De José Vítor Malheiros, "A liberdade não é o defeito das escolas", no Público, hoje:
"(...) A discussão à volta dos modelos é relativamente estéril. Há boas escolas severas e liberais, religiosas e laicas. E más também. Há excelentes professores que deixam os alunos tratá-los por tu e outros igualmente excelentes que fazem gala de um tratamento cerimonioso. Como há péssimos professores dos dois tipos. Não são essas as diferenças essenciais entre a escola que quero e a que não quero. Nem aceito que um ambiente de liberdade, o respeito pelos alunos e uma preocupação de inclusão sejam incompatíveis com exigência, respeito pelos outros, existência de regras e um trabalho empenhado. A mim parecem-me os valores mais compatíveis do mundo. E, se não fossem, teríamos de os compatibilizar. Os defeitos das nossas escolas não são defeitos da liberdade. São a desistência, a falta de exigência, a falta de objectivos, a falta de coragem, a falta de cidadania. E não são os modelos com menos liberdade que os vão resolver."
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