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quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Para a agenda - Transmitir o objecto cultural



"A comunicação do objecto cultural" será o tema de palestra marcada para 2 de Novembro, na Biblioteca Pública Municipal de Setúbal. Uma conversa com Maximiano Gonçalves, membro da Associação Cultural Sebastião da Gama, que promove a actividade em parceria com a própria Biblioteca. Por esta comunicação hão-de circular temas como: definir cultura, o Objecto Cultural, o turista perante os objectos culturais,  turismo e turismo cultural, comunicação do Objecto Cultural, o que caracteriza uma individualidade em Turismo, Comunicação Orientada, Imagem e imagem do conjunto de objectos culturais, a iniciativa da Comunicação Cultural, a conjugação dos objectos culturais, disponibilizar recordatórios – uma sugestão a propósito de Literatura, a Comunicação do Objecto Cultural – o que fazer.
Linhas assaz importantes para que a palestra se não perca. Para a agenda!

sábado, 6 de julho de 2013

Para a agenda - Nos 40 anos de uma livraria, a Culsete, em Setúbal



Em 7 de Julho, domingo, passam 40 anos sobre o nascimento da livraria Culsete, em Setúbal, pretexto para o arranque da celebração do aniversário. A partir daí, até 17 de Julho, a Culsete vai estar na rua a fazer o que sempre soube fazer, o que sempre fez: a pugnar pela leitura, pelos autores, pela cultura. Com o empenho da Fátima e do Manuel Medeiros. O programa destes 11 intensos dias é o que se segue. Com nomes como Arlindo Mota, José Ruy, José-António Chocolate, Helder Moura Pereira, Alice Brito, Fernando Bento Gomes e muitos outros. Com poesia, música, tertúlias. Para a agenda, claro!


quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Para a agenda: "Quanto custa a cultura?"



"Quanto custa a cultura?" Di-lo-ão André Gago, Pedro Almeida Vieira, José Teófilo Duarte e quem mais queira aparecer e participar. Na Casa da Cultura, em Setúbal, amanhã, pelas 22h00.

domingo, 16 de dezembro de 2012

Mario Vargas Llosa: a literatura, a cultura, a democracia, a política e a contemporaneidade


No suplemento “Ípsilon” que acompanhou o Público de 14 de Dezembro, Mario Vargas Llosa é entrevistado (páginas 14-16) a propósito do seu mais recente livro traduzido para português – A civilização do espectáculo. Por essa conversa do Nobel da Literatura peruano (2010) com António Rodrigues perpassam ideias que nos deviam abalar, abordando temas tão importantes como a cultura e a política, a democracia e a crise que nos cerca. E andam todos ligados… Deixo alguns excertos.
Literatura e civilização – «(…) A literatura cumpriu uma função nevrálgica na evolução da humanidade. É difícil prová-lo, porque a literatura opera de forma muito subjectiva na intimidade das pessoas, mas eu acho que a fantasia, a sensibilidade, o espírito crítico desenvolveram-se extraordinariamente graças às fábulas, às lendas, aos mitos e, logo, aos continuadores desses géneros que são a poesia, o romance. O mundo é mais livre, mais crítico devido ao desassossego em relação ao mundo real, atiçado por esse olhar crítico perante o mundo que é a literatura. A cultura, em geral, e a literatura, em particular, estão sempre a expor-nos às ideias da perfeição, da beleza, da coerência, de uma ordem que não existe no mundo real; nesse sentido, têm servido como o motor do progresso da civilização. Pode ser uma ideia romântica, mas não acho que seja desmerecida pela realidade. (…)»
Banalização da cultura – «(…) O valor das coisas é fixado por certos padrões culturais, estéticos, e é isso que hoje está muito ameaçado pela banalização da cultura. Há um factor que tem a ver com a educação, no sentido mais amplo da palavra – não só com o professor e a escola, também com a família, com a imprensa, com a informação que chega aos cidadãos, tudo isso marca uma certa orientação na maneira como se formam os cidadãos. E é a formação que hoje está muito estragada pela decadência de uma cultura que procura apenas entreter, divertir, muito mais do que preocupar, formar. Uma cultura que responde pela existência hoje de uma prática de avestruz: não ver, não entender. (…)»
Tempo das crises – «(…) São as ideias que fazem funcionar uma sociedade e que estão por trás das instituições, incluindo as instituições económicas. Acho que esta crise terrível, cívica, moral, por trás da grande crise financeira e económica que vive o Ocidente deriva, em parte, da crise da cultura. (…)»
Cultura e democracia – «(…) Por que razão a democracia se deteriorou tanto? Porque não há fé, não há confiança nas instituições democráticas; há um grande desprezo pela política, por se acreditar que é corrupta, medíocre. Ora, isso não é um problema social, é um problema cultural. A cultura não é só a arte, a literatura, a cultura é a vida inteira de uma sociedade – não está apenas na espuma, mas nas raízes da problemática social. (…)»

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Paulo Castilho, o património, a língua portuguesa, o inglês e o francês

O JL de hoje (Jornal de Letras, Artes e Ideias, nº 1101, 12.Dez.2012) , na sua habitual rubrica "Diário", deixa que Paulo Castilho, escritor e diplomata, nos revele alguns dos fragmentos dos seus dias, em registos ocorridos entre 20 de Outubro e 28 de Novembro. Desse diário se retiram as observações que seguem, retrato sentido e verdadeiro da cultura que vamos perdendo e da cultura que nos vai colonizando... Ou a questão linguístico-cultural no centro da discussão, no mesmo momento em que outros dizem que a língua portuguesa significa quase 20 por cento do PIB! Sinais dos tempos, em que tudo se substitui por valores, mais-valias, investimentos, economias, rendimentos... Eis, então, uma mostra das reflexões de Paulo Castilho:

«O património cultural do nosso país, que nasceu há quase 900 anos, está em grande medida votado ao esquecimento e ao desinteresse generalizado, sobretudo quando se trata de literatura. (...) Namora, alguém o lê? Tirando o Eça, alguém lê os escritores do passado? E o Pessoa está transformado em 'celebrity', uma espécie de Paris Hilton das letras lusas, famoso, festejado, mas pouco lido. Quanto à língua,, vivemos na regra do desleixo e do vale tudo - incluindo o acordo ortográfico, que entre muitas outras calamidades, faz tábua rasa da origem latina da nossa língua. Mais um fenómeno de aculturação. É irónico que tenhamos agora de ir a outras línguas, como por exemplo o inglês, que é essencialmente germânico, para encontrar muitas das raízes latinas que deitámos fora nas nossas palavras. (...)
É uma pena que actualmente em Portugal se despreze o francês e já quase ninguém o fale ou leia. Foi e é a língua de uma grande cultura, ainda hoje com um movimento editorial de um enorme vigor, em muitas áreas superior ao inglês. Agora corremos atrás da língua inglesa e de tudo o que tenha um ar de Inglaterra ou de América sem nos darmos conta de quanto nos encontramos longe da mente anglo-saxónica. Não os compreendemos plenamente e eles não nos compreendem a nós e, na verdade, tendem a tratar-nos com alguma condescendência. (...)»

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

O último feriado de 5 de Outubro?

Um poder que omite, suprime ou suspende o feriado que assinala a fundação do seu regime político (quando poderia ter optado por outros feriados) ou um poder que omite, suprime ou suspende o feriado que assinala o início da independência do país e do povo que governa (quando poderia ter optado por outros feriados) respeita os fundamentos histórico-culturais do país que dirige?

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Aí está ele, o nº 1000 do "JL", isto é, o "Jornal de Letras"!

Primeira página da milésima edição do JL, tirada do Público,
que hoje lhe dedica duas páginas no suplemento "P2".

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

"JL"! Olhó número 1000!...

Estávamos a 3 de Março de 1981. Quase há 28 anos. Às bancas dos periódicos chegava mais um título. “Quinzenalmente, às terças-feiras”. Por 25$00, algo como 0,125 € (a assinatura anual, para o continente e ilhas, custava 520$00, algo como 2,60 €, o preço de cada edição hoje). Duas iniciais ocupavam quase metade do cabeçalho: JL, início de Jornal de Letras, sempre assim conhecido, apesar de o seu nome de baptismo ser um pouco mais comprido – Jornal de letras, artes e ideias. Assim mesmo. E, logo na página 2, José Carlos Vasconcelos, o director, justificava o nascimento e o nome: “Queremos ser um quinzenário de cultura potencialmente para toda a gente. (…) Se a literatura e as artes são o nosso primeiro campo operatório, não é por acaso que no cabeçalho também aparecem as ideias. Queremos que nas nossas páginas também possam ter o seu lugar, por exemplo, questões relacionadas com o urbanismo ou a informação, a ecologia ou a antropologia, a história ou a psicologia, mesmo com a política, embora não na sua visão imediatista e conjuntural”. Pertencia ao grupo Projornal e associava-se aos irmãos O Jornal, Jornal da Educação, História e Se7e.
Os nomes da ficha técnica eram (são) de peso: Augusto Abelaira, Eduardo Prado Coelho e Fernando Assis Pacheco, como coordenadores; João Abel Manta, como responsável artístico. Entre os colaboradores, uma plêiade quase, como se pode ver pelos que intervieram logo no número inaugural: Agustina Bessa Luís (“Cura na montanha e corrupção”, a partir de Dostoievski), Fernando Assis Pacheco (a entrevistar José Cardoso Pires), Francisco Bélard (sobre cinema português), Eduardo Prado Coelho (sobre cinema húngaro e sobre o primeiro volume de Conta-Corrente, de Vergílio Ferreira, de quem eram publicadas algumas páginas já do segundo volume), José Vaz Pereira (sobre televisão), Maria Estrela Serrano e José Manuel Nunes (sobre rádio), Eduardo Lourenço (evocando encontros com Jorge de Sena, de quem também eram publicados três poemas inéditos), Augusto Abelaira (“Ao pé das letras”), David Mourão-Ferreira (sobre o Arquipoeta de Colónia), Fernando Belo (“A crise dos cristãos de esquerda”), José Sesinando (sobre música), Alexandre Pinheiro Torres e Nuno Bragança (cronistas), Manuel Maria Carrilho (sobre livro de José Gil), Paula Morão (sobre vários livros e a propósito do número inicial de Nova Renascença), Urbano Tavares Rodrigues (sobre Fernando Namora), Miguel Serras Pereira, José Palla e Carmo e Fernando Pereira Marques (crítica literária), João Mário Grilo e Guilherme Ismael (sobre cinema), J. Nuno Martins e João de Freitas Branco (sobre música), Maria João Brilhante (sobre teatro), Sílvia Chico (sobre exposições). E notícias, entre outras: Poesia Toda, de Herberto Hélder; 40 anos de vida literária de Óscar Lopes; prémio "Montaigne" para Miguel Torga; morte de António de Sousa; exposição e livro de Júlio Pomar. E os anúncios: top livro da Bertrand; nº 4 da Persona; livrarias ("Leitura", "A Bibliófila", "O Mundo do Livro", "Portugal"); TAP; Banco Espírito Santo e Comercial de Lisboa; obras de Sena e de Cardoso Pires na Moraes; O dia dos prodígios, de Lídia Jorge; editoras ("O Oiro do Dia", "Presença", "Assírio e Alvim", "Valentim de Carvalho", "Multinova"); espectáculos (Pasolini na "Casa da Comédia").
36 páginas de novidades. 30 mil exemplares. Até ao número seguinte. Que sairia a 17 de Março e em que o director se regozijava com a recepção: a primeira edição estava praticamente esgotada e, em simultâneo com o nº 2, sucedia a reimpressão do número anterior, assim elevando a tiragem para 40 mil exemplares.
Cerca de dois anos e meio depois, em Novembro de 1983, passou a ser semanal (nº 72). Mas o andar dos tempos levou-o de regresso à sua periodicidade de origem. Em Fevereiro de 1992, saía o nº 500. Há duas semanas, em 14 de Janeiro, era o fim dos três dígitos, com o número 999. O título mantinha-se; o director também; as memórias também (provado pela evocação de Rodrigues da Silva); a riqueza e diversidade da cultura de língua portuguesa também.
A perspectiva da lusofonia tem sido, aliás, condimento forte, fortíssimo, nas páginas do JL e fácil é concluir que qualquer estudo da cultura lusófona a partir do início da década de 80 do século passado não poderá passar sem a consulta deste jornal. Obrigatoriamente.
Amanhã, 28 de Janeiro, sai o nº 1000. Olhó "JL"! Olhó número 1000!
Venha o nº 1000, pois! Venham muitos mais!

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Joana Varela e a "Colóquio-Letras"

Se quer testemunhar sobre a Colóquio-Letras; se quer saber a importância com que Joana Varela tem contribuído para o sucesso da Colóquio-Letras; se quer ver a importância que leitores da revista dão a esta história que envolve a Colóquio-Letras, Joana Morais Varela e a Fundação Calouste Gulbenkian; se quer ser um(a) a solidarizar-se com a linha da revista e a tomar posição quanto ao que se está a passar... passe pelo blogue que foi criado para o efeito. É de acesso livre, é uma palavra de leitor(es), é um acto de cultura, é um ponto de encontro e de reunião.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

As palavras de Maio lidas por Jean-Philippe Legois em "Les slogans de 68"

“No princípio era o verbo…” A frase é bíblica, mas relaciona-se com o livrinho Les slogans de 68, de Jean-Philippe Legois (Paris: First Éditions, 2008, verdadeira edição de bolso no formato 12 cm x 8,5 cm) e com a leitura que é feita dos slogans que animaram o Maio de 68, há 40 anos, em que a palavra gritada nas paredes teve, muitas vezes, a força da imaginação e da opinião e a visibilidade generalizada, além de, frequentemente, ser o uso da máxima, fosse ela de uma corrente de pensamento ou de um poema. Alguns slogans dessa altura tornaram-se célebres e correram mundo, mas nem todos tiveram essa sorte e, recorrendo aos arquivos, o investigador Legois relembra muitos deles e categoriza-os, se se pode chamar categorização ao estabelecimento de uma ordem temática, na tentativa de visitar o que foi o “esprit de Mai” e de fazer uma viagem “au cœur des mots de 68”.
E por onde passa essa viagem, que o mesmo é perguntar quais são os temas que Legois encontra, eles também definidores de um “espírito” e de um tempo? Pela ordem que são apresentados, tendo-se seleccionado um exemplo para cada um deles: ter opinião (“Interdit d’interdire!”); acção (“La barricade ferme la rue, mais ouvre la voie”); revolução (“Cours, camarade, le vieux monde est derrière toi”); utopia (“Oublier tout de que vous avez appris, commencer par rêver”); liberdade (“Tout pouvoir abuse, le pouvoir absolu abuse absolument”); educação (“Grâce à l’examen et aux professeurs, l’arrivisme commence à six ans”) ; trabalho (“En faisant la grève illimitée, les travailleurs ont fait la part des choses. Le bien-être: Oui. L’esclavage: Non.”); sexualidade (“Désirer la réalité c’est bien! Réaliser ses désirs, c’est mieux.”); herança cultural e ideológica (“Notre espoir ne peut venir que des sans-espoir”, frase de Walter Benjamin); auto-crítica (“Prenons la Révolution au sérieux, mais ne nous prenons pas au sérieux”).
No final, há ainda pistas para uma bibliografia sobre as “expressões efémeras” desse Maio – nomeadamente, a obra Paroles de Mai, de Michel Piquemal (Paris: Albin Michel, 1998) – e sobre interpretações do tempo em que este movimento ocorreu. Nas palavras finais de Legois, este livrinho não pretendeu ser mais do que uma “dégustation”…

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Minudências (28)

NOUTROS TEMPOS, A FRANÇA
Por mais que alguns espíritos orgulhosamente independentes o pretendam negar, a verdade é que, hoje, nós, os povos latinos, e muito especialmente o povo português, recebemos da França, inteiramente fabricadas por ela, as opiniões às quais sujeitamos o nosso modo de ver social, político e literário. É a França que nos fornece a literatura e a moda, a cozinha e a arte, as inovações democráticas e as mobílias, a devoção e o teatro, os cretones de que forramos as nossas salas e as ideias de que forramos os nossos cérebros. A pouco e pouco – impotência invencível ou criminoso desleixo? –, deixámos de ter o mínimo vislumbre de iniciativa nacional em qualquer destas importantes questões.
Maria Amália Vaz de Carvalho. “A propósito dos liceus femininos”. Cartas a Luísa.
Porto: Barros & Filha Editores, 1886, pg. 33.

terça-feira, 4 de março de 2008

As "verdades" de um ex-deputado em Setúbal ou os pontapés na cultura

Adenda em 9 de Março:
Transcrevo do der terrorist de hoje: «Sobre o post publicado no dia 3 de Março com o título 'adivinha': Pelas reacções na caixa de comentários é fácil perceber que cometi algumas incorrecções e publiquei outras tantas inverdades. Sim, inverdades, e não mentiras, porque a intenção nunca foi caluniar nem difamar quem quer que fosse. Simplesmente dar a conhecer o que supostamente teria acontecido. As nossas fontes, infelizmente às vezes falham. Foi o que aconteceu com a minha. Aos organizadores do colóquio; aos intervenientes no colóquio; aos professores e alunos do Liceu de Setúbal, e, principalmente ao visado no post, o meu pedido de desculpas.»
Também com data de hoje, o editor do mesmo blogue deixou-me a seguinte mensagem: «j simões disse... lamento que o tenha induzido em erro com a publicação do post 'adivinha'. eu próprio fui induzido nesse erro. a minha fonte falhou. aceite o meu pedido de desculpas. já tentei remediar a coisa, se é que tem remédio... - 9 de Março de 2008 19:28".
Fica bem este pedido de desculpas. Se a transcrição que para aqui fiz também induziu em erro, subscrevo o mesmo pedido. Entretanto, apaguei a transcrição, bem como o comentário que me tinha merecido.