domingo, 20 de abril de 2008

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Em Combustões, "Custa dizê-lo": "(...) Menezes saíu. E daí ? Haverá decerto centos de mediocridades e insignificâncias que o possam substituir. O drama não é termos Betas como Menezes a liderar partidos. O drama é não haver alternativa alguma."
Em Por um Mundo Melhor, "Notas Soltas": "O que eu sei / é que queremos uma educação moderna e inclusiva. // O que eu sei / é que queremos encontrar respostas para os nossos problemas / para os problemas dos nossos alunos / para os problemas da nossas escolas. // O que eu sei / é que a avaliação só tem sentido se for incentivo para a melhoria / minha, nossa / dos nossos alunos / da nossa escola. // O que eu sei / é que temos de tomar decisões / de imensa complexidade muitas vezes / e muitas vezes em segundos. // O que eu sei / é que também somos parte da "solução" / e que as mudanças têm que ser construídas / tijolo a tijolo / e com as pessoas / os "rostos" das nossas escolas. // Sei que tenho de prestar contas / mas o que eu sei / é que queremos liberdade pedagógica / liberdade de acção / liberdade intelectual. // O que eu sei / é que somos pessoas / que os alunos são pessoas / que temos "razão" e "coração". // (...) // O que eu sei / -não!- / o que sabemos todos."
Em Terrear, "Proposições para se compreender o que (não) se passa": "Vivemos hoje um tempo caótico e contraditório. De muitas perplexidades. De grande confusão entre o que devia ser o essencial e o que é necessariamente secundário. No refluxo de uma política que foi sentida e profissionalmente vivida no sentido de um afrontamento injusto. (...) Mas as saídas do labirinto passam ainda e necessariamente pelos professores. Pela afirmação da vontade da autonomia e das liberdades (com os seus inerentes riscos, sempre preferíveis a uma ordem vassálica). Pela dedicação e dádiva ao outro. Pela investigação. Pela compreensão e valorização da diferença e da diversidade. E não passa pela postura da 'terra queimada', pela cega defesa corporativa, pelo insulto aos colegas que pensam de maneira diferente, pela pulsão totalitária, pelo 'medo de existir'. Se a opção maioritária for por este caminho, podem os professores vestir de vez as 'mangas de alpaca' até que o 'mão invisível do mercado' venha estabelecer e impor as novas regras do jogo. E aí as trevas e ranger de dentes serão outros."

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