O novo "Estatuto do Aluno"
Está acelerado na forja e os alunos vão saber que há uma coisa chamada “faltas” que, com alguma habilidade, podem ser contornadas, mesmo que resultem de efeitos disciplinares. O caso do novo “Estatuto do Aluno” ainda não está terminado, mas a imprensa vai já anunciando, como acontece no Público de hoje, que “faltas injustificadas deixam de ter consequências”. Já o Jornal de Notícias de ontem abordava a questão, deixando a opinião socialista: «Os deputados do PS repetiram até à exaustão que excluir alunos não se coaduna com o princípio de escola inclusiva que defendem. Seria "remetê-los para a escola da rua", afirmou Odete João». No Público de hoje, os argumentos são repetidos: «Às denúncias públicas de que os socialistas pretendem camuflar, a ulteriori, os números do abandono e do insucesso escolar, o PS defende-se, argumentando que quer "uma escola pública inclusiva", dando nova oportunidade de aprendizagem aos alunos que queiram regressar à escola e que não os exclua "por conta, apenas, de um determinado número de faltas". Para o grupo parlamentar do PS, "o objectivo deve ser o combate ao absentismo, reagindo imediatamente à ausência do aluno da escola, cativando-o para o estudo e para o seu rápido regresso".»
Será que, na avaliação dos deputados, a escola pública não tem praticado a inclusão, não tem tentado “cativar” os alunos? Ou estar-se-á a atirar para cima da escola um mais vasto problema que exige para a sua resolução que haja mais actores responsáveis que também se saibam incluir na escola? Ou, mais uma vez, a responsabilidade será apenas dos professores?
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