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domingo, 8 de novembro de 2009
domingo, 25 de outubro de 2009
sábado, 29 de agosto de 2009
Hoje, na página "Correio de Setúbal", do "Jornal Sem Mais"
Diário da Auto-Estima – 103


Algarve – O que aconteceu na praia Maria Luísa, em Albufeira, foi uma tragédia. Mas a reacção do país foi escassa. O que diferencia, em termos de envolvimento social, este acidente do que há anos ocorreu com a ponte de Entre-os-Rios? O número de vítimas? A época do ano? A sociedade que temos? Fiquei incrédulo com as mil e uma explicações que ouvi nos “media” para justificar o sucedido: desde as afirmações de responsáveis no sentido de que o risco não era elevado (pelo menos o suficiente para uma intervenção que deveria ter acontecido), até ao passar a ideia de que ninguém tinha responsabilidade no assunto, passando pela justificação de um sismo sentido dias antes na costa algarvia e até pela falta de cuidado dos veraneantes… Tudo serviu como desculpa, nada serviu para assumir a responsabilidade em termos de segurança ou de precaução. Por razões não tão fortes como a insegurança de uma arriba do género da que naquela praia vitimou cinco pessoas (e que, soube-se depois, já tinha suscitado chamadas de atenção de locais e de concessionários), têm sido encerradas ou condicionadas praias. O que faltou para que ali não tivesse havido acção mais exigente? E ainda outro argumento que ouvi: não se pode assumir a responsabilidade por cada metro de costa onde pode acontecer um acidente natural. Espantoso! Então, para alijar responsabilidades, a força da Natureza já pode ser invocada, enquanto para os actos urbanísticos que têm contrariado a mesma Natureza idêntico argumento não tem servido!... Afinal, há tantas instituições com responsabilidades sobre a costa e nenhuma conseguiu prever melhores condições de segurança para ali?
terça-feira, 25 de agosto de 2009
terça-feira, 18 de agosto de 2009
Um violoncelo em Cacela
"Clássica em Cacela" é o nome do programa de um ciclo de concertos que têm acontecido neste cálido mês de Agosto em Cacela, terra cantada por poetas como Ibn Darraj Al-Qastalli (séc. X, natural de Cacela), Abû Al-Abdarî (séc. XI, também natural de Cacela) ou, mais recentemente, no séc. XX português, por Eugénio de Andrade ou por Sophia de Mello Breyner Andresen, todos eles com direito a registo toponímico na velha Cacela, de olhos voltados para a Ria Formosa.

Pois, ontem, no termo das escadinhas que descem para a Ria, ouviu-se Bach em concerto de violoncelo por Catarina Rafael, que interpretou a "suite nº 3 em dó maior (BWV 1009)". E ali, no afastamento de ruídos outros, com a noite por companheira, pouca iluminação e o silêncio pactuante da Ria, a cerca de meia centena de ouvintes pôde prestar homenagem à poesia do silêncio e ao espírito de Bach. Foi lindo e foi original... A organização deste ciclo compete à Câmara Municipal de Vila Real de Santo António e à associação Altela e, para 24, está anunciado um recital de flauta de bisel por Teresa Matias, a ter lugar na igreja de Cacela Velha.
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sexta-feira, 1 de maio de 2009
quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
quinta-feira, 13 de novembro de 2008
terça-feira, 4 de novembro de 2008
terça-feira, 14 de outubro de 2008
terça-feira, 7 de outubro de 2008
segunda-feira, 22 de setembro de 2008
Rostos (86) [do cinema (II)]
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quarta-feira, 17 de setembro de 2008
terça-feira, 2 de setembro de 2008
Rostos (82) [do cinema (I)]
no FIESA 2008, em Pêra (Algarve)
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sábado, 30 de agosto de 2008
Hoje, no "Correio de Setúbal"
Diário da Auto-Estima – 84
Manta Rota – O que pode justificar que uma discoteca ao ar livre, na praia, aberta até às cinco da manhã, tenha os decibéis apontados para as redondezas, num raio que ultrapassa o quilómetro e meio, obrigando todos os naturais residentes e os veraneantes em f
érias a suportar o festim noite fora? Há um ano, houve obras de requalificação no centro do lugar, que pertence à freguesia de Cacela, com presença ministerial; hoje, ao lado do espaço requalificado, há autorização para uma discoteca a funcionar em tais condições. O jet set passa por lá, as revistas sociais fotografam e embelezam, as pessoas protestam pelo desrespeito dos ruídos da noite e alguns jornais noticiam o desconforto. Nada contra a discoteca ou a diversão; tudo contra as condições. A culpa pode ser do soprar dos ventos, como alguém já alvitrou; mas essa situação era previsível (já se sabia que os ventos sopravam e que não o faziam sempre na mesma direcção) e, pelos vistos, não teve consideração. Falta de respeito, pois! Pela terra, pelas pessoas, pelo ambiente.
Tróia – Há três anos, o país parou para ver a implosão de umas torres em Tróia pela televisão e, em Setúbal, houve público bastante para assistir ao espectáculo que corria no outro lado do Sado. O próprio Primeiro-Ministro deu a sua mãozinha ao acontecimento, nele participando. Agora, vai ser inaugurada a primeira fase do complexo turístico. O Diário de Notícias foi reportar e o retrato não é muito feliz: é a nostalgia dos que para lá iam passar os dias de férias; é o descontentamento deste tempo de obras dos que lá têm residência; é o aumento de preços nas travessias sem se vislumbrar melhoria do serviço. Há também a esperança de que, com os milhões investidos e com os postos de trabalho a criar (directos e indirectos), a vida passe a ser melhor. Mas há, sobretudo, indefinições: Setúbal, por exemplo, vai usufruir deste investimento, oferecendo o quê? Que hábitos dos setubalenses vão mudar por força deste projecto? Os jornalistas do Diário de Notícias (em 16 de Agosto) chamaram a esta obra “o segundo fôlego de Tróia”. Oxalá não se fique apenas pelo pormenor dos números possíveis!
Números – Quando o Primeiro-Ministro, regressado de férias, foi dizer, no Norte do país, que pouco faltava para cumprir uma das metas do seu Governo, que era a da criação de 150 mil empregos, fiquei com a impressão de não ter ouvido bem. Os números do desemprego não baixaram tanto quanto isso e, por certo, o Primeiro-Ministro interessa-se e preocupa-se com o desemprego. Não era necessária a demagogia dos números… Comparando apenas os resultados (que não os métodos), faz-me lembrar aquela história da distribuição dos hipermercados que argumenta que, com a abertura nas tardes de domingo, serão criados mais uns milhares de postos de trabalho, sem ser dito quantos acabam em virtude desta luta entre o comércio da grande superfície e o comércio tradicional…
Demba – O semanário Expresso (15 de Agosto) descobriu Demba Diabaye, senegalês a vender bugigangas na praia da Costa da Caparica, que teve direito a curta reportagem com fotografia. E que ficamos nós a saber? Que Demba veio para Portugal fazer investigação sobre Garrett e sobre o Romantismo em Portugal com vista a uma tese de mestrado a defender na universidade senegalesa de Dakar, que vende bugigangas ao fim-de-semana para pagar as fotocópias da documentação que consulta na Biblioteca Nacional e na Biblioteca da Faculdade de Letras, que estuda a língua portuguesa há 11 anos. Tem um sonho – “Quero ser embaixador da língua portuguesa no meu país e trabalhar lá até chegar ao topo da carreira como professor”. Demba vai andar por cá até final de Setembro a alimentar o sonho. Bom exemplo e boa história em defesa da língua que é a nossa pátria, como Pessoa disse.

Tróia – Há três anos, o país parou para ver a implosão de umas torres em Tróia pela televisão e, em Setúbal, houve público bastante para assistir ao espectáculo que corria no outro lado do Sado. O próprio Primeiro-Ministro deu a sua mãozinha ao acontecimento, nele participando. Agora, vai ser inaugurada a primeira fase do complexo turístico. O Diário de Notícias foi reportar e o retrato não é muito feliz: é a nostalgia dos que para lá iam passar os dias de férias; é o descontentamento deste tempo de obras dos que lá têm residência; é o aumento de preços nas travessias sem se vislumbrar melhoria do serviço. Há também a esperança de que, com os milhões investidos e com os postos de trabalho a criar (directos e indirectos), a vida passe a ser melhor. Mas há, sobretudo, indefinições: Setúbal, por exemplo, vai usufruir deste investimento, oferecendo o quê? Que hábitos dos setubalenses vão mudar por força deste projecto? Os jornalistas do Diário de Notícias (em 16 de Agosto) chamaram a esta obra “o segundo fôlego de Tróia”. Oxalá não se fique apenas pelo pormenor dos números possíveis!
Números – Quando o Primeiro-Ministro, regressado de férias, foi dizer, no Norte do país, que pouco faltava para cumprir uma das metas do seu Governo, que era a da criação de 150 mil empregos, fiquei com a impressão de não ter ouvido bem. Os números do desemprego não baixaram tanto quanto isso e, por certo, o Primeiro-Ministro interessa-se e preocupa-se com o desemprego. Não era necessária a demagogia dos números… Comparando apenas os resultados (que não os métodos), faz-me lembrar aquela história da distribuição dos hipermercados que argumenta que, com a abertura nas tardes de domingo, serão criados mais uns milhares de postos de trabalho, sem ser dito quantos acabam em virtude desta luta entre o comércio da grande superfície e o comércio tradicional…
Demba – O semanário Expresso (15 de Agosto) descobriu Demba Diabaye, senegalês a vender bugigangas na praia da Costa da Caparica, que teve direito a curta reportagem com fotografia. E que ficamos nós a saber? Que Demba veio para Portugal fazer investigação sobre Garrett e sobre o Romantismo em Portugal com vista a uma tese de mestrado a defender na universidade senegalesa de Dakar, que vende bugigangas ao fim-de-semana para pagar as fotocópias da documentação que consulta na Biblioteca Nacional e na Biblioteca da Faculdade de Letras, que estuda a língua portuguesa há 11 anos. Tem um sonho – “Quero ser embaixador da língua portuguesa no meu país e trabalhar lá até chegar ao topo da carreira como professor”. Demba vai andar por cá até final de Setembro a alimentar o sonho. Bom exemplo e boa história em defesa da língua que é a nossa pátria, como Pessoa disse.
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quarta-feira, 30 de julho de 2008
Minudências (26)
E depois das massagens?
«Marinha proíbe massagens nas praias algarvias pois 'todos sabem como começam mas ninguém sabe como acabam'». A notícia é do Público de hoje, que continua: «Qualquer gesto que possa ser interpretado como uma "situação mais íntima" nas praias algarvias está proibido, por ordem do Comando Marítimo do Sul (CMS). Pedir ajuda para espalhar protector solar nas costas, ainda vá que não vá, mas se o movimento deslizar para uma prática que possa ser interpretada como massagem, a Polícia Marítima avança para aplicar uma coima, não vá algum turista queixar-se de atentado ao pudor.» Tudo terá a ver com a massagem enquanto prestação de serviços…. Mas não deixa de ser preocupante. Como é que num país com febre regulamentadora as massagens tinham ficado de lado? Ainda bem que há uns puristas dos costumes que olham para esta coisas com olhos de poder!!! Não sei se percebi, mas... o problema não é com as massagens, é com o que pode vir depois, não é? Ah, o depois...
Daqui a 50 anos alguém terá que explicar estes pruridos. Ocorre-me agora uma citação do Mário Zambujal no seu último romance - Já não se escrevem cartas de amor (Lisboa: A Esfera dos Livros, 2008): a história passa-se na Lisboa dos anos 50 do século passado e o narrador relembra o prazer dos chás dançantes de final de tarde, logo acrescentando (para os leitores mais novos, evidentemente) que "quem não viveu essa época, ignora que apalpar a namorada na rua ou dar beijos glutões na boquinha dela era caso de polícia, por atentado ao pudor e à moralidade pública". Daqui a meio século, alguém terá de escrever coisa semelhante sobre o verão de 2008 nas praias do Algarve...
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terça-feira, 11 de março de 2008
sexta-feira, 2 de novembro de 2007
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