quarta-feira, 29 de março de 2017

Para a agenda - Mercado Quinhentista em Setúbal



Entre 30 de Março e 2 de Abril, pode-se ir ao Mercado Quinhentista em Setúbal, no Forte de São Filipe. Para facilitar o acesso, há transporte gratuito a partir da Casa da Baía. O programa, recheado de animação, pode ser consultado aqui. Para a agenda!


sexta-feira, 24 de março de 2017

Para a agenda: "Fuga" em Setúbal - entre o TAS e Rui Zink



A estreia é hoje, pelas 21h30, no Teatro de Bolso de Setúbal. O TAS (Teatro Animação de Setúbal) inaugura a produção Fuga, de Rui Zink, com encenação de Carlos Curto e as interpretações de Célia David, Duarte Victor, Miguel Assis, Sónia Martins, Susana Brito e André Moniz. Haverá ainda sessões em 25, 26 e 27 de Março, iniciativa com que o TAS se associa ao Dia Mundial do Teatro. Para a agenda!

Para a agenda: "jardins de Neptuno" no Museu da Música Mecânica



O Museu da Música Mecânica, em Pinhal Novo, tem muito para oferecer e para justificar a visita: a sua localização num sítio inesperado, a ampla colecção de instrumentos de música mecânica, uma viagem ao mundo dos sons e das recordações, a concepção propositada para aquele fim. E ainda: actividades a um ritmo interessante, cruzando várias artes. Desta vez é o desenho de Elsa Oliveira sob um título tanto mitológico quanto musical e estético - "Jardins de Neptuno". Em 25 de Março, pelas 17h00. Para a agenda!

Para a agenda: Nos 200 anos de Almeida Carvalho, olhar a Setúbal de Seiscentos


Setúbal está a celebrar os 200 anos do nascimento de Almeida Carvalho, historiador da cidade e da região. Para hoje, pelas 21h30, uma conferência que abordará olhares sobre a Setúbal seiscentista por um olhar contemporâneo da investigadora Laurinda Abreu. No Museu de Arqueologia e Etnografia. Para a agenda!

quarta-feira, 22 de março de 2017

Hoje é o Dia Mundial da Água! E o velho Afonso sabia a importância dela...




"Afonso ainda ia longe, como ele dizia, de ser um velho borralheiro. Naquela idade, de verão ou de inverno, ao romper do sol, estava a pé, saindo logo para a quinta, depois da sua boa oração da manhã que era um grande mergulho na água fria. Sempre tivera o amor supersticioso da água; e costumava dizer que nada havia melhor para o homem - que sabor de água, som de água e vista de água. O que o prendera mais a Santa Olávia fora a sua grande riqueza de águas vivas, nascentes, repuxos, tranquilo espelhar de águas paradas, fresco murmúrio de águas regantes... E a esta viva tonificação da água atribuía ele o ter vindo assim, desde o começo do século, sem uma dor e sem uma doença, mantendo a rica tradição de saúde da sua família, duro, resistente aos desgostos e anos - que passavam por ele tão em vão, como passavam em vão, pelos seus robles de Santa Olávia, anos e vendavais."
Lembrar-se-á o leitor desta personagem, Afonso da Maia de seu nome, figura carismática do romance Os Maias, de Eça de Queirós, cuja primeira edição apareceu em 1888... Pois bem, Afonso, se real fosse e se ainda hoje vivesse, celebraria com garra este Dia Mundial da Água. Bendito Afonso! Sagaz Eça!

terça-feira, 21 de março de 2017

Dia da Poesia, com David Mourão-Ferreira



"E por vezes..." A poesia de David Mourão-Ferreira dita como só ele a sabia dizer. Do livro Matura Idade, de 1973.

Dia da Poesia, ouvindo Jorge de Sena através de Mário Viegas



Um poema excepcional de um não menos excepcional poeta, trazido por uma também excepcional voz. "Carta aos meus filhos sobre os fuzilamentos de Goya", de Jorge de Sena, dito por Mário Viegas. Os direitos humanos num poema de 1963. Excelente!

sábado, 18 de março de 2017

Para a agenda: O franciscanismo e o Mosteiro de Jesus em Setúbal


Mais uma sessão das "Sextas Arte e Ciência" no multifacetado programa que é o roteiro do grupo Synapsis. Desta vez, em 24 de Março, pelas 21h30, o tema é religioso-cultural: "O espírito de Assis na origem do Mosteiro de Jesus de Setúbal". Palestrantes: os franciscanos Frei Henrique Rema e Frei Miguel Loureiro. No Convento de Jesus. Para a agenda!

Para a agenda: Bíblia em verso com apresentação em Setúbal


Eis mais um projecto em torno da Bíblia, sob a responsabilidade criativa de M. Monteiro da Costa: A Bíblia em Verso, de que vai ser apresentado o primeiro volume, alusivo aos cinco primeiros livros do Antigo Testamento, conjunto designado por "Pentateuco" (narração que abrange o período entre a criação do mundo e a morte de Moisés). A sessão vai ter lugar na Cúria Diocesana, em 24 de Março, pelas 21h00.
Outras apresentações desta obra estão anunciadas: para amanhã (19 de Março), na Sociedade Filarmónica Progresso e Labor Samouquense (no Samouco), pelas 16h00, e para 31 de Março, no Centro Paroquial do Montijo, pelas 21h00.
O autor, Manuel Monteiro da Costa (n. 1937, em Marco de Canaveses), é major aposentado da Força Aérea, foi formador nas áreas da Electrónica e da Electrotecnia e colabora na Paróquia de S. Brás de Samouco. Este é o primeiro de um conjunto de seis volumes.
Para a agenda!

Para a agenda: Três sessões sobre arte sacra em Setúbal



Três sessões sobre arte sacra em Setúbal sob o título "Aprender a ler a Arte Sacra". A organização está a cargo da Comissão Diocesana de Arte Sacra de Setúbal. As sessões, a realizar em 25 de Março (na Igreja de S. Julião), 29 de Abril (na Capela do Senhor do Bonfim) e 27 de Maio (na Igreja de S. Sebastião), sempre entre as 10h00 e as 13h00, exigem inscrição prévia. Para a agenda!

sexta-feira, 17 de março de 2017

Para a agenda: revista "Devir" e obra de Ruy Ventura



Duas apresentações numa só: o nº 4 da revista Devir e o livro Detergente, de Ruy Ventura, escritor com boa obra já publicada e professor em Setúbal. Em 23 de Março, nas vizinhanças do Dia da Poesia, na Biblioteca da Escola Secundária Sebastião da Gama, em Setúbal, pelas 18h00.
Para motivar: "Não fotografo ruínas nem sombras, mas retratos de uma ausência crescendo no lintel dos edifícios." Assim diz Ruy Ventura neste seu novo livro (Évora: Editora Licorne, 2016). Para a agenda!

quinta-feira, 16 de março de 2017

Para a agenda: Poesia no dia Mundial da Poesia, pois claro!



O Dia Mundial da Poesia de 2017 vai ocorrer em Setúbal sob o lema "Da palavra à poesia... da poesia à música". Um programa diversificado ao longo de toda a jornada. Para participar. Para a agenda!

segunda-feira, 13 de março de 2017

Para a agenda: Anita Vilar e a pintura feminina



"De Musas e Modelos a Artistas" é o título da palestra de Anita Vilar prevista para 17 de Março, pelas 15h00, na Biblioteca Pública Municipal de Setúbal, iniciativa integrada na programação da UNISETI (Universidade Sénior de Setúbal) e na sua exposição "Pintura no Feminino", em mostra desde 3 de Março que se estende até final do mês. Para a agenda!

sexta-feira, 10 de março de 2017

Para a agenda: Francisco Ferreira e as ameaças sobre o planeta



Um olhar sobre o futuro ou sobre o que ensombra esse futuro. "Um planeta ameaçado!" é o título da palestra de Francisco Ferreira, setubalense, militante e dirigente da causa ambiental, que acontecerá em 17 de Março, pelas 21h30, no Museu de Arqueologia e Etnografia de Setúbal. Mais uma sessão "Sextas - Arte e Ciência" com o selo Synapsis. Para a agenda!

Papa Francisco: oito razões, entre muitas





Entre as (muitas) razões que possam existir para uma adesão a este Papado, Bárbara Reis, no Público de hoje (pg. 50), enuncia oito. Não é um número construtor de perfeição, mas contabiliza bons argumentos. Subscrevo.

quinta-feira, 9 de março de 2017

Em 1500, no dia de hoje, era a primeira partida para o Brasil...




"A partida de Belém, como Vossa Alteza sabe, foi segunda-feira, 9 de Março." Assim registava Pero Vaz de Caminha a certidão da partida que viria a permitir o "achamento" (para outros, a "descoberta") do Brasil na carta que escreveu a relatar o acontecimento e as aprendizagens que, no outro lado do Atlântico, fomos fazendo.
A data é assinalada hoje, quando passam 517 anos sobre essa partida, afinal, o início de uma história de relações intercontinentais e de descoberta do outro. A carta de Pero Vaz de Caminha pode ser lida aqui.

segunda-feira, 6 de março de 2017

Rostos (200) - Ernest Hemingway


Ernest Hemingway, em Ronda (Espanha)

O memorial, de 2015, está próximo da praça de touros de Ronda e apresenta na legenda a justificação para a lembrança do escritor: "Aspirava escrever como se toureia em Ronda - sóbrio, de repertório limitado, simples, clássico e trágico".

domingo, 5 de março de 2017

Nos 200 anos de Almeida Carvalho: o seu contributo para a história de Setúbal


Em 31 de Março de 1897, o periódico setubalense O Elmano, em coluna necrológica, noticiava que, dois dias antes, tinha falecido, “depois de prolongada doença”, João Carlos de Almeida Carvalho. Logo nessa edição, o jornal não regateou elogios à personalidade que acabava de desaparecer da cena sadina: “com a sua morte, perde Setúbal um dos seus filhos mais ilustres e mais justamente considerados”. Nesse mesmo dia, em sessão da Câmara de Setúbal, o presidente “propôs e foi aprovado que se lançasse na acta um voto de sentimento pelo falecimento” da mesma individualidade. Mas a edição seguinte, saída em 3 de Abril, voltava a invocar Almeida Carvalho, pondo a tónica na sua obra, dizendo tratar-se de “um investigador de rara persistência e notável erudição” e fazendo considerações quanto ao destino a ser dado ao seu espólio – “Setúbal tem uma Biblioteca Pública; nessa Biblioteca é que deve ser arquivada a história que ele investigou e redigiu com tão crisolada dedicação. É aí que ela se tornará um manancial de estudo, que poderá ser apreciada pelo mundo culto e ficará livre que algum estranho egoísta a oculte um dia, roubando ao autor a glória que lhe pertence”.
Pelo mesmo diapasão afinava outro jornal da cidade, O Districto, que, em 4 de Abril, comentava sobre Almeida Carvalho: “dum escrúpulo inexcedível sobre a veracidade e exactidão dos factos que se propunha narrar e comentar, prosseguia de indagação em indagação, sendo-lhe difícil obter pleno convencimento a respeito deles, circunstância esta que, a par doutras, concorreu para ficar inédita a sua obra”.
Muitos anos iriam passar sem que à figura de Almeida Carvalho fosse atribuída a importância que, de facto, merecia. Nota disso dava Montalvão Machado em crónica assinada no jornal O Setubalense, de 8 de Junho de 1960, abordando o esquecimento e o desrespeito pela memória desta figura do século XIX: “Vem a propósito dizer que a injustiça dos homens ainda não cessou, visto ter-se entendido que a dívida a tão ilustre filho de Setúbal e célebre plumitivo ficava saldada dando o seu nome a uma pequena ruela do Alto do Viso”. Com efeito, o nome de Almeida Carvalho fora atribuído a uma rua do Bairro Melo (ainda hoje existente, entre as ruas do Baluarte de S.Amaro e do Clube Desportivo de Palhavã), na freguesia da Anunciada, aquando da expansão da cidade para esses limites, pelo primeiro quartel do século XX. Mas… além da placa toponímica, que inseria, a seguir ao nome do homenageado, a legenda “Investigador da História de Setúbal”, acrescentando-lhe o respectivo período de vida, nada mais tinha lembrado aquele que foi o grande responsável pela recuperação de elementos sobre a historiografia sadina, pelas escavações em Tróia e pela criação do primeiro jornal em Setúbal, em Julho de 1855, O Setubalense de seu nome.

homem  de  cultura

O conhecimento da obra de Almeida Carvalho só viria a acontecer por finais da década de 60, logo que o seu espólio passou para a Junta Distrital de Setúbal e que alguns títulos foram publicados. A demora na divulgação da sua obra encontra paralelo na dificuldade que a própria vida de Almeida Carvalho foi, pelo menos a acreditar na narrativa autobiográfica que nos legou.
Quando, por 1968, a Junta Distrital sadina resolveu publicar os sete volumes da obra Acontecimentos, Lendas e Tradições da Região Setubalense, anotada por Óscar Paxeco, as “Memórias do Autor” constituíram o primeiro desses tomos, com cerca de 80 páginas. Trata-se de um relato de vida dorido, tal como se deixa adivinhar logo pela primeira frase – “Faz-me bem ao coração reviver tanto as alegrias fugidias que neste mundo gozei, e que desapareceram já, como as lágrimas que dos olhos me caíram nos momentos mais angustiosos da existência”. Assim, Almeida Carvalho regista a sua vida com o objectivo de reviver os momentos felizes e de exercer a catarse sobre os tempos menos bons (sobretudo a morte de dois dos seus três filhos e da esposa) e também para fazer valer a sua verdade e a explicação dos factos em que se envolveu.
Nascido em 5 de Março de 1817, numa casa da então Rua da Praia (hoje, Avenida Luísa Todi), filho de António Coelho de Carvalho e de Ana Rita de Almeida e Silva de Carvalho, o jovem João Carlos seria baptizado dez dias depois na igreja de S.Sebastião, tendo por padrinho o avô João Carlos de Almeida Soares e por madrinha Nossa Senhora Mãe dos Homens, invocação que assenta sobre imagem da Capela do Bonfim. A vida escolar de João Carlos foi permanentemente contrariada, ora pelas personagens de aspecto duvidoso que ensinavam e pelos métodos que usavam, ora pelo próprio pai, que estava mais interessado numa aprendizagem acelerada do pequeno para que, o mais rapidamente possível, começasse a trabalhar. Com efeito, se os jovens só podiam empregar-se em serviço do reino com 25 anos, António Carvalho conseguiu o emprego para o filho quando este tinha apenas 15 anos, como ajudante do escrivão da Correição da Comarca de Setúbal, lugar que era ocupado pelo pai – “e comecei a trabalhar como escrevente, para, com o produto do meu trabalho, me vestir e calçar”.
Depois, mercê dos conflitos entre absolutistas e liberais, e devido às responsabilidades do pai, a família esteve dividida, porquanto o pai teve de andar fugido dos liberais e levou o filho mais velho, João Carlos, para o acompanhar. Contudo, este jovem viraria liberal. De resto, ao longo dos tempos, Almeida Carvalho teve várias oscilações no percurso político, talvez pela instabilidade da época, talvez por alguma independência quando a causa era a defesa da sua terra natal, sentimento muito arreigado, uma vez que viveu entre Setúbal, Lisboa e Loures, num percurso também de incertezas que ele próprio invoca no final da autobiografia como razão para o ostracismo a que o votaram na sua vila.
Taquígrafo no Senado, onde foi vítima de várias injustiças profissionais, sempre se esforçou por evoluir na área do saber, sobretudo nos domínios da História e da Jurisprudência, num percurso fundamentalmente autodidacta, permitido pelo que ganhava – “todos os meus livros e propinas eram pagos com o meu ordenado, não sendo difícil assim acreditar quanto me aplicaria, ávido de me instruir”. Da importância e variedade do seu espólio bibliográfico se poderá fazer uma ideia através do título dado, em Junho de 1936, por José Santos à lista de livros que a Livraria Lusitana, de Lisboa, ia leiloar – Catálogo de uma magnífica e valiosa colecção de livros verdadeiramente notáveis dos séculos XVI a XX, a maioria dos quais pertenceram à importante biblioteca do distinto advogado, proficiente taquígrafo e brilhante jornalista setubalense Dr. João Carlos de Almeida Carvalho, rol que reunia cerca de mil e seiscentos títulos.
Por Novembro de 1849, com outras figuras setubalenses, designadamente Manuel da Gama Xaro e Domingos Garcia Peres, Almeida Carvalho, sob protecção do Duque de Palmela, criava a Sociedade Arqueológica Lusitana, instituição científica que tinha como objectivo proceder às escavações em Tróia e fundar um museu em Setúbal. No entanto, por morte do Duque (cerca de um ano depois), a Sociedade acabaria por se extinguir, passando o seu espólio para a Academia de Belas Artes de Lisboa.

homem  de  acção

A fundação do primeiro jornal setubalense, em 1855, não terá sido estranha ao facto de, na margem sul do Tejo, se verificar que todos os investimentos fomentistas tinham lugar na outra banda. Daí que, entre as reivindicações apresentadas pelo jornal, cujo redactor-principal era Almeida Carvalho, tenha estado o caminho de ferro para Setúbal, a exploração das salinas, o progresso agrícola, a defesa da moralidade pública. Pela mesma altura, esteve também na fundação da Associação das Classes Laboriosas de Setúbal, uma organização de carácter mutualista, a que presidiu. No entanto, este empenho trouxe-lhe alguns dissabores, sobretudo quando, na noite de 31 de Agosto de 1855, se dirigia para casa e foi assaltado e esfaqueado por alguém que se pôs logo em fuga, tendo Almeida Carvalho estado entre a vida e a morte durante algum tempo. O patife acabaria por se confessar, mas teve a absolvição da justiça. A autoria moral do crime estaria relacionada com ameaças recebidas por Almeida Carvalho devido ao conteúdo do jornal… que tinha sido uma força para o aparecimento da Associação.
Da sua colaboração em O Setubalense registou Fran Paxeco que, “conquanto política, destinava-se quase exclusivamente a pugnar pelos melhoramentos morais e materiais da cidade, cujos interesses defendeu sempre”. A participação jornalística de Almeida Carvalho estendeu-se ainda a títulos como Revolução de Setembro, A Justiça, A Nação e Archivo Pittoresco, havendo sempre como pretexto Setúbal.
Do ponto de vista da investigação histórica, a busca apurada e um cuidado perfeccionista levaram a que este homem muito pouco tenha deixado publicado e muitíssimo mais tenha deixado recolhido. Foi autor dos relatórios da Sociedade Arqueológica Lusitana (o primeiro foi publicado em livro em 1851; o segundo, em jornal, em 1857), de Duas Palavras ao Autor do Esboço Histórico de José Estêvão (de 1863, constituindo uma reposição da verdade e uma refutação ao escrito de Jacinto Augusto Freitas de Oliveira) e de A Sociedade Arqueológica Lusitana (de 1896). Todo o restante trabalho era reconhecido, mas não conhecido – Pinho Leal, em Portugal Antigo e Moderno, referia que a obra que Almeida Carvalho estava a escrever sobre a história de Setúbal era “importantíssima” e desejava que houvesse editor para ela…
Hoje, o seu espólio está disponível para consulta pública no Arquivo Distrital de Setúbal, tendo, em 1996, sido publicado o índice das 144 caixas que o constituem, trabalho devido a Carlos Dinis Cosme, Maria Luísa Melo e Luís Agostinho Neves.
Ao longo deste ano, vão acontecer diversas iniciativas para assinalar o bicentenário do nascimento de Almeida Carvalho, conforme pode ser lido aqui.

Texto inicialmente publicado no Jornal da Região – Setúbal / Palmela (dir: Albérico Fernandes. Setúbal: nº 193, 15.Janeiro.2002, pg. 9) e republicado em Histórias da Região de Setúbal e Arrábida (Setúbal: Centro de Estudos Bocagens, 2003, vol. I, pp. 121-127). Foto a partir da página facebook da LASA.