Chama-se João Alvim, é de S. João das Lampas e testemunha hoje, numa "Carta ao Director", no Público, que esteve no sábado no encontro de professores na rua, em frente à sede do PS, no Largo do Rato, escrevendo, em jeito de carta aberta, ao Primeiro-Ministro:
Ao contrário do que o senhor disse, nem todas os professores que sábado passado (dia 16) estiveram no passeio público, junto da sede nacional do PS, para demonstrar o desagrado com a sua política para a Educação - desagrado, já que não ouvi nem pactuaria com insultos pessoais - eram militantes de outros partidos. Eu estive lá, e no grupo de seis pessoas que comigo estavam, só uma é filiada... no PS. E fomos porque, na véspera, um amigo e professor que tinha sido convidado para estar presente na reunião com o senhor nos disse que seria bom saber que estavam professores cá fora a apoiar o que ele, e outros, dissessem lá dentro (disseram em esmagadora maioria estar contra a política do seu Governo na Educação, sei-o agora).
É lamentável que o primeiro-ministro de Portugal divida os cidadãos portugueses que lhe manifestam, felizmente cada vez mais, discordância das suas políticas em "sindicalistas da CGTP" ou "militantes de outros partidos". Esta é uma perspectiva redutora, maniqueísta e "clubística"; a realidade não é a preto e branco, é mais variada, senhor primeiro-ministro. Independentemente dos seus desejos e "análises políticas", existem também muitos e muitos cidadãos que, não estando filiados em partidos ou organizações sindicais, pensam e agem pela sua própria cabeça. Devo dizer-lhe que antes de o senhor nascer eu já lutava contra o regime de partido único e pelo direito à liberdade de expressão. Naturalmente que não me irei resignar agora que, em nome da democracia - o seu caso é ainda mais grave, porque fala em nome da esquerda -, me vêm colocar carimbos que não são mais do que artimanhas para condicionarem o meu direito à indignação.
P.S. - Sobre a ilegalidade do protesto invocado pelo porta-voz do PS, de referir que esteve presente um graduado da PSP que, depois de perguntar a alguns dos presentes o que se passava, entrou na sede do PS e saiu, sem que dessa presença tivesse resultado alguma intervenção policial. E há uma esquadra bem perto do passeio fronteiro à sede do PS.
É lamentável que o primeiro-ministro de Portugal divida os cidadãos portugueses que lhe manifestam, felizmente cada vez mais, discordância das suas políticas em "sindicalistas da CGTP" ou "militantes de outros partidos". Esta é uma perspectiva redutora, maniqueísta e "clubística"; a realidade não é a preto e branco, é mais variada, senhor primeiro-ministro. Independentemente dos seus desejos e "análises políticas", existem também muitos e muitos cidadãos que, não estando filiados em partidos ou organizações sindicais, pensam e agem pela sua própria cabeça. Devo dizer-lhe que antes de o senhor nascer eu já lutava contra o regime de partido único e pelo direito à liberdade de expressão. Naturalmente que não me irei resignar agora que, em nome da democracia - o seu caso é ainda mais grave, porque fala em nome da esquerda -, me vêm colocar carimbos que não são mais do que artimanhas para condicionarem o meu direito à indignação.
P.S. - Sobre a ilegalidade do protesto invocado pelo porta-voz do PS, de referir que esteve presente um graduado da PSP que, depois de perguntar a alguns dos presentes o que se passava, entrou na sede do PS e saiu, sem que dessa presença tivesse resultado alguma intervenção policial. E há uma esquadra bem perto do passeio fronteiro à sede do PS.
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