Quando eu nasci,
ficou tudo como estava.
Nem homens cortaram veias,
nem o Sol escureceu,
nem houve Estrelas a mais…
Somente,
esquecida das dores,
a minha Mãe sorriu e agradeceu.
Quando eu nasci,
não houve nada de novo
senão eu.
As nuvens não se espantaram,
não enlouqueceu ninguém…
Pra que o dia fosse enorme,
bastava
toda a ternura que olhava
nos olhos de minha Mãe…
07-03-1945, Serra Mãe (1945)
[fotos: fragmento do "Registo de Nascimento" de Sebastião da Gama; primeira casa em que Sebastião da Gama viveu, até aos 6 meses, em Azeitão, na Rua José Augusto Coelho, 88 (actualmente estabelecimento comercial)]
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