Escreve Manuel Alegre hoje no seu blogue: "A ida da polícia a várias escolas em vésperas de uma manifestação nacional de professores tem de ser rapida e cabalmente esclarecida. É preciso saber quem foi, quem mandou e para quê. Não bastam explicações administrativas, exige-se uma resposta política de acordo com a tradição democrática do Partido Socialista e sem transferência de responsabilidades de cima para baixo. Caso contrário, algo não estará certo nesta democracia, pela qual somos todos responsáveis. Sobretudo aqueles que por ela lutaram e aqueles a quem, como aos órgãos de soberania e, em especial, ao senhor Presidente da República, cabe garantir os direitos e liberdades dos cidadãos."
De acordo com notícias divulgadas no Público, «a PSP visitou anteontem várias escolas do país perguntando quantos professores iriam aderir à manifestação de amanhã. (...) Ontem, ao início da noite, a PSP sustentou que quis apenas “garantir a segurança dos manifestantes” e, pouco tempo depois, o próprio Rui Pereira anunciava a abertura de um processo de averiguações.»
Já há tempos tinha havido uma situação parecida por causa de uma manifestação que iria ter lugar em local que o Primeiro-Ministro iria visitar. O argumento foi também o da segurança. Nesse caso, poder-se-ia perceber... era local, as forças de segurança estavam preocupadas...
Mas agora? Andar pelo país, aqui e ali, sabendo junto das escolas quantos irão participar numa manifestação em Lisboa, com base nas garantias da segurança dos manifestantes? Sempre foi assim?
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