É a décima quarta vez que vem à rua, apesar de sair com o número 13 registado. É que teve número zero, saído no ano bocagiano de 2005, em Setembro. Falo da revistazinha O canto dos poetas, editada pelo Núcleo de Poesia do Grupo Desportivo “Independente”, que tem sede em Setúbal. O seu aparecimento é trimestral e, durante estes quase três anos que já leva de vida, publica poetas que, se assim não fosse, estavam vocacionados para ficar nos segredos da gaveta, na sua maioria. Aliás, nesse número inaugural, era dito no “Editorial”, em jeito de carta para o leitor: “A Poesia está sempre associada a sensações. Se sentimos alegria, saudade, amor ou tristeza, podemos exteriorizá-los e criar um poema. Quantas obras estarão no fundo da gaveta? Quantas existirão apenas na memória dos autores? O nosso Núcleo foi criado precisamente para divulgar esses talentos desconhecidos e estreitar os laços entre os que amam a cultura e sobretudo a Poesia. Solte o poeta que há em si.”
Por todos os números perpassa uma estrutura semelhante: a escolha de um “Poeta do momento”, com direito a poema e entrevista, e textos, em verso, dos colaboradores. Neste número 13 (com 20 páginas), o destaque é dado a Zé Casaca (José Francisco Candeias), 78 anos, da zona de Grândola, com profissões tão diversas como as ligadas ao mundo rural (“tratar de searas, de árvores de fruto e silvestres, de hortas, cuidar de gado e tirar cortiça”), ao polimento de mármores, à construção (“fui pedreiro e tirei um curso de calceteiro”), ao artesanato e à música, e uma escolaridade cumprida com sacrifício. Depois, há ainda os textos de (por ordem alfabética): Adelaide Palmela, Amândio Vilares, Ana Sofia Vilares, Andrelina Amado, Estrelinha do Faralhão, Fernanda Correia, Francisco Machado, Francisco Pratas, Gonçalo Gil, Henrique Júnior, Henrique Mateus (director da publicação), João Calceteiro, Luís Francisco Chaínho, Maria Catarina I. António, Maria Marrafa, Maria Só, Maria Teresa Palmeira, Marilú, Mavilde Baião, Mikha Él, Pópózinha, Sérgio Silva, Viriato Horta, Zé do Moinho (José Maria Rica) e Zulmira.
Por estes poetas (e por estes textos) passam temas como o fado, a vida, o amor, a liberdade, o mar, os olhos e também situações circunstanciais da vida, em formatos em que cabe o soneto, a quadra, a sextilha ou o poema sobre mote, tornando-se com frequência evidente a autodidaxia em muitos dos textos.
Por todos os números perpassa uma estrutura semelhante: a escolha de um “Poeta do momento”, com direito a poema e entrevista, e textos, em verso, dos colaboradores. Neste número 13 (com 20 páginas), o destaque é dado a Zé Casaca (José Francisco Candeias), 78 anos, da zona de Grândola, com profissões tão diversas como as ligadas ao mundo rural (“tratar de searas, de árvores de fruto e silvestres, de hortas, cuidar de gado e tirar cortiça”), ao polimento de mármores, à construção (“fui pedreiro e tirei um curso de calceteiro”), ao artesanato e à música, e uma escolaridade cumprida com sacrifício. Depois, há ainda os textos de (por ordem alfabética): Adelaide Palmela, Amândio Vilares, Ana Sofia Vilares, Andrelina Amado, Estrelinha do Faralhão, Fernanda Correia, Francisco Machado, Francisco Pratas, Gonçalo Gil, Henrique Júnior, Henrique Mateus (director da publicação), João Calceteiro, Luís Francisco Chaínho, Maria Catarina I. António, Maria Marrafa, Maria Só, Maria Teresa Palmeira, Marilú, Mavilde Baião, Mikha Él, Pópózinha, Sérgio Silva, Viriato Horta, Zé do Moinho (José Maria Rica) e Zulmira.
Por estes poetas (e por estes textos) passam temas como o fado, a vida, o amor, a liberdade, o mar, os olhos e também situações circunstanciais da vida, em formatos em que cabe o soneto, a quadra, a sextilha ou o poema sobre mote, tornando-se com frequência evidente a autodidaxia em muitos dos textos.
Entretanto, o Núcleo anuncia em nota inicial a realização dos III Jogos Florais de Setúbal, desafiando os leitores para serem poetas...
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