“- Adieu, dit le renard. Voici mon secret. Il est très simple: on ne voit bien qu’avec le cœur. L’essentiel est invisible pour les yeux.
- L’essentiel est invisible pour les yeux, répéta le petit prince, afin de se souvenir.
- C’est le temps que tu as perdu pour ta rose qui fait ta rose si importante.
- C’est le temps que j’ai perdu pour ma rose… fit le petit prince, afin de se souvenir.
- Les hommes ont oublié cette vérité, dit le renard. Mais tu ne dois pas l’oublier. Tu deviens responsable pour toujours de ce que tu as apprivoisé. Tu es responsable de ta rose…
- Je suis responsable de ma rose… répéta le petit prince, afin de se souvenir.”
Esta é, talvez, uma das passagens mais bonitas da obra mais divulgada de Antoine de Saint-Exupéry (1900-1944), Le Petit Prince, publicada em 1943. Trouxe para aqui este excerto por essa razão e também porque os jornais de hoje falam de como foi o final de Saint-Exupéry, uma vez que, até aqui, se sabia que tinha levantado voo da Córsega, em 31 de Julho de 1944 , e dele não houve regresso. Transcrevo a notícia do Público.
«Ex-piloto alemão reconhece ter matado Saint-Exupéry - Um antigo piloto alemão, Horst Rippert, reconheceu ter sido o autor dos disparos que abateram o avião de Antoine de Saint-Exupéry em 1944 sobre o Mediterrâneo. Não sabia quem pilotava o aparelho. "Foi só depois que soube que era Saint-Exupéry. Esperava que não tivesse sido ele, porque na nossa juventude todos tínhamos lido os seus livros e adorávamo-lo", declarou ao jornal francês La Provence, que investigou o caso. O autor do Principezinho, a mais conhecida das suas obras, traduzida para mais de cem idiomas, foi abatido a 31 de Julho de 1944. Descolara na sua base na Córsega para uma missão de reconhecimento a bordo de um avião Lightning P38. Era um piloto experimentado. Não voltou à pista. O corpo do aviador francês nunca foi encontrado. Em 1998, um pescador achou entre as suas redes uma pulseira que lhe pertenceu. Seis anos depois, os restos do seu avião foram encontrados em frente à costa de Marselha. Mas nunca se esclareceu o caso. "Podem deixar de o procurar. Fui eu quem abateu Saint-Exupéry", dis-se o piloto alemão, hoje com 88 anos, quando foi referenciado pelos investigadores do jornal francês. Horst Rippert estava há duas semanas de serviço no Sul da costa francesa, quando naquela manhã viu o Lightning e se dirigiu para ele. Perseguiu-o e disparou contra ele vários tiros. Reparou no avião a cair mas não se inteirou do que acontecera ao piloto.»
- L’essentiel est invisible pour les yeux, répéta le petit prince, afin de se souvenir.
- C’est le temps que tu as perdu pour ta rose qui fait ta rose si importante.
- C’est le temps que j’ai perdu pour ma rose… fit le petit prince, afin de se souvenir.
- Les hommes ont oublié cette vérité, dit le renard. Mais tu ne dois pas l’oublier. Tu deviens responsable pour toujours de ce que tu as apprivoisé. Tu es responsable de ta rose…
- Je suis responsable de ma rose… répéta le petit prince, afin de se souvenir.”
Esta é, talvez, uma das passagens mais bonitas da obra mais divulgada de Antoine de Saint-Exupéry (1900-1944), Le Petit Prince, publicada em 1943. Trouxe para aqui este excerto por essa razão e também porque os jornais de hoje falam de como foi o final de Saint-Exupéry, uma vez que, até aqui, se sabia que tinha levantado voo da Córsega, em 31 de Julho de 1944 , e dele não houve regresso. Transcrevo a notícia do Público.
«Ex-piloto alemão reconhece ter matado Saint-Exupéry - Um antigo piloto alemão, Horst Rippert, reconheceu ter sido o autor dos disparos que abateram o avião de Antoine de Saint-Exupéry em 1944 sobre o Mediterrâneo. Não sabia quem pilotava o aparelho. "Foi só depois que soube que era Saint-Exupéry. Esperava que não tivesse sido ele, porque na nossa juventude todos tínhamos lido os seus livros e adorávamo-lo", declarou ao jornal francês La Provence, que investigou o caso. O autor do Principezinho, a mais conhecida das suas obras, traduzida para mais de cem idiomas, foi abatido a 31 de Julho de 1944. Descolara na sua base na Córsega para uma missão de reconhecimento a bordo de um avião Lightning P38. Era um piloto experimentado. Não voltou à pista. O corpo do aviador francês nunca foi encontrado. Em 1998, um pescador achou entre as suas redes uma pulseira que lhe pertenceu. Seis anos depois, os restos do seu avião foram encontrados em frente à costa de Marselha. Mas nunca se esclareceu o caso. "Podem deixar de o procurar. Fui eu quem abateu Saint-Exupéry", dis-se o piloto alemão, hoje com 88 anos, quando foi referenciado pelos investigadores do jornal francês. Horst Rippert estava há duas semanas de serviço no Sul da costa francesa, quando naquela manhã viu o Lightning e se dirigiu para ele. Perseguiu-o e disparou contra ele vários tiros. Reparou no avião a cair mas não se inteirou do que acontecera ao piloto.»
Rippert, que trabalhou na televisão alemã ZDF, contou ao jornal La Provence o momento que foi fatal para Saint-Euxpéry: : "Après l’avoir suivi, je me suis dit, mon gars, si tu ne fous pas le camp, je vais te canarder. J'ai plongé dans sa direction et j'ai tiré, non pas sur le fuselage, mais sur les ailes. Je l’ai touché. Le zinc s’est abîmé. Droit dans l’eau. Il s’est écrasé en mer. Personne n’a sauté. Le pilote, je ne l’ai pas vu. J’ai appris quelques jours après que c’était Saint-Exupéry. J’ai espéré, et j’espère toujours, que ce n’était pas lui. Dans notre jeunesse, nous l’avions tous lu, on adorait ses bouquins. Il savait admirablement décrire le ciel, les pensées et les sentiments des pilotes. Son œuvre a suscité la vocation de nombre d’entre nous. J’aimais le personnage. Si j’avais su, je n’aurais pas tiré. Pas sur lui."
[foto a partir de O Principezinho (Lisboa: Editora Caravela, 1994)]
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