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quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Setúbal antologiada em poemas


A poesia para ser bonita não precisa de grandes espaços; num livro de formato quadrado, com dez centímetros de lado, cabe muita poesia, mesmo que seja em duas dúzias de páginas… tal como acontece em Setúbal em poemas, recentemente posto à venda (Setúbal: Liga dos Amigos do Forum Luísa Todi, 2012), projecto coordenado por Alexandrina Pereira e pelo franciscano Frei Miguel.
Pela referência bibliográfica percebe o leitor a finalidade desta edição – um contributo para a conclusão das obras do Forum Luísa Todi, em Setúbal, cuja inauguração está prevista para 15 de Setembro, dia da cidade e feriado municipal devido ao nascimento de Bocage, ele próprio homem de poesia intensa.
Onze são os autores antologiados – Fernando Paulino, José Raposo, Alexandrina Pereira, Maria do Carmo Branco, Eduarda Gonçalves, Ilídio Gomes, Maria Fernanda Reis Esteves, Linda Neto, Carlos Rodrigues, Manuel Raimundo e Manuela Matos Silva, quase todos eles com obra já publicada em livro próprio, alguns deles apenas tendo passado por antologias poéticas.
Outros tantos são os poemas, que passam por marcas tão distintas quanto o Sado (“Escrevo com o teu olhar o rio”, diz Fernando Paulino, ou “Olho-o / das muralhas do castelo / correndo para o mar / muito mansinho”, na serenidade dos versos de Maria do Carmo Branco), a cidade (“Tens razão quando dizes / Que os teus filhos são felizes / Por viverem junto ao Sado / Cidade de encantos tais / de frondosos laranjais / Rainha do peixe assado”, desabafa José Raposo), a aguarela da paisagem (“Balouçam suavemente / os barquinhos multicores / dançando ao sabor da vida / são a promessa cumprida / no olhar dos pescadores”, matiza Alexandrina Pereira), as recordações (“A luz revela a miragem do sonho / Ternos laranjais / Guardados na memória”, lembra Eduarda Gonçalves), a Arrábida (“A serra dá-lhe o cheiro a rosmaninho”, no deslumbramento de Carlos Rodrigues).
O leitor passa por estes versos que povoam tão diferentes escritas e não tem a certeza se é Setúbal que se vê em poemas ou se são cantos de amor a Setúbal coados por poetas atentos, felizes numa paisagem feliz.
Uma iniciativa de solidariedade com uma obra necessária para a cidade. Um gesto que o Forum merece. E o agradecimento numa mão-cheia de versos e de poesia.

domingo, 19 de abril de 2009

"Setúbal em tons de poesia", uma antologia de versos e de cor

Setúbal em tons de poesia é o título do livro hoje apresentado publicamente na cidade do Sado, reunindo trabalhos poéticos e coloridos da Oficina de Poesia e Pintura dos alunos da UNISETI (Universidade Sénior de Setúbal), sob a orientação das professoras Alexandrina Pereira e Maria Eduarda Gonçalves (para a área da poesia) e Lurdes Pólvora D' Cruz (no domínio da pintura). A antologia é justificada por Alexandrina Pereira ao registar que “escrever sobre a cidade em que nascemos, ou apenas onde moramos, é sempre uma declaração de amor” e que a obra contém as formas de amor “dos filhos e daqueles que adoptaram” a cidade, cabendo também a M. Eduarda Gonçalves referir que, “ao percorrer as páginas deste livro, sentir-nos-emos a folhear as ruas, as praças, as avenidas” de Setúbal.
Os poemas surgem agrupados em dezassete subtemas – castelo de S. Filipe, cidade, convento da Arrábida, docas, festa brava, jardins, laranjais, miradouros, personalidades, pescadores, pregões, profissões, rio Sado, serra da Arrábida, Setúbal, Tróia e Vitória Futebol Club –, cada um deles iniciado pela reprodução de uma aguarela alusiva.
A poetar, surgem os nomes de Alexandrina Pereira, Anna Netto, Arnaldo Ruaz, Beatriz Estrela, Berta Duarte, Conceição Portela, Custódia Pereira, Custódia Procópio, Delmira Gil, Filomena Lopes, Florival Carmo, Henrique Mateus, Idalece Rocha, João Santiago, Lucinda Neves, Maria Adelaide Palmela, Maria Célia Peixinho, Maria de Fátima Santiago, Maria de Lourdes Nascimento, Maria de Lourdes Silva, Maria de Lurdes Pinto Alves, Maria do Carmo Branco, Maria Eduarda Gonçalves, Maria Elvira Cevadinha, Maria Helena Barata, Maria Helena Freire, Maria Joaquina Viegas, Maria Sol, Natália Monteiro, Pólvora d’Cruz, Sara Monteiro, Suzete Pereira e Viriato Horta. As telas são assinadas por Aida Franco de Sousa, Ana Pelicano, Beatriz Estrela, Claudete Matias, Maria de Lurdes Labareda, Maria Francisco Neves, Maria José Alves, Maria Virgínia Valido Correia, Sara Monteiro e Vitalina Azevedo.
A título de amostra, aqui deixo o poema de Sara Monteiro que toma a Arrábida por tema:

Sara Monteiro. "Serra, Serra Mãe". Setúbal em tons de poesia. Setúbal: UNISETI, 2009, pg. 110.