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terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Núcleo de Poesia de Setúbal acabou

O Núcleo de Poesia de Setúbal acabou. Pelo menos como organização com estatutos reconhecidos. Surgido em Agosto de 2005 no interior do Grupo Desportivo “Independente”, em Setúbal, teve como seus primeiros directores Henrique Mateus, Viriato Horta, Ivone Vilares e Maria Adelaide Palmela.
Logo no bimestre de Setembro-Outubro do ano da fundação, começou a publicar a revista O Canto dos Poetas, cujo número zero teve entrevista com a poetisa Alexandrina Pereira e coleccionou textos assinados por Ivone Vilares, Adelaide Palmela, Viriato Horta, Henriqueta Lisboa, Henrique Mateus e Alexandrina Pereira, além de transcrições de poemas de Sebastião da Gama, António Aleixo e João de Deus.
Em Maio de 2010, com o nº 21 do boletim O Canto dos Poetas, chegava a informação de que o Núcleo de Poesia de Setúbal tinha adquirido a sua autonomia jurídica, constituindo-se como associação cultural. Como membros da Mesa da Assembleia Geral, constavam os nomes de Rui Serodio, Maria das Dores Silva e Maria Clementina Pereira; na Direcção, constavam Henrique Mateus, Luís Chaínho e Viriato Horta; no Conselho Fiscal, estavam José Francisco Gonçalves, Arnaldo Ruaz e José Manuel Rodrigues.
No entanto, a indisponibilidade, por razões particulares ou por falecimento (como foi o caso de Rui Serodio), viria a pesar no funcionamento do Núcleo, que, em Dezembro, resolveu a sua dissolução. O último boletim publicado, com o nº 26, teve a data do derradeiro trimestre de 2011 e o poeta entrevistado era Henrique Mateus, que lamentava a dificuldade de encontrar dirigentes disponíveis para assegurar a continuidade da associação, mas que manifestava alguma esperança numa saída airosa para a colectividade. Tal desejo não teve saída feliz e, em 10 de Dezembro, uma Assembleia Geral extraordinária decidiu pelo fim do Núcleo.
Para trás, fica a edição dos 27 números do boletim O Canto dos Poetas, a organização de quatro sessões dos Jogos Florais de Setúbal, a realização de diversas tertúlias poéticas em Setúbal e a divulgação dos poetas sadinos através de sítio na internet.
Finda a associação, mantém-se a intenção de continuidade da publicação de poesia, ainda que a título particular. Às figuras que, ao longo de meia dúzia de anos, aguentaram este projecto fica a satisfação do cumprimento de uma missão: "Trabalhámos em prol do colectivo, privámo-nos de descanso, do convívio com os nossos familiares e, principalmente, de fazer coisas que adorávamos fazer, fizemo-lo galhardamente, sem esperar nada em troca. Não estamos arrependidos, pelo contrário, estamos gratos.", conforme consta na carta de despedida aos associados.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Um poema para o aeroporto, que já foi da Ota, de Lisboa e de Rio Frio

São cinco sextilhas que constituem a letra do "Vira da Ota", um poema a propósito de aviões, de obras, de sítios, de escolhas, de Portugal, da autoria de Francisco Pratas, acabado de publicar em O Canto dos Poetas, do Núcleo de Poesia do Grupo Desportivo "Independente" (Setúbal: nº 14, Julho/Setembro de 2008).

quarta-feira, 2 de abril de 2008

"O Canto dos Poetas", em Setúbal

É a décima quarta vez que vem à rua, apesar de sair com o número 13 registado. É que teve número zero, saído no ano bocagiano de 2005, em Setembro. Falo da revistazinha O canto dos poetas, editada pelo Núcleo de Poesia do Grupo Desportivo “Independente”, que tem sede em Setúbal. O seu aparecimento é trimestral e, durante estes quase três anos que já leva de vida, publica poetas que, se assim não fosse, estavam vocacionados para ficar nos segredos da gaveta, na sua maioria. Aliás, nesse número inaugural, era dito no “Editorial”, em jeito de carta para o leitor: “A Poesia está sempre associada a sensações. Se sentimos alegria, saudade, amor ou tristeza, podemos exteriorizá-los e criar um poema. Quantas obras estarão no fundo da gaveta? Quantas existirão apenas na memória dos autores? O nosso Núcleo foi criado precisamente para divulgar esses talentos desconhecidos e estreitar os laços entre os que amam a cultura e sobretudo a Poesia. Solte o poeta que há em si.”
Por todos os números perpassa uma estrutura semelhante: a escolha de um “Poeta do momento”, com direito a poema e entrevista, e textos, em verso, dos colaboradores. Neste número 13 (com 20 páginas), o destaque é dado a Zé Casaca (José Francisco Candeias), 78 anos, da zona de Grândola, com profissões tão diversas como as ligadas ao mundo rural (“tratar de searas, de árvores de fruto e silvestres, de hortas, cuidar de gado e tirar cortiça”), ao polimento de mármores, à construção (“fui pedreiro e tirei um curso de calceteiro”), ao artesanato e à música, e uma escolaridade cumprida com sacrifício. Depois, há ainda os textos de (por ordem alfabética): Adelaide Palmela, Amândio Vilares, Ana Sofia Vilares, Andrelina Amado, Estrelinha do Faralhão, Fernanda Correia, Francisco Machado, Francisco Pratas, Gonçalo Gil, Henrique Júnior, Henrique Mateus (director da publicação), João Calceteiro, Luís Francisco Chaínho, Maria Catarina I. António, Maria Marrafa, Maria Só, Maria Teresa Palmeira, Marilú, Mavilde Baião, Mikha Él, Pópózinha, Sérgio Silva, Viriato Horta, Zé do Moinho (José Maria Rica) e Zulmira.
Por estes poetas (e por estes textos) passam temas como o fado, a vida, o amor, a liberdade, o mar, os olhos e também situações circunstanciais da vida, em formatos em que cabe o soneto, a quadra, a sextilha ou o poema sobre mote, tornando-se com frequência evidente a autodidaxia em muitos dos textos.
Entretanto, o Núcleo anuncia em nota inicial a realização dos III Jogos Florais de Setúbal, desafiando os leitores para serem poetas...