Porreiro!
No final de conferência de imprensa sobre o acordo europeu quanto ao Tratado, ocorrida em Lisboa, o Primeiro-Ministro português não escondeu a sua satisfação, captada pelos microfones, concluindo a despedida com um "porreiro, pá", que, supostamente, não era para ser ouvido em público, muito menos difundido.
Mas saudemos esta tirada comunicativa do Primeiro-Ministro pelo que ela revela de genuinidade, de satisfação e de prazer. E ainda por uma outra razão: desta forma, o Primeiro-Ministro provou ao país que sente e fala como qualquer outro português comum e que, afinal, tem um quadro alargado de referências, que vai muito além da "globalização", da "tecnologia", do "combate", da "competitividade", da "competência", da "excelência" e da "ambição" que caracterizam os seus discursos, sempre servidos com a mesma grelha e com as mesmas entradas, ainda que abordando assuntos diferentes. Porreiro, pá!
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