“A modernidade não só dispensou o Criador, como escravizou o mundo natural da Criação à voragem de uma economia que deixa desertos no seu rasto. A partir do século XIX, o primado tecnológico transformou-se numa infeção cultural, que contaminou todas as esferas da existência. A natureza deveria submeter-se, obedientemente, a todos os desvarios do imperativo tecnológico que perdeu a mínima consciência dos limites.” (Viriato Soromenho-Marques. “Na vertigem da desrazão”. Diário de Notícias: nº 55430, 2021-01-23)
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sábado, 23 de janeiro de 2021
quinta-feira, 30 de setembro de 2010
O deslumbramento, segundo Carrilho
Manuel Maria Carrilho. "Será o deslumbramento uma política?". Diário de Notícias: 30.Set.2010
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sábado, 18 de setembro de 2010
Verdades de Manuel Maria Carrilho
Político – “(…) A sociedade é muito melhor que a política – como se vê em Portugal. E o bom político não é aquele que é muito determinado, é o que faz composição com a sociedade. Como Obama, aliás. (…) Falo de uma cultura de diálogo que fomente a negociação política, não o afrontamento. (…) Temos de estimular a negociação, a convivialidade democrática. (…)”
Qualificação – “(…) [A qualificação] é o défice fundamental do país, exige um esforço colossal e contínuo, que não tem acontecido. Qualificação numa perspectiva estruturada: qualificação do território, das instituições e das pessoas. (…) A qualificação de que precisamos é hiperexigente. Neste domínio da qualificação, os números são totalmente insignificantes. O que conta é o conteúdo. (…)”
Tecnologia – “(…) Vivemos um grande deslumbramento tecnológico que temos de comparar com o deslumbramento financeiro – que teve, e tem, custos tremendos para a humanidade. A responsabilidade de um político é resistir ao deslumbramento tecnológico. Até porque atrás dele vêm milhões de interesses privados. A introdução de computadores pessoais aos seis anos carece de uma justificação pedagógica. (…) Os melhores peritos da UNESCO recomendam que as novas tecnologias sejam complementares do ensino, não que o substituam, e que, por isso, sejam introduzidas, caso a caso, apenas e só pela mão dos professores. (…)”
Manuel Maria Carrilho, em entrevista a Cristina Figueiredo. Expresso: 18.Setembro.2010.
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domingo, 5 de setembro de 2010
Em louvor dos pequenos passos
"Acho que as grandes transformações se dão por pequenos passos. Por outro lado, como sou muito pessimista em relação a estes grandes fenómenos de hoje - a globalização da economia, do domínio tecnológico, etc., e das transformações ecológicas que nos põem cheios de medo diante do futuro -, é nesses pequenos passos que ponho a minha esperança. (...) [Aquelas] são transformações provocadas pelo excesso de poder. Excesso de poder tecnológico, de poder financeiro, de poder político, de poder de controlo sobre a vida das pessoas. Excesso também de domínio ideológico - ou melhor, não é ideológico porque não há ideologia. É alienação. Portanto, os grupos que poderiam evitar as alterações climáticas são aqueles que não querem perder o domínio económico. Não vão alterar tudo o que leva aos detritos poluentes, aos produtos tóxicos. Não vão evitar o recurso à invasão da vida privada das pessoas para se garantir a segurança. Não vão fazer isso e não é lógico que o façam. Só o farão se houver uma catástrofe."
José Mattoso, em entrevista a Carlos Vaz Marques. Ler. Lisboa: Fundação Círculo de Leitores, nº 94, Setembro.2010.
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terça-feira, 31 de março de 2009
A propósito da língua portuguesa na net...
Mais Twitter, menos Camões
«(…) Soube-se na semana passada que os britânicos estão a estudar uma reforma do ensino primário que acentua o foco na aprendizagem das novas tecnologias, em particular das redes sociais da Internet, em detrimento dos velhos saberes convencionais. (…) Se me permitirem transferir livremente esta ideia para o universo português, poderíamos dizer por exemplo mais Wikipédia, menos Luís de Camões. É uma ideia potencialmente chocante. Perdida há muito a esperança de ver os jovens aprender a contar as sílabas dos versos alexandrinos - desde o meu tempo e isso foi muito antes de haver Internet -, não parece que o futuro vá passar pela conversão das 12 sílabas dos versos alexandrinos nos 140 caracteres que as mensagens no Twitter não podem ultrapassar.
A ideia dos britânicos faz todo o sentido. E devia fazer pensar este nosso Governo português que só no século XXI descobriu a importância estratégica da tecnologia. Não é mau darmos tecnologia às pessoas, no limite mesmo se implique o folclore deprimente do "computador português", herdeiro moderno do artista português dos antigos anúncios da pasta medicinal Couto (palavras para quê?). O que os trabalhistas britânicos nos estão a dizer é que dar tecnologia não basta, é preciso dar ferramentas às pessoas que lhes permitam usar a tecnologia.
É escusado ter dúvidas. A Internet não é a primeira revolução mediática da história. O livro, o jornal, a rádio e a televisão, todos eles, desde o século XV até aos nossos dias, mudaram a nossa forma de comunicar, interferiram no modo como nos organizamos e afectaram a nossa relação com a política. Mas esta revolução é um bocadinho mais acelerada do que as anteriores. Hoje em dia, todos os dias são ontem.
Então, nada melhor do que começar a partir da escola a familiarizar os miúdos com o ambiente em que vão crescer, socializar-se, arranjar emprego, informar-se e aprender.
Mas não deixou de fazer sentido continuarmos a querer saber de Luís de Camões. A Internet é uma extraordinária ferramenta de conhecimento, mesmo se no universo da Web 2.0 a vertente comunicacional esteja francamente inflacionada. Mas não deixou por isso de ser um enorme armazém de conhecimento e de informação. Com riscos, mas enorme. E com vantagens únicas. E não é por causa dos 140 caracteres do Twitter que o ensino deixou de ser eficaz a explicar-nos a importância das 12 sílabas dos versos alexandrinos.
Um ponto de partida para ligar as duas coisas era perguntar porque não nos indignamos todos os dias com a escassez de conteúdos em português na Wikipédia e na Internet de um modo geral. Uma política da língua e uma política de cultura sérias implicam um investimento estratégico na qualidade e na quantidade desses conteúdos. Dão-se máquinas aos estudantes para acederem à Net, mas não nos preocupamos em produzir para a Web informação relevante para esses alunos. Porque é que tem que ser mais fácil encontrar online dados sobre a história da América do que sobre a história de Portugal? Porque é que a informação na Internet se tornou um assunto dos brasileiros em que os utentes europeus do português são marginais? Ressalvadas as devidas proporções de uns e de outro, a experiência do dia-a-dia mostra claramente as limitações da nossa produção de conteúdos. É só precisar de fazer uma pesquisa para perceber a diferença. Nestes tempos em que se volta a falar da cultura como arma económica contra a crise, passar o paradigma da nossa estratégia para a Internet das máquinas para os conteúdos era uma boa descoberta. Valia um Magalhães.»
A ideia dos britânicos faz todo o sentido. E devia fazer pensar este nosso Governo português que só no século XXI descobriu a importância estratégica da tecnologia. Não é mau darmos tecnologia às pessoas, no limite mesmo se implique o folclore deprimente do "computador português", herdeiro moderno do artista português dos antigos anúncios da pasta medicinal Couto (palavras para quê?). O que os trabalhistas britânicos nos estão a dizer é que dar tecnologia não basta, é preciso dar ferramentas às pessoas que lhes permitam usar a tecnologia.
É escusado ter dúvidas. A Internet não é a primeira revolução mediática da história. O livro, o jornal, a rádio e a televisão, todos eles, desde o século XV até aos nossos dias, mudaram a nossa forma de comunicar, interferiram no modo como nos organizamos e afectaram a nossa relação com a política. Mas esta revolução é um bocadinho mais acelerada do que as anteriores. Hoje em dia, todos os dias são ontem.
Então, nada melhor do que começar a partir da escola a familiarizar os miúdos com o ambiente em que vão crescer, socializar-se, arranjar emprego, informar-se e aprender.
Mas não deixou de fazer sentido continuarmos a querer saber de Luís de Camões. A Internet é uma extraordinária ferramenta de conhecimento, mesmo se no universo da Web 2.0 a vertente comunicacional esteja francamente inflacionada. Mas não deixou por isso de ser um enorme armazém de conhecimento e de informação. Com riscos, mas enorme. E com vantagens únicas. E não é por causa dos 140 caracteres do Twitter que o ensino deixou de ser eficaz a explicar-nos a importância das 12 sílabas dos versos alexandrinos.
Um ponto de partida para ligar as duas coisas era perguntar porque não nos indignamos todos os dias com a escassez de conteúdos em português na Wikipédia e na Internet de um modo geral. Uma política da língua e uma política de cultura sérias implicam um investimento estratégico na qualidade e na quantidade desses conteúdos. Dão-se máquinas aos estudantes para acederem à Net, mas não nos preocupamos em produzir para a Web informação relevante para esses alunos. Porque é que tem que ser mais fácil encontrar online dados sobre a história da América do que sobre a história de Portugal? Porque é que a informação na Internet se tornou um assunto dos brasileiros em que os utentes europeus do português são marginais? Ressalvadas as devidas proporções de uns e de outro, a experiência do dia-a-dia mostra claramente as limitações da nossa produção de conteúdos. É só precisar de fazer uma pesquisa para perceber a diferença. Nestes tempos em que se volta a falar da cultura como arma económica contra a crise, passar o paradigma da nossa estratégia para a Internet das máquinas para os conteúdos era uma boa descoberta. Valia um Magalhães.»
Miguel Gaspar. "Mais twitter, menos Camões". Público: 31.03.2009.
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segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009
Carlos Reis e os novos programas de Língua Portuguesa do Ensino Básico
Os programas de Português têm merecido críticas por muitas razões. Em curso está a discussão de proposta para os novos programas de Língua Portuguesa. As propostas para os 1º, 2º e 3º ciclos estiveram a cargo de uma equipa coordenada por Carlos Reis, nome ligado à investigação e ao
ensino de literatura portuguesa e reitor da Universidade Aberta, que hoje dá uma entrevista ao Público, peça de que sublinho alguns excertos (com subtítulos meus).
Entre a língua e a pedagogia – «(…) Há muitos professores - não só, mas principalmente os que saíram dos institutos politécnicos - que foram formados à luz de uma concepção... eu diria... muito desenvolta, muito expedita do que é falar e escrever em português. (…) Quando falo dos politécnicos, refiro-me ao facto de nos últimos 20 a 30 anos se ter dado uma importância excessiva à componente pedagógica pura e dura. Não nego a sua relevância, mas teve um desenvolvimento e um peso que puseram em causa a dimensão científica. Esqueceu-se o óbvio: eu não posso ser um bom professor de Física se não souber Física, não posso ser um bom professor de Português se não tiver um conhecimento aprofundado e sistemático da língua. (…)»
Entre o facilitismo e o erro – «(…) Em relação aos alunos o programa é muito claro no combate a uma cultura de facilitismo e de tolerância ao erro, também ela relacionada com determinadas concepções pedagógicas. (…) Aquela coisa de "se o menino erra tem de se valorizar o erro, a expressividade...". Sou completamente contra isso. Um erro é um erro, em Português como em Matemática. Se no discurso corrente, quotidiano, o sujeito não concorda com o predicado, isso é um erro. (…)»
A medida da gramática – «(…) Os novos programas revalorizam aquilo a que os especialistas chamam o conhecimento explícito da língua e, dentro dele, o domínio da gramática, que durante anos foi, por assim dizer, marginalizada. Não pretendemos martirizar ninguém, mas sim que a língua mantenha alguma coesão. Porque a gramática não é um fim em si mesmo, é um instrumento fundamental para que possamos, justamente, ter a noção do erro. (...)»
Entre os textos e a leitura – «(…) Actualmente, os poucos textos literários apresentados aos alunos são utilizados como textos ilustrativos de coisas que têm pouco a ver com a literatura. Usar um soneto de Camões para explicar o que é o discurso argumentativo, por exemplo, é matar o soneto de Camões. Ele tem de ser percebido pelos alunos como uma grande peça lírica, que representa e modeliza uma emoção, uma visão do mundo, um sentimento. Mas, mais uma vez, esse não será um objectivo fácil de atingir sem, paralelamente, fazermos os possíveis e os impossíveis para que os professores sejam grandes leitores. (...)»
Entre a leitura e a política – «(…) Para termos alunos que gostem de ler são precisos professores que gostem de ler, que entendam a literatura como um domínio de representação cultural com uma grande dignidade e com uma enorme capacidade de nos enriquecer do ponto de vista humano. Claro que isto ultrapassa, em muito, a esfera de actuação de quem prepara programas de Português, e está intimamente relacionado com a actual crise das Humanidades. (...)»

Entre a língua e a pedagogia – «(…) Há muitos professores - não só, mas principalmente os que saíram dos institutos politécnicos - que foram formados à luz de uma concepção... eu diria... muito desenvolta, muito expedita do que é falar e escrever em português. (…) Quando falo dos politécnicos, refiro-me ao facto de nos últimos 20 a 30 anos se ter dado uma importância excessiva à componente pedagógica pura e dura. Não nego a sua relevância, mas teve um desenvolvimento e um peso que puseram em causa a dimensão científica. Esqueceu-se o óbvio: eu não posso ser um bom professor de Física se não souber Física, não posso ser um bom professor de Português se não tiver um conhecimento aprofundado e sistemático da língua. (…)»
Entre o facilitismo e o erro – «(…) Em relação aos alunos o programa é muito claro no combate a uma cultura de facilitismo e de tolerância ao erro, também ela relacionada com determinadas concepções pedagógicas. (…) Aquela coisa de "se o menino erra tem de se valorizar o erro, a expressividade...". Sou completamente contra isso. Um erro é um erro, em Português como em Matemática. Se no discurso corrente, quotidiano, o sujeito não concorda com o predicado, isso é um erro. (…)»
A medida da gramática – «(…) Os novos programas revalorizam aquilo a que os especialistas chamam o conhecimento explícito da língua e, dentro dele, o domínio da gramática, que durante anos foi, por assim dizer, marginalizada. Não pretendemos martirizar ninguém, mas sim que a língua mantenha alguma coesão. Porque a gramática não é um fim em si mesmo, é um instrumento fundamental para que possamos, justamente, ter a noção do erro. (...)»
Entre os textos e a leitura – «(…) Actualmente, os poucos textos literários apresentados aos alunos são utilizados como textos ilustrativos de coisas que têm pouco a ver com a literatura. Usar um soneto de Camões para explicar o que é o discurso argumentativo, por exemplo, é matar o soneto de Camões. Ele tem de ser percebido pelos alunos como uma grande peça lírica, que representa e modeliza uma emoção, uma visão do mundo, um sentimento. Mas, mais uma vez, esse não será um objectivo fácil de atingir sem, paralelamente, fazermos os possíveis e os impossíveis para que os professores sejam grandes leitores. (...)»
Entre a leitura e a política – «(…) Para termos alunos que gostem de ler são precisos professores que gostem de ler, que entendam a literatura como um domínio de representação cultural com uma grande dignidade e com uma enorme capacidade de nos enriquecer do ponto de vista humano. Claro que isto ultrapassa, em muito, a esfera de actuação de quem prepara programas de Português, e está intimamente relacionado com a actual crise das Humanidades. (...)»
O “Magalhães” ajuda? – «(…) Está à vista que a hipervalorização, às vezes até um bocadinho provinciana, das tecnologias traz consigo lacunas consideráveis na forma de olharmos para o outro, de pensarmos no que é justo ou injusto, no que é solidário e não o é, no que é bonito e no que é feio - e que encontramos na Literatura, na História, na Filosofia.... A recuperação do atraso científico e tecnológico não deve ser feita à custa da desqualificação - política, até - de outras componentes da nossa cultura. (…) [A distribuição dos Magalhães pelas crianças] éum esforço muito interessante, mas que se arrisca a pôr em causa outros tipos de saberes. Quero acreditar no argumento de alguns - o de que o Magalhães permite o primeiro acesso à leitura por parte de muitos miúdos que não têm livros em casa. Mas, ainda assim, não deixa de ser necessário contrabalançar esta hipervalorização do computador com outras medidas. Com o investimento no Plano Nacional de Leitura, a criação de bibliotecas... (…)»
[foto: www.univ-ab.pt]
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sábado, 3 de janeiro de 2009
segunda-feira, 29 de setembro de 2008
Em terras de Sua Majestade, sobre educação...
Jim Knight, Secretário de Estado da Educação do governo britânico, está em Portugal, onde veio para uma conferência intitulada “As Crianças no Centro da Educação - A reforma educativa em Inglaterra” e para se inteirar do Plano Tecnológico na Educação. No suplemento “P2” do Público de hoje, há uma curta entrevista em que se fala do papel da inspecção, da avaliação das escolas, dos rankings, das tecnologias na educação, do papel dos pais, das relações das escolas com as autarquias e de dificuldades várias. Transcrevo três recortes.
Ser professor – “Actualmente, a profissão de professor está na tabela das dez melhores, das mais reconhecidas. E muitos dos licenciados que saem do ensino superior querem seguir esta profissão. Em termos de recursos humanos, criamos a figura do assistente do professor. São pessoas com formação para trabalhar em sala de aula, o que liberta os docentes de algum trabalho mais burocrático, de maneira a que se dediquem apenas ao ensino, porque ficam com mais tempo para ensinar. Existem já 13 mil assistentes.”
Matemática e Língua Materna – “A Matemática e o Inglês são as disciplinas onde os alunos têm maiores dificuldades. Aos 11 anos, há muitos alunos com dificuldades na leitura e na escrita, o que não pode ser.”
Pais na Escola – “Também temos escolas que estão a ser construídas em parceria com o movimento cooperativo, onde os pais estão mais envolvidos na gestão das escolas. Mas os pais não querem criar escolas, poucos são os que o querem, os pais querem é que a escola que escolheram seja boa.”
Ser professor – “Actualmente, a profissão de professor está na tabela das dez melhores, das mais reconhecidas. E muitos dos licenciados que saem do ensino superior querem seguir esta profissão. Em termos de recursos humanos, criamos a figura do assistente do professor. São pessoas com formação para trabalhar em sala de aula, o que liberta os docentes de algum trabalho mais burocrático, de maneira a que se dediquem apenas ao ensino, porque ficam com mais tempo para ensinar. Existem já 13 mil assistentes.”
Matemática e Língua Materna – “A Matemática e o Inglês são as disciplinas onde os alunos têm maiores dificuldades. Aos 11 anos, há muitos alunos com dificuldades na leitura e na escrita, o que não pode ser.”
Pais na Escola – “Também temos escolas que estão a ser construídas em parceria com o movimento cooperativo, onde os pais estão mais envolvidos na gestão das escolas. Mas os pais não querem criar escolas, poucos são os que o querem, os pais querem é que a escola que escolheram seja boa.”
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quarta-feira, 12 de março de 2008
Intervalo (5)
Acabadinha de receber...
Depois do choque tecnológico, no Portugal de 2019
Telefonista: Pizza Hot, boa noite!
Cliente: Boa noite, quero encomendar Pizzas...
Telefonista: Pode-me dar o seu NIN?
Cliente: Sim, o meu Número de Identificação Nacional é o 6102 1993 8456 5463 2107.
Telefonista: Obrigada, Sr. Lacerda. O seu endereço é na Avenida Pais de Barros, 19, Apartamento 11, e o número do seu telefone é o 21 549 42 36, certo? O telefone do seu escritório na Lincoln Seguros, é o 21 574 52 30 e o seu telemóvel é o 96 266 25 66, correcto?
Cliente: Como é que conseguiu todas essas informações?
Telefonista: Porque estamos ligados em rede ao Grande Sistema Central.
Cliente: Ah, sim, é verdade! Quero encomendar duas Pizzas: uma Quatro Queijos e outra Calabresa...
Telefonista: Talvez não seja boa ideia...
Cliente: O quê...?
Telefonista: Consta na sua ficha médica que o senhor sofre de hipertensão e tem a taxa de colesterol muito alta. Além disso, o seu seguro de vida proíbe categoricamente escolhas perigosas para a saúde.
Cliente: Claro! Tem razão! O que é que sugere?
Telefonista: Por que é que não experimenta a nossa Pizza Superlight, com Tofu e Rabanetes? O senhor vai adorar!
Cliente: Como é que sabe que vou adorar?
Telefonista: O senhor consultou a página 'Receitas Gulosas com Soja' da Biblioteca Municipal, no dia 15 de Janeiro, às 14:27 e permaneceu ligado à rede durante 39 minutos. Daí a minha sugestão...
Cliente: Okay, está bem! Mande-me então duas Pizzas tamanho familiar!
Telefonista: É a escolha certa para o senhor, a sua esposa e os vossos quatro filhos, pode ter a certeza.
Cliente: Quanto é?
Telefonista: São 49,99.
Cliente: Quer o número do meu Cartão de Crédito?
Telefonista: Lamento, mas o senhor vai ter que pagar em dinheiro. O limite do seu Cartão de Crédito foi ultrapassado.
Cliente: Tudo bem. Posso ir ao Multibanco levantar dinheiro antes que chegue a Pizza.
Telefonista: Duvido que consiga. A sua Conta de Depósito à Ordem está com o saldo negativo.
Cliente: Meta-se na sua vida! Mande-me as Pizzas que eu arranjo o dinheiro. Quando é que entregam?
Telefonista: Estamos um pouco atrasados. Serão entregues em 45 minutos. Se estiver com muita pressa pode vir buscá-las, se bem que transportar duas pizzas na moto, não é lá muito aconselhável. Além de ser perigoso...
Cliente: Mas que história é essa? Como é que sabe que eu vou de moto?
Telefonista: Peço desculpa, mas reparei aqui que não pagou as últimas prestações do carro e ele foi penhorado. Mas a sua moto está paga e então, pensei que fosse utilizá-la.
Cliente: Foooooo.......!!!!!!!!!
Telefonista: Gostaria de pedir-lhe para não ser mal-educado... Não se esqueça de que já foi condenado em Julho de 2006 por desacato em público a um Agente Regional.
Cliente: (Silêncio).
Telefonista: Mais alguma coisa?
Cliente: Não. É só isso... Não. Espere... Não se esqueça dos 2 litros de Coca-Cola que constam na promoção.
Telefonista: O regulamento da nossa promoção, conforme citado no artigo 095423/12, proibe a venda de bebidas com açúcar a pessoas diabéticas...
Cliente: Aaaaaaaahhhhhhhh!!!!!!!!!!! Vou atirar-me pela janela!!!!!
Telefonista: E torcer um pé? O senhor mora no rés-do-chão...!
Cliente: Boa noite, quero encomendar Pizzas...
Telefonista: Pode-me dar o seu NIN?
Cliente: Sim, o meu Número de Identificação Nacional é o 6102 1993 8456 5463 2107.
Telefonista: Obrigada, Sr. Lacerda. O seu endereço é na Avenida Pais de Barros, 19, Apartamento 11, e o número do seu telefone é o 21 549 42 36, certo? O telefone do seu escritório na Lincoln Seguros, é o 21 574 52 30 e o seu telemóvel é o 96 266 25 66, correcto?
Cliente: Como é que conseguiu todas essas informações?
Telefonista: Porque estamos ligados em rede ao Grande Sistema Central.
Cliente: Ah, sim, é verdade! Quero encomendar duas Pizzas: uma Quatro Queijos e outra Calabresa...
Telefonista: Talvez não seja boa ideia...
Cliente: O quê...?
Telefonista: Consta na sua ficha médica que o senhor sofre de hipertensão e tem a taxa de colesterol muito alta. Além disso, o seu seguro de vida proíbe categoricamente escolhas perigosas para a saúde.
Cliente: Claro! Tem razão! O que é que sugere?
Telefonista: Por que é que não experimenta a nossa Pizza Superlight, com Tofu e Rabanetes? O senhor vai adorar!
Cliente: Como é que sabe que vou adorar?
Telefonista: O senhor consultou a página 'Receitas Gulosas com Soja' da Biblioteca Municipal, no dia 15 de Janeiro, às 14:27 e permaneceu ligado à rede durante 39 minutos. Daí a minha sugestão...
Cliente: Okay, está bem! Mande-me então duas Pizzas tamanho familiar!
Telefonista: É a escolha certa para o senhor, a sua esposa e os vossos quatro filhos, pode ter a certeza.
Cliente: Quanto é?
Telefonista: São 49,99.
Cliente: Quer o número do meu Cartão de Crédito?
Telefonista: Lamento, mas o senhor vai ter que pagar em dinheiro. O limite do seu Cartão de Crédito foi ultrapassado.
Cliente: Tudo bem. Posso ir ao Multibanco levantar dinheiro antes que chegue a Pizza.
Telefonista: Duvido que consiga. A sua Conta de Depósito à Ordem está com o saldo negativo.
Cliente: Meta-se na sua vida! Mande-me as Pizzas que eu arranjo o dinheiro. Quando é que entregam?
Telefonista: Estamos um pouco atrasados. Serão entregues em 45 minutos. Se estiver com muita pressa pode vir buscá-las, se bem que transportar duas pizzas na moto, não é lá muito aconselhável. Além de ser perigoso...
Cliente: Mas que história é essa? Como é que sabe que eu vou de moto?
Telefonista: Peço desculpa, mas reparei aqui que não pagou as últimas prestações do carro e ele foi penhorado. Mas a sua moto está paga e então, pensei que fosse utilizá-la.
Cliente: Foooooo.......!!!!!!!!!
Telefonista: Gostaria de pedir-lhe para não ser mal-educado... Não se esqueça de que já foi condenado em Julho de 2006 por desacato em público a um Agente Regional.
Cliente: (Silêncio).
Telefonista: Mais alguma coisa?
Cliente: Não. É só isso... Não. Espere... Não se esqueça dos 2 litros de Coca-Cola que constam na promoção.
Telefonista: O regulamento da nossa promoção, conforme citado no artigo 095423/12, proibe a venda de bebidas com açúcar a pessoas diabéticas...
Cliente: Aaaaaaaahhhhhhhh!!!!!!!!!!! Vou atirar-me pela janela!!!!!
Telefonista: E torcer um pé? O senhor mora no rés-do-chão...!
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