O sábado foi dia dedicado a António Vieira. O 16º encontro “Fé e Justiça”, organizado pelo CUPAV, foi sujeito ao tema “Padre António Vieira: os mesmos desafios quatro séculos depois”. Surpreendeu-me a quantidade de público presente no Colégio S. João de Brito ao longo de todo o sábado para ouvir falar da actualidade de Vieira. Assim como me surpreenderam, também pela positiva, muitas leituras que de Vieira foram apresentadas, sobretudo na sua ponte para uma distância de quatro séculos.
Os painéis foram quatro: “Os Direitos Humanos” (com Hermínio Rico, Pedro Roseta, Souto de Moura e Fernando Nobre); “O Diálogo inter-cultural e inter-religioso” (com Mário Garcia, Guilherme Oliveira Martins, Esther Mucznik e Roberto Carneiro); “Um Desígnio para Portugal” (com António Vaz Pinto, Marcelo Rebelo de Sousa, António Vitorino e Paula Moura Pinheiro); e “O Serviço da Fé” (com Miguel Gonçalves Ferreira, D. Carlos de Azevedo, Manuel Braga da Cruz e Laurinda Alves).
Quase todos os intervenientes trouxeram citações de Vieira, sem repetições, e ficaram claras ideias como: a antecipação de Vieira na defesa dos direitos humanos (antes do Iluminismo setecentista ou do Marxismo de Oitocentos); a força exercida pela consciência na denúncia e na luta pelos direitos humanos; o poder de sedução exercido pela sua escrita e pelas suas ideias; o seu contributo para o diálogo com o outro, para o encontro de culturas; a capacidade que apresenta para levar os textos a dizerem o que quer, forçando as interpretações; a presença de uma perspectiva optimista, que leva os cidadãos a não se poderem demitir da sua cidadania nem os cristãos da sua fé; a fidelidade à palavra e a beleza das formas; a coerência da acção; o acto evangelizador (de elite) e o seu profetismo.
Vale a pena ler Vieira. Sei que é um lugar-comum dizer isto, mas é apenas uma lembrança, nada mais do que isso. E uma boa hipótese é pegar na obra Padre António Vieira – O imperador da língua portuguesa, coordenada por José Eduardo Franco, editada há dias, a custo reduzido, pelo diário Correio da Manhã, que contém iconografia vieirina, um estudo biográfico, quatro sermões (do Bom Ladrão e três de Santo António) e um conjunto de “adágios e pensamentos”. É deste último grupo que retiro uma citação sobre o livro – “O livro é um mudo que fala, um surdo que responde, um cego que guia, um morto que vive, e não tendo acção em si mesmo, move os ânimos e causa grandes efeitos” – e outra sobre política – “A república é o espelho dos que a governam.”
Os painéis foram quatro: “Os Direitos Humanos” (com Hermínio Rico, Pedro Roseta, Souto de Moura e Fernando Nobre); “O Diálogo inter-cultural e inter-religioso” (com Mário Garcia, Guilherme Oliveira Martins, Esther Mucznik e Roberto Carneiro); “Um Desígnio para Portugal” (com António Vaz Pinto, Marcelo Rebelo de Sousa, António Vitorino e Paula Moura Pinheiro); e “O Serviço da Fé” (com Miguel Gonçalves Ferreira, D. Carlos de Azevedo, Manuel Braga da Cruz e Laurinda Alves).
Quase todos os intervenientes trouxeram citações de Vieira, sem repetições, e ficaram claras ideias como: a antecipação de Vieira na defesa dos direitos humanos (antes do Iluminismo setecentista ou do Marxismo de Oitocentos); a força exercida pela consciência na denúncia e na luta pelos direitos humanos; o poder de sedução exercido pela sua escrita e pelas suas ideias; o seu contributo para o diálogo com o outro, para o encontro de culturas; a capacidade que apresenta para levar os textos a dizerem o que quer, forçando as interpretações; a presença de uma perspectiva optimista, que leva os cidadãos a não se poderem demitir da sua cidadania nem os cristãos da sua fé; a fidelidade à palavra e a beleza das formas; a coerência da acção; o acto evangelizador (de elite) e o seu profetismo.
Vale a pena ler Vieira. Sei que é um lugar-comum dizer isto, mas é apenas uma lembrança, nada mais do que isso. E uma boa hipótese é pegar na obra Padre António Vieira – O imperador da língua portuguesa, coordenada por José Eduardo Franco, editada há dias, a custo reduzido, pelo diário Correio da Manhã, que contém iconografia vieirina, um estudo biográfico, quatro sermões (do Bom Ladrão e três de Santo António) e um conjunto de “adágios e pensamentos”. É deste último grupo que retiro uma citação sobre o livro – “O livro é um mudo que fala, um surdo que responde, um cego que guia, um morto que vive, e não tendo acção em si mesmo, move os ânimos e causa grandes efeitos” – e outra sobre política – “A república é o espelho dos que a governam.”
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