Ouvi na manhã de hoje, na Antena 1, excerto de uma entrevista do Secretário de Estado Adjunto e da Educação Jorge Pedreira defendendo a criação de um pacto para a educação entre toda a sociedade, aí incluindo escolas, professores, famílias, sindicatos, autarquias e Ministério. Mais disse que esse pacto deveria ser "implícito" e não formal, partindo um pouco da boa vontade de todos os intervenientes para assumirem o rumo e o seu papel na educação.
O que me ficou foi isto, de tal forma Jorge Pedreira insistiu nesta ideia de pacto e nos seus intervenientes. Obviamente, não sei se será possível fazer convergir tantas boas vontades. De pacto para a educação já se fala há muito tempo e sempre ele foi visto como necessário, aconselhável, mas... inexistente. Na prática, como poderemos todos partir para tão generosa ideia depois de todo o clima que tem sido criado em torno das escolas e dos professores, clima que tem sido acinzentado pelo próprio Ministério da Educação e por outros políticos? Sem querer promover juízos de valor, estaremos perante a consciência de que a educação não é uma "coisa" que se possa resolver sem parceiros? E porquê só agora esta ideia? Não deveria ela ser transversal à política educativa? Ou será esta ideia uma consequência do discurso presidencial do 5 de Outubro, um pouco para justificar que esse discurso foi um incentivo para o Governo, como , na altura, quis acentuar o Primeiro-Ministro?
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