sábado, 29 de março de 2014

Para a agenda: Encontro Livreiro, o 5º, em Setúbal



Amanhã, a partir das 15:00, a livraria CULSETE, em Setúbal, acolhe a 5ª edição do ENCONTRO LIVREIRO. 
Momento anual de reunião, o Encontro Livreiro tem sido um espaço privilegiado de debate, partilha e troca de ideias entre as gentes do livro, juntando, entre outros, livreiros, editores, jornalistas, bibliotecários, professores, autores, tradutores e leitores.
Cinco anos passados sobre a primeira edição, o Encontro, que nasceu da vontade de colocar gente a conviver e a conversar — numa livraria — sobre o livro, algo que os seus fundadores acreditaram ser essencial para um sector tão transversal e fundamental como este, é já um dos momentos essenciais do ano editorial e livreiro.
Para além do debate e da partilha, o Encontro Livreiro é também um momento de homenagem, com a entrega do diploma LIVREIROS DA ESPERANÇA que este ano distingue Antero Braga, livreiro da mítica Lello, no Porto. Foram já homenageados os livreiros Jorge Figueira de Sousa (Esperança | Funchal), Caroline Tyssen e Duarte Nuno Oliveira (Galileu | Cascais) e Fátima Ribeiro de Medeiros e Manuel Medeiros (Culsete | Setúbal). 
Em parceria com a Fundação José Saramago, o movimento Encontro Livreiro tem vindo também a dinamizar, desde 2012, o DIA DA LIVRARIA E DO LIVREIRO, e a inspirar ENCONTROS LIVREIROS REGIONAIS, como já acontece com regularidade em Trás-os-Montes e Alto Douro, onde se realizou recentemente o III Encontro Livreiro daquela região.
De entre as gentes do livro que virão a Setúbal no próximo dia 30, queremos muito que haja uma forte participação de livreiros. Relembramos que neste V Encontro, entre outros assuntos que livremente os participantes queiram tratar, vamos falar de LIVRARIAS, DO SEU PRESENTE E DO SEU FUTURO.
[da comunicação de apresentação do 5º Encontro Livreiro]

quarta-feira, 26 de março de 2014

Para a agenda: A poesia de Carlos César em livro, no Dia Mundial do Teatro

 
 
No Dia Mundial do Teatro, a poesia de um senhor do teatro: os poemas de Paris nos anos 60, por Carlos César, uma memória incontornável para o teatro, para Setúbal. Amanhã, às 21h30, no Teatro de Bolso, do TAS, também com o filme Afirma Pereira sobre a obra homónima de Antonio Tabucchi. Uma iniciativa entre o TAS e a DDLX. Para a agenda.

Para a agenda: João Madeira na Culsete, em Setúbal

 
 
Na Culsete, em iniciativa da livraria com a DDLX, Albérico Costa apresentará História do PCP, de João Madeira. Sábado, no programa "Se as coisas não fossem o que são". Para a agenda.

quarta-feira, 19 de março de 2014

Para a agenda: Manuel Medeiros - A lembrança feita poema



São vários os amigos, os autores e os poemas que vão lembrar Manuel Medeiros, o livreiro que, com a mulher, Fátima Medeiros, foi a alma da livraria setubalense Culsete. A sessão ocorrerá no Dia Mundial da Poesia, uma data que lhe era querida, não só pelo acto de ler, mas também porque ele foi poeta. Na Culsete, em 21 de Março, pelas 21h30. Para a agenda!


Grande Guerra - O centenário em selos ingleses



O centenário da Grande Guerra já está a transitar na filatelia britânica. Cada um dos selos tem uma história que o The Telegraph evoca. A notícia pode ser lida aqui.
Espero que os Correios de Portugal reservem também espaço nas suas emissões de filatelia para a lembrança desta data. Até 2018 há tempo, mas era bom que não fosse esquecida a oportunidade!

domingo, 2 de março de 2014

Para a agenda: Memórias da Arrábida, em Tróia



"Memórias da Arrábida" em Tróia: "O espaço e a sua ocupação", "Biodiversidade na Arrábida", "Viver a Serra", "Sabores da Arrábida". Em 8 de Março, no Centro de Eventos do Hotel Aqualuz. Para a agenda!

sábado, 1 de março de 2014

Memória da Grande Guerra em Setúbal

Em 1935, sob o título “Uma História da Acção dos Portugueses na Grande Guerra”, o general Ferreira Martins escrevia: “Não é segredo para ninguém que a acção dos portugueses na Grande Guerra é quase ignorada no estrangeiro. Muita gente sabe que Portugal entrou na Guerra, mas ninguém sabe ao certo o que fizemos na Guerra.” A observação surgia a propósito de uma ideia lançada em França por Jacques Péricard, que pretendia publicar uma história da Grande Guerra apoiada nas narrações dos combatentes, tendo, para a recolha dos testemunhos portugueses, contactado Ferreira Martins, que, neste artigo, citava o estilo inflamado e apelativo do autor francês: “Não é na obra de um homem que eu vos convido a colaborar, mas numa obra nacional. É agora e não mais tarde que nós podemos reunir em comum as nossas recordações. Dentro de vinte anos estaremos bem disseminados. Mais tarde, é nesse livro que nossos filhos, nossos netos e a posteridade irão procurar a imagem verdadeira do Soldado Português na Grande Guerra. Poder-se-ão escrever, no decorrer dos séculos, centenas de histórias da Grande Guerra, nunca se poderá recomeçar a história da guerra pelos antigos combatentes, que vamos agora escrever juntos”.
A questão que Ferreira Martins considerava estava relacionada com a memória e com a inscrição, aspectos a que nem sempre se tem dado a devida importância. E, olhando para trás, é fácil ver que a memória da participação portuguesa na Primeira Grande Guerra tem sido frágil, muito frágil. Tanto quanto nos permite a linguagem dos números, pensemos em alguns: para a Grande Guerra, entre os vários contendores, foram mobilizados quase 74 milhões de combatentes, tendo havido 38 milhões de baixas registadas (51,8%), entre as quais cerca de 9 milhões e meio de mortos (quase equivalente à população portuguesa actual); relativamente a Portugal, os mobilizados foram cerca de 106 mil (não contabilizando tropas nativas de África), tendo-se registado 33 mil baixas, incluindo cerca de 7 mil e duzentos mortos e desaparecidos.
O que mais interessa nesta observação é o que os números representam de humano, de sofrimento humano, de sonhos destruídos, de tempo gasto na ruína dos seres humanos e do mundo. Estariam estes homens preparados para o confronto com todas as novidades que esta guerra nos trouxe, fosse em termos de estratégias, de formas de combate, de armamentos? Não, não estavam. Partiram estes homens com o sonho de ir construir algo novo, a paz, e confrontaram-se com a força da morte, da destruição, do caos.
A Grande Guerra, a Primeira, acabou oficialmente em Novembro de 1918. Mas, na verdade, ela foi acabando, num prolongamento que se estendeu por muito tempo. E não estou a referir-me apenas ao facto de a Segunda, cerca de 20 anos depois, ter surgido; mas, sobretudo, à dor que se entendeu por famílias, por países, e que se ramificou. Por isso, não espanta que, quando em 1998, em França, foi realizado um inquérito sobre os dez mais importantes acontecimentos do século XX, a Primeira Grande Guerra tenha surgido em quarto lugar, antes, por exemplo, da construção europeia, da crise de 1929 ou da Revolução Russa, numa lista em que nem a chegada do homem à Lua entrou!
Em altura do centenário da Grande Guerra, partamos de três nomes para falar da memória: Francisco Pinto Vidigal, Joaquim da Encarnação e Manuel Avelino Correia, naturais das freguesias de S. Sebastião, Anunciada e S. Julião, respectivamente, no concelho de Setúbal. Os três foram mortos nesse conflito e o primeiro deles terminou a vida em 9 de Abril.

Maria José Brito - escultura em Setúbal



"Dádiva" (Lions International), Maria José Brito (2014), em Setúbal