das angústias, sofrimentos, más recordações e, por vezes, até daquelas malditas alucinações.
Tanta coisa te queria eu dizer, mas só tenho estas linhas para te escrever… Vou, por isso, adiantar-me.
Lembro-me de quando te vi pela primeira vez. Eu pensei: “Mas que raio! Um pirralho agora para me puxar as penas e fazer-me arreliar!” Na verdade, eu pouco me engano, posso quase dizer que esta foi a única vez. Enganei-me redondamente. Foi pena só ter descoberto naquela tarde, a pior tarde da minha vida! Malditas empregadas, malditos banhos, estava eu tão nervoso, às voltas na gaiola, a pingar das penas e do bico!... Pensei não resistir, afinal a idade não perdoa e tão encharcado que eu estava!... Foste tu quem me acudiu, quem me enrolou num pano, quem me secou as penas e me disse palavras bonitas com uma calma voz. Nesse momento, olhei-te de forma diferente e vi-te não como miúdo mimado, mas sim como pessoa meiga e solitária. Tu completavas-me, eras o único humano que para mim merecia respeito!
Estiveste desde então sempre a meu lado, até ao fim, e digo bem “fim”, pois esse chegou. Deixo-te aqui as minhas palavras escritas. Com tudo isto só te queria dizer: adoro-te!
Saudades do Papagaio Verde
sábado, 10 de outubro de 2009
A República na minha Escola
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009
Marcelo Rebelo de Sousa explica aos jovens o conflito na educação

A revista está por aí disponível. A entrevista apela à responsabilidade social que os jovens também têm. E, como não podia deixar de ser, a educação foi também tema, mesmo pela origem dos entrevistadores... Quando Maria da Cunha, estudante do 12º ano do Colégio São João de Brito, perguntou qual a avaliação do papel da Ministra da Educação relativamente aos professores e aos alunos, a resposta de Marcelo Rebelo de Sousa foi: «O caso da Ministra da Educação foi um pouco surpreendente. Era uma pessoa desconhecida, não vinha do universo político, portanto uma pessoa com competência técnica interessada em resolver problemas urgentes do ensino em Portugal. A Ministra prometeu muito, avançou com algumas boas ideias. O pior é que ao lado dessas boas ideias se instalou, desde o início, uma ideia muito errada de tentar conquistar a opinião pública à custa do ataque aos professores, o que é uma coisa muito sedutora, mas muito perigosa. As pessoas aderiram, porque andavam sempre à procura de um bode expiatório e o 'bode expiatório' dos professores foi boa ideia, porque não podiam ser os pais (apesar de, em muitos casos, cada vez menos ligarem aos filhos), nem podiam ser os alunos (apesar de, nalguns casos, eles estudarem cada vez menos). A ideia de serem os professores repetida à saciedade, dramatizada e exagerada com manifesta injustiça teve várias consequências, sendo a primeira delas afastar os professores, colocando-os praticamente desde o início contra a Ministra. Os próprios pais começaram a cair em si e a achar a explicação de que a culpa era dos professores uma explicação muito simplista e que às tantas deixou de justificar tudo o que se faz e o que se deixa de fazer. O que é facto é que os alunos também se sentiram muito desmotivados pelo clima de guerrilha que se instalou nas escolas, porque a partir de certa altura o confronto não foi apenas com os professores, foi com os alunos e com uma parte dos encarregados de educação.»
sexta-feira, 19 de dezembro de 2008
sábado, 6 de setembro de 2008
Força, Simone!

segunda-feira, 19 de maio de 2008
Dos carrinhos de rolamentos

Na aula de Educação Tecnológica, surgiu a ideia dos carrinhos de rolamentos. E a construção começou. Com apuros nas sessões de aula, com ajudas em casa, com investimento da turma, com alegria, aplicando conhecimentos.
quarta-feira, 14 de maio de 2008
Alice Vieira com o seu público

A escrita de Alice Vieira entusiasma os jovens, seja pelos retratos da adolescência traçados nas histórias, a que os jovens leitores se colam, seja pela busca da identidade que esses adolescentes-personagens sempre demandam, seja pelo quadro de referências relacionais que anima as narrativas, seja pelo humor que por ali transborda. Com facilidade encontramos leitores de Alice Vieira, nem que seja de uma obra apenas, independentemente de género.
Alguns alunos leram poemas por eles mesmos produzidos; outros leram poemas da antologia apresentada. Depois, Alice Vieira falou sobre poesia, contou histórias, riu-se, aproximou-se. E, depois ainda, no contacto com a escritora, brotaram perguntas

No final, a sessão de autógrafos. Inevitável. Alguns, leitores já conhecidos, traziam os livros que rebuscaram lá por casa. Outros, em descoberta recente, adquiriam os livros na bancada ali ao lado. Outros ainda, sem possibilidades de chegar aos livros, aproveitavam o desdobrável de apresentação da escritora que a Biblioteca fez para lhe pedirem um autógrafo e uma dedicatória… O contacto com a escritora era merecido. Falou-se e exerceu-se a leitura de uma maneira diferente. E gostaram!
No prefácio da antologia organizada por Alice Vieira, fica a recomendação: “Lembra-te que um bom poema nunca é aborrecido, nunca é banal, nunca te deixa indiferente. Como escreveu um dia um poeta (e grande professor) português chamado Sebastião da Gama: Poesia / para quê buscar-te para além dos astros / se andas tão perto da gente?”
quarta-feira, 30 de abril de 2008
No seu último dia de Escola

Reconheço o que partilhámos ao longo destes anos, o que aprendi com ela, o pilar que em muitas circunstâncias foi para a Escola e mesmo para mim. É justo que o testemunhe e o agradeça, quer pelos momentos bons, quer pelos mais difíceis e mesmo pelos que nem sempre foram de concordância.