Dois contributos importantes para a divulgação e leitura da obra de Bocage estão disponíveis para os interessados: o terceiro volume da sua “Obra completa” e um cd que reúne uma antologia de poemas vários.
Quanto à obra completa, é um projecto que está em publicação, inserido na colecção “Obras clássicas da literatura portuguesa – século XVIII”, apoiada pelo Instituto Português do Livro e das Bibliotecas. Saíram já quatro volumes da obra bocagiana, a cargo de Caixotim Edições – o 1º, o 2º, o 7º e, agora, o 3º. Neste último, estão reunidos “apólogos ou fábulas morais, epigramas, poesia sobre mote, poesia anacreôntica, endechas, elegias e epicédios”. O projecto da obra completa de Bocage está a cargo de Daniel Pires, que, na introdução a este volume o apresenta nos seguintes termos: “revela-nos algumas personalidades tutelares na formação de Bocage: Sócrates, Ovídio, Horácio, Tasso e Parny, autor por ele particularmente imitado ou traduzido. Indicia a sua vinculação à maçonaria, sendo dois correligionários por ele homenageados: Anselmo da Cruz Sobral numa elegia e, indirectamente, Gregório Freire Carneiro em ‘Aos Felicíssimos Anos da Senhora D. Maria do Carmo’, sua mulher. Como é do domínio público, o escritor pertenceu à loja ‘Fortaleza’, na qual adoptou Lucrécio como nome simbólico. Esta sua opção não foi arbitrária: evocou um poeta latino, com uma sólida formação filosófica, cuja obra De Rerum Natura faz a apologia da Razão, combate o fanatismo religioso, constituindo, assim, uma referência recorrente dos libertinos franceses”. A propósito, o mais recente estudo sobre as ligações de Bocage à maçonaria é Bocage Maçon, de Jorge Morais [Via Occidentalis Editora, 2007].
A edição da obra completa bocagiana por Daniel Pires (em publicação desde 2004) constitui a quarta vez que foram reunidos os trabalhos do poeta sadino, depois que o fizeram Inocêncio Francisco da Silva (em 1853), Teófilo Braga (em 1875) e uma equipa coordenada por Hernâni Cidade (entre 1969 e 1973, sob o título de Opera Omnia).
O segundo contributo recente para a divulgação da obra bocagiana é o cd intitulado Perscrutando a inquietude, editado pelo Centro de Estudos Bocageanos, apresentado ontem em Setúbal. Reunindo quarenta poemas seleccionados por Daniel Pires e ditos por José Nobre (actor do TAS – Teatro Animação de Setúbal), o ouvinte pode iniciar-se ou apenas visitar algumas linhas da poesia bocagiana: a vertente lírica, o erotismo, a autobiografia, a sátira, a intervenção social. Os poemas têm acompanhamento musical de Rui Serôdio e a capa é do pintor Vasco San Payo.
Quanto à obra completa, é um projecto que está em publicação, inserido na colecção “Obras clássicas da literatura portuguesa – século XVIII”, apoiada pelo Instituto Português do Livro e das Bibliotecas. Saíram já quatro volumes da obra bocagiana, a cargo de Caixotim Edições – o 1º, o 2º, o 7º e, agora, o 3º. Neste último, estão reunidos “apólogos ou fábulas morais, epigramas, poesia sobre mote, poesia anacreôntica, endechas, elegias e epicédios”. O projecto da obra completa de Bocage está a cargo de Daniel Pires, que, na introdução a este volume o apresenta nos seguintes termos: “revela-nos algumas personalidades tutelares na formação de Bocage: Sócrates, Ovídio, Horácio, Tasso e Parny, autor por ele particularmente imitado ou traduzido. Indicia a sua vinculação à maçonaria, sendo dois correligionários por ele homenageados: Anselmo da Cruz Sobral numa elegia e, indirectamente, Gregório Freire Carneiro em ‘Aos Felicíssimos Anos da Senhora D. Maria do Carmo’, sua mulher. Como é do domínio público, o escritor pertenceu à loja ‘Fortaleza’, na qual adoptou Lucrécio como nome simbólico. Esta sua opção não foi arbitrária: evocou um poeta latino, com uma sólida formação filosófica, cuja obra De Rerum Natura faz a apologia da Razão, combate o fanatismo religioso, constituindo, assim, uma referência recorrente dos libertinos franceses”. A propósito, o mais recente estudo sobre as ligações de Bocage à maçonaria é Bocage Maçon, de Jorge Morais [Via Occidentalis Editora, 2007].
A edição da obra completa bocagiana por Daniel Pires (em publicação desde 2004) constitui a quarta vez que foram reunidos os trabalhos do poeta sadino, depois que o fizeram Inocêncio Francisco da Silva (em 1853), Teófilo Braga (em 1875) e uma equipa coordenada por Hernâni Cidade (entre 1969 e 1973, sob o título de Opera Omnia).
O segundo contributo recente para a divulgação da obra bocagiana é o cd intitulado Perscrutando a inquietude, editado pelo Centro de Estudos Bocageanos, apresentado ontem em Setúbal. Reunindo quarenta poemas seleccionados por Daniel Pires e ditos por José Nobre (actor do TAS – Teatro Animação de Setúbal), o ouvinte pode iniciar-se ou apenas visitar algumas linhas da poesia bocagiana: a vertente lírica, o erotismo, a autobiografia, a sátira, a intervenção social. Os poemas têm acompanhamento musical de Rui Serôdio e a capa é do pintor Vasco San Payo.
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