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domingo, 9 de abril de 2017

Parabéns, Synapsis!



Corria Setembro de 2010, com o mês para lá de meio, e O Setubalense noticiava em título: “Novo projecto cultural nascem em Setúbal”. Depois, vinha um parágrafo que era quase um manifesto: “O Synapsis apresenta-se como um movimento informal de gente livre e de espírito aberto, não alinhando com correntes de opinião nem com organizações de carácter ideológico, religioso, político ou partidário.” Mais adiante, referia como objecto do grupo “o livre acesso à expressão de ideias e ao desenvolvimento de uma reflexão crítica através das diversas formas de expressão artística”. 
Quase um ano depois, no mesmo jornal, acabava Agosto, um texto resultante de conversa com Salvador Peres, do grupo Synapsis, reproduzia algo que ajuda ao essencial num grupo como este: é que “não tem quotas, nem sede, nem corpos gerentes, apenas um gosto comum pela cultura e pela cidadania”. Assim se cumpria o nome e se dava razão àquilo que define as sinapses: os pontos de contacto, as permutas, as partilhas, construindo-se o salto para um saber universal, quase numa exigência que pareceria imbuída de alguma ideia renascentista (no que essa época teve de melhor).
Em sete anos, o grupo Synapsis promoveu actividades variadas, empenhadas, interessantes. Por lá passou a pintura, a música, a literatura, a política, o ambiente, a história local, a ciência, a medicina, a religião. Por lá passou a cultura. Por lá passou a partilha.
Parabéns, Synapsis!

terça-feira, 22 de abril de 2014

Para a agenda: Sérgio Godinho e "A Naifa" nos 40 anos do 25 de Abril



Dois momentos importantes de espectáculo e de festa dos 40 anos do 25 de Abril em Setúbal: Sérgio Godinho, a 24, e "A Naifa", a 25. Para a agenda!

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Para a agenda: Setúbal tem 154 anos de cidade



Em 19 de Abril, Setúbal assinalará o 154º aniversário da sua elevação a cidade. O programa preparado pela Câmara Municipal faz a ponte entre o passado e uma cidade do futuro. Para a agenda!

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Marcos de uma semana em que não disse (1) – Sophia no Panteão Nacional



Gostei muito do texto de opinião, um quase manifesto ou uma quase exigência, assinado por José Manuel dos Santos no Público de domingo, 17 de Novembro (pg. 54), que alerta o leitor, o país, os responsáveis políticos – Assembleia da República, diga-se – para o imperativo de termos Sophia de Mello Breyner no Panteão Nacional.
O texto começa, de resto, com uma chamada de atenção para todos nós: “Não são os poetas que precisam de nós. Somos nós que precisamos deles e das suas palavras de vida e de morte. Somos nós que necessitamos das suas acusações e das suas celebrações, das cóleras e dos êxtases, dos anátemas e dos louvores, das profanações e das sagrações. Somos nós que necessitamos desse voo da voz, dessa veemência da vida, desse fogo da fronte. Nos grandes poemas dos grandes poetas, o mundo — ou a sua recusa — está perante nós e ficamos à altura da sua altura.” Um bom elogio para os poetas, uma boa lição para nós.
Depois, vêm as razões da proposta, centradas no cruzamento do estar de Sophia entre a palavra, o poema, a cultura e a cidadania. “A participação de Sophia na política fez-se das mesmas perguntas e das mesmas respostas de que a sua poesia se faz. É por isso que a coragem de Sophia era uma ética e a sua lucidez um compromisso com o mundo e com os homens que o habitam. É por isso que a sua morte foi um momento de despedida, de descoberta, de despertar. Ao vermos que a morte não prevaleceu sobre a sua obra, aprendemos que somos os herdeiros da sua palavra, da sua nobreza, do seu desassombro.”
O apelo de José Manuel dos Santos vai muito além do que poderia ser defender o poeta ou a sua obra. Encontra sentido para os tempos que nos invadem, para o exemplo e para a memória. Tudo associado às datas que passam em 2014 – os 40 anos sobre o 25 de Abril, os 10 anos sobre a morte de Sophia.
É que, na obra de Sophia, “a vida e a poesia não se separaram nunca e foram liberdade livre e justiça justa” e “no que escreveu e no que viveu, passa esse sopro de inteireza, de verdade e de audácia que a tornou um símbolo para todos.”

É bom que a proposta de José Manuel dos Santos seja tida em conta e que venha a ter um desfecho feliz. Seria uma excelente forma de celebrar a ética, de celebrar a arte, de apontar um caminho forte da identidade portuguesa.

domingo, 20 de outubro de 2013

Nos 40 anos de uma livraria, a Culsete, em Setúbal



Uma livraria pode antecipar uma biblioteca. E, se se gostar de uma e de outra, impossível se torna não parar na Culsete, em Setúbal (na Av. 22 de Dezembro, ali ao pé do jardim do Bonfim), livraria com 40 anos de serviço (tempo assinalado com um programa que hoje se conclui no Forum Luísa Todi, pelas 16h00) e com outro tanto tempo de prestação na área da cultura e da dinamização daquilo que é o acto de ler.
A livraria Culsete foi um dos achados que me cativou em Setúbal. Ali podem ser descobertos os últimos títulos do circuito comercial, mas também – e sobretudo – (d)ali se pode partir à descoberta do tesouro que encerra uma livraria, seja na demanda de edições que já não povoam os dias, seja no cruzamento com as memórias de quem faz a livraria. Tem sido esta conjugação de aspectos que me tem mantido ligado à Culsete, que já conheço há quase três décadas.
Procuro-a por aquela voracidade e contumácia que a leitura me impõe, procuro-a pelo desejo de saber o que vai aparecendo, procuro-a pela vontade de demandar e de descobrir, procuro-a pela vontade de saber, procuro-a pelo prazer dos livros. A tudo isto somem-se os muitos encontros que a livraria vai proporcionando: com autores, com livros, com leitores, com os outros. Lá tenho conhecido pessoas, lá tenho encontrado amigos que já não via há muito, lá tenho descoberto leituras, lá tenho participado em sessões, lá tenho trazido amigos. De lá tenho memórias. Lá já levei alunos, num convite para a descoberta do que é a leitura.
Uma livraria não se faz sem pessoas. E justo será destacar o papel que Manuel Medeiros tem tido como o criador da Culsete. Livreiro assumido, culto, dado, crítico, estudioso, humano. Livreiro a sério, vivendo os livros como se vive a vida.
Quando passam 40 anos sobre a história da Culsete, uma história feita de livros, de autores, de leitores, de editores, de livreiros, é justo assinalar o contributo que a livraria tem tido para a cultura em Setúbal. Porque mais justo é que os tempos não apaguem a Culsete e que Setúbal continue a acarinhar este projecto, uma sorte, visto que as livrarias, as que fazem viver os livros, vão entrando cada vez mais pela via da memória.
Parabéns, Culsete!

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Para a agenda: Nos 40 anos da livraria Culsete, os "Filhos da Leitura"



As comemorações do 40º aniversário da livraria Culsete vão concluir-se com o espectáculo “Filhos da Leitura”, a ocorrer em 20 de Outubro, às 16h00, no Forum Municipal Luísa Todi, em Setúbal.
Um espectáculo multidisciplinar, cheio de palavras. Ditas. Cantadas. Com música. Com bailado. E com alguns dos artistas de maior relevo na cidade do Sado.
Na nota de apresentação do que vai ser o espectáculo, as palavras entram por nós dentro até nos comoverem: “A finalidade deste espetáculo é reunir sob o signo da leitura, de leituras, todos os que se considerem seus filhos, aqueles que, através das leituras que foram fazendo, cresceram e se afirmaram como indivíduos com pensamento livre, crítico e atuante, todos aqueles cujas raízes cada vez mais estejam presas ao livro e à leitura. Pretende-se festejar os 40 anos da Culsete com um ramalhete de palavras, sentir a sua força, escutar a sua música, quer sejam lidas, ditas ou cantadas, deixar ecoar o seu som ao lado de outros sons, produzidos por instrumentos que não a voz humana. Ver o seu bailado em poemas, monólogos e frases, ao lado do movimento dos corpos propondo-nos outras leituras. Festa é alegria, é contentamento, é o entrecruzar de gestos, sons e imagens que se colam a nós, transportando-nos para outros lugares. Também dos momentos de festa e júbilo nos alimentamos.
O preço dos bilhetes é simbólico (3,00 €), sendo que parte do seu valor reverte a favor da CECP, Equipa Comunitária de Suporte em Cuidados Paliativos, e o restante se destina à manutenção da sala de espectáculos.

Para a agenda, claro!

domingo, 29 de setembro de 2013

Para a agenda - Nos 40 anos da Culsete, livros, livros, livros...



Um programa cheio para assinalar 40 anos de uma livraria que dá que falar. Livros, livros, livros... E leitores. E autores. E amigos. Para assinalar quatro décadas de dedicação à cultura. Para a agenda!

sábado, 6 de julho de 2013

Para a agenda - Nos 40 anos de uma livraria, a Culsete, em Setúbal



Em 7 de Julho, domingo, passam 40 anos sobre o nascimento da livraria Culsete, em Setúbal, pretexto para o arranque da celebração do aniversário. A partir daí, até 17 de Julho, a Culsete vai estar na rua a fazer o que sempre soube fazer, o que sempre fez: a pugnar pela leitura, pelos autores, pela cultura. Com o empenho da Fátima e do Manuel Medeiros. O programa destes 11 intensos dias é o que se segue. Com nomes como Arlindo Mota, José Ruy, José-António Chocolate, Helder Moura Pereira, Alice Brito, Fernando Bento Gomes e muitos outros. Com poesia, música, tertúlias. Para a agenda, claro!


segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Hoje é dia de Luísa Todi

Luísa Todi (glorieta na avenida com o nome da cantora, em Setúbal)
09.Janeiro.1753 / 01.Outubro.1833

quinta-feira, 30 de julho de 2009

sábado, 27 de junho de 2009

Hoje

Dois anos passam sobre este blogue.
Espero que tenham sido com utilidade
para quem por aqui costuma parar...

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Rostos (109)

Charles Darwin, em Coimbra (Universidade)

Charles Darwin
200 anos
(12.Fev.1809 - 12.Fev.2009)

Exemplar da 1ª ed. de On the origin of species (Nov.1859)
[fotos: lusodinos.blogspot.com e http://www.rinr.fsu.edu/]

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

O "Diário" de Sebastião da Gama quase nos 60 anos

Em Setembro, passaram 50 anos sobre a publicação póstuma do Diário de Sebastião da Gama. Agora, em 11 de Janeiro, passam 60 anos sobre a data em que a mesma obra começou a ser redigida.

“Janeiro, 11 – Para começar, falou connosco durante uma hora o senhor Dr. Virgílio Couto. De acordo com o que disse, vão ser as aulas de Português o que eu gosto que elas sejam: um pretexto para estar a conviver com os rapazes, alegremente e sinceramente. E dentro dessa convivência, como quem brinca ou como quem se lembra de uma coisa que sabe e vem a propósito, ir ensinando. Depois, esta nota importantíssima: lembrar-se a gente de que deve aceitar os rapazes como rapazes; deixá-los ser: «porque até o barulho é uma coisa agradável, quando é feito de boa-fé». Houve nesta conversa uma palavra para guardar tanto como as outras, mais que todas as outras: «O que eu quero principalmente é que vivam felizes».”

É este o primeiro registo que o leitor pode encontrar no Diário. E logo aqui surgem as personagens da vida real que vão protagonizar todas as narrativas do livro: o professor (Sebastião da Gama, de seu nome), o professor metodólogo (Virgílio Couto) e os rapazes que constituíam uma turma da Escola Veiga Beirão, em Lisboa.
O Diário, começado a ser redigido em 11 de Janeiro de 1949, foi concluído em Março de 1950, data a partir da qual Sebastião da Gama ficou a aguardar a colocação para o ano lectivo seguinte, que não foi em Setúbal, como ele gostaria (já tinha leccionado na Escola João Vaz antes de ter entrado para o estágio), mas na Escola Industrial e Comercial de Estremoz.
O Diário surgiu por recomendação do próprio professor metodólogo, apresentado como um exercício de reflexão da prática lectiva. E Sebastião da Gama respeitou a sugestão e usou-a a rigor: por estas páginas, passa o mais impressionante de um ano da relação de um professor com uma turma, as reflexões de um docente, a palavra dos alunos (que aqui têm voz própria, são transcritos e referidos), uma formação humanista extraordinária, uma cultura vastíssima, um conhecimento da literatura alargado, a discussão de práticas e a adopção de modelos, uma sensibilidade espantosa para a causa educativa, muitas reflexões pessoais.
O Diário, de Sebastião da Gama, é um poema pedagógico e mantém, volvidas seis décadas, toda a frescura da juventude de um professor e dos seus alunos, toda a crença na formação humana, todo o respeito pelo outro, ambos comungando numa vida de sinceridade e de aprendizagem do mundo. Ainda hoje se torna pertinente lê-lo e, provavelmente, a sua leitura ajudaria a encontrar soluções para muitos dos problemas de que a educação enferma no presente.
Ao longo de 2009, vão começar a ser publicadas as “Obras Completas” de Sebastião da Gama, escritor, professor e poeta da Arrábida e português. O primeiro volume da colecção será precisamente o Diário, que será pela primeira vez publicado na sua versão integral. Este projecto confirmará a Sebastião da Gama o lugar merecido na divulgação, na memória e na cultura portuguesa.
“O que eu quero principalmente é que vivam felizes” bem poderia ser o lema a adoptar para a área da educação nos tempos que correm. Este desafio é, simultaneamente, a chave que convida para a leitura e para a apreciação de uma obra cujo conhecimento se afigura incontornável, apesar dos seus 60 anos, sobretudo para quem tenha interesse na causa da educação, independentemente da função que aí desempenha.
[foto: capa da 1ª edição de Diário (Lisboa: Ática, 1958)]

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Nos seus 100 anos...

Parabéns,
Manoel de Oliveira!
fotos:
Em Cannes (2008), por Claudio Onorati
Evocação no Agrupamento de Escolas de Aldoar, a partir de www.o-sabichao-de-aldoar.blogspot.com
Em Veneza (2001), a partir de www.daylife.com