Na sala de professores, o ambiente estava marcado pelo texto que alguém afixara num dos placards. Era fotocópia de um artigo vindo a lume recentemente num jornal diário, em que o cronista (?) despejava o seu fel sobre os professores, em linguagem caceteira e de malcriadez. Na verdade, a linguagem usada confirma o estatuto de criação e de respeito que o dito autor merece e mais comentários não são para aqui chamados, porque a prosa da dita fotocópia os não merece e porque, como diz o ditado… “o bom julgador por si se julga”.
Obviamente, sabemos que há quem não apoie as causas que os professores têm apontado, seja por fidelidade à estrutura partidária (ou a quem a dirige), seja por convicção, seja mesmo por ter traumas acumulados quanto a professores e à escola, seja por alinhar sempre no grupo dos que protestam contra a parte social do Estado e a sua organização. Mas isso não determina o universo, sabemo-lo. E aceitarmos que uma prosa de fel e vinagre pretenda condicionar a moral, a consciência e o profissionalismo docentes… é dar demasiado crédito a quem o não merece.
Obviamente, sabemos que há quem não apoie as causas que os professores têm apontado, seja por fidelidade à estrutura partidária (ou a quem a dirige), seja por convicção, seja mesmo por ter traumas acumulados quanto a professores e à escola, seja por alinhar sempre no grupo dos que protestam contra a parte social do Estado e a sua organização. Mas isso não determina o universo, sabemo-lo. E aceitarmos que uma prosa de fel e vinagre pretenda condicionar a moral, a consciência e o profissionalismo docentes… é dar demasiado crédito a quem o não merece.
Na verdade, há que olhar para quem connosco reflecte sobre a causa da educação sem demagogia, mas com o espírito de dúvida, de análise e de respeito que a causa merece, mesmo que não estejam na nossa linha. Esses merecem ser divulgados por nós, merecem a nossa abertura, mesmo para que a conversa e a discussão enriqueçam, mesmo para que a educação vença, mesmo para que a cidadania saia valorizada. Já se viu que só assim se podem conseguir consensos e partilhas. O resto, o que passa pelo atirar contínuo de pedras, só serve para alargar o fosso em que há quem quer que a gente caia. E por aí não devemos ir. Deixe-se o canto de sereia da cacetada para quem com ela se coça!
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