quarta-feira, 26 de março de 2008

Oito máximas de Agustina (2)

De Vento, areia e amoras bravas (2ª ed. Lisboa: Guimarães Editores, 2007)

1. “Entre as fantasias que a ternura tem e o insulto, há um abismo."
2. “Toda a gente anda assustada neste mundo. Só que alguns fingem ou não o dizem. Há um monte de coisas que as pessoas não dizem.”
3. “As nossas esquisitices sempre nos parecem sensatas. Estamos sempre prontos a censurar os outros por motivos perfeitamente naturais se forem os nossos motivos."
4. “A vida das pessoas parece-se às vezes com as fitas, só que se passa mais devagar."
5. “Não se gosta todos os dias de tudo, nem dos pais, nem dos irmãos. É preciso pôr espaço entre nós e os outros, senão a malícia entra no coração como uma erva que cresça com o amor.”
6. “Há em destruir um prazer que não tem sentido, e por isso é um prazer. As crianças sabem isso. Abrem um brinquedo, dão-lhe outro significado, usam-no como se criassem algo de novo.”
7. “As coisas muito lindas assustam um bocadinho, como se não as merecêssemos e seja pecado olhar para elas. É por isso que tudo quanto é feio parece que nos dá força.”
8. “Um irmão que morre fecha a porta da infância para sempre.”

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