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segunda-feira, 14 de setembro de 2009

O que quer dizer a palavra "novo" quando se refere a um outro governo? É sublime o poder da língua!...

A notícia é do Diário Digital e diz:
«Sócrates recusa interpretação que mudará todos os ministros - O secretário-geral do PS frisou hoje que um Governo saído de um acto eleitoral é sempre novo, inclusivamente com um novo primeiro-ministro, e recusou a interpretação de que, se vencer as eleições, mudará todos os ministros.
À chegada à freguesia de Arronches, o secretário-geral do PS foi confrontado pelos jornalistas com declarações que proferira na véspera, após o debate com a presidente do PSD, Manuela Ferreira Leite, na SIC, segundo as quais mudaria todos os membros do actual executivo se voltar a formar Governo.
Sócrates, no entanto, rejeitou essa interpretação e falou directamente aos jornalistas: "vocês sabem o que quis dizer".
»
Bem queria parecer que aquela saída no frente-a-frente da SIC (novo Governo, novos ministros) era uma mensagem codificada! Mas nem todos tinham a chave do código, afinal! É que o Correio da Manhã de ontem trazia para título de primeira página algo como "Sócrates despede Ministros no debate". Será que houve esquecimento no fornecimento da "chave"?

domingo, 13 de setembro de 2009

Depois do frente-a-frente tão esperado...

O frente-a-frente que a SIC transmitiu na noite de ontem entre Manuela Ferreira Leite e José Sócrates confirmou dos dois políticos a ideia que já havia deles. Não trouxe, portanto, nada de novo. Mas serviu para lembrar as diferenças. E, agora, com a campanha eleitoral a começar hoje, não sei se haverá algo a transmitir aos eleitores que eles não saibam já.
O estilo de Ferreira Leite poderá ser austero, mas não é alterável; o de Sócrates poderá ser alegadamente moderno, mas tem tido tantas alterações (e é tão frágil no plano das convicções) que resta saber em que é que se deve acreditar. Não me comove esta faceta de serenidade que Sócrates tem estado a apresentar ao país depois dos resultados das eleições europeias, marcados que estamos pelo feitio que o próprio apresentou ao longo do mandato. Bem podem as assessorias e as técnicas da comunicação levar Sócrates a dar uma diferente imagem, mas à superfície vem sempre o que é genuíno. Ontem, quis substituir a jornalista e interrogar Ferreira Leite sobre as portagens, chegando a dizer que ia ele mesmo responder à pergunta em vez de Ferreira Leite, táctica de menosprezo e de ataque imediato ao adversário. Ontem, também, Sócrates quis dar a entender que era o PSD que estava a ser julgado; não era de julgamento que se tratava; mas, se fosse, o objecto lógico do julgamento seria a política socialista deste mandato. Ontem, também, quis pôr em causa os critérios que levaram à escolha de João Jardim para candidato a deputado (e valeria a pena questionar sobre a cobertura que o PSD dá a Alberto João Jardim), mas as premissas estavam erradas. E, finalmente, a equipa ministerial, no caso de Sócrates ganhar, já sabe uma coisa: não será reconduzida (assim o deixou esclarecido quando disse que o novo governo terá novos ministros). O único a continuar no Governo, no caso de o PS vencer, será então Sócrates, ele mesmo. Vá lá saber-se o porquê desta insistência…