Visitas de estudo na Escola são novidade?
Há dias, uma colega professora andava na Sala de Professores a abordar outros colegas no sentido de obter alguns interessados em acompanhar várias turmas numa saída para visita a uma exposição, com objectivos enquadrados na leccionação. Com algum custo, lá conseguiu o número de docentes necessários para acompanhar as turmas envolvidas. Ao presenciar esta tarefa de “recrutamento”, ainda que através de convite ou de pedido, de professores para acompanhar uma visita de estudo, lembrei-me do que outro colega me dissera há uns tempos: “Eu promover uma visita de estudo?! Não, senhor. A propósito das matérias, digo aos alunos o que há para ver aqui ou ali e recomendo-lhes que convençam os pais a partirem nessa descoberta. Agora, eu… ir acompanhar os alunos no exterior, preparar essa saída, ter de deixar planos de aula para os meus alunos de outras turmas que cá ficam e, nalguns casos, ter de compensar as aulas… Não!”
As duas situações brevemente apresentadas são reais e poderão ter lugar em muitas escolas. Foi o que se arranjou depois de ter sido passada a ideia de que os professores eram seres para estarem dentro das escolas, com normativos e ditos a preceito.
Sempre organizei e participei em visitas de estudo, mas as condições que têm sido impostas desmotivam a sua organização. Tenho experiências interessantes nas visitas, mesmo porque já me confrontei várias vezes com alunos que, a não serem aquelas saídas, só conheciam o caminho de casa para a escola e vice-versa, nem conhecendo a cidade que fica a pouco mais de 30 quilómetros. Tem-se procurado assim levar os alunos aos museus, à paisagem, ao mundo que se estuda. Mas as dificuldades mostram-se, não por parte de cada escola, mas por parte das normas que superiormente vão chegando. Daí que compreenda muito bem o que subjaz a cada uma das posições que comecei por relatar.
Mas… parece que tudo vai ficar resolvido. No início da tarde, a edição na net do Público, anunciava que o “Governo quer estimular visitas de estudo a espaços culturais próximos das escolas”, tal como defendeu a Ministra da Educação na abertura da Conferência Nacional de Educação Artística. Segundo a Ministra, as visitas de estudo a museus e espaços culturais próximos "é uma prática que muitas escolas já adoptaram” e que “importa generalizar". E continua a notícia: «A ministra da Educação entende que essa é uma prática que depende sobretudo da organização da escola. "O Governo pode apontar esse objectivo ou essa meta e dar as condições para que se atinjam, mas temos de respeitar a autonomia das escolas na organização das suas actividades pedagógicas é isso que faremos, ou seja, estimularemos as escolas para que cumpram esse objectivo", frisou.»
Mas… haverá aqui alguma novidade? Por vezes, fico surpreendido com algumas declarações de responsáveis por darem a entender que o mundo só começa a sua rota quando esses responsáveis chegam aos lugares. Há já literatura qb sobre as visitas de estudo, há muita prática de visitas de estudo nas escolas, há roteiros e propostas para visitas de estudo, há trabalho dos professores envolvido na organização das visitas de estudo… Então qual a novidade agora apresentada? Ou a notícia não diz ou não é nenhuma…
As duas situações brevemente apresentadas são reais e poderão ter lugar em muitas escolas. Foi o que se arranjou depois de ter sido passada a ideia de que os professores eram seres para estarem dentro das escolas, com normativos e ditos a preceito.
Sempre organizei e participei em visitas de estudo, mas as condições que têm sido impostas desmotivam a sua organização. Tenho experiências interessantes nas visitas, mesmo porque já me confrontei várias vezes com alunos que, a não serem aquelas saídas, só conheciam o caminho de casa para a escola e vice-versa, nem conhecendo a cidade que fica a pouco mais de 30 quilómetros. Tem-se procurado assim levar os alunos aos museus, à paisagem, ao mundo que se estuda. Mas as dificuldades mostram-se, não por parte de cada escola, mas por parte das normas que superiormente vão chegando. Daí que compreenda muito bem o que subjaz a cada uma das posições que comecei por relatar.
Mas… parece que tudo vai ficar resolvido. No início da tarde, a edição na net do Público, anunciava que o “Governo quer estimular visitas de estudo a espaços culturais próximos das escolas”, tal como defendeu a Ministra da Educação na abertura da Conferência Nacional de Educação Artística. Segundo a Ministra, as visitas de estudo a museus e espaços culturais próximos "é uma prática que muitas escolas já adoptaram” e que “importa generalizar". E continua a notícia: «A ministra da Educação entende que essa é uma prática que depende sobretudo da organização da escola. "O Governo pode apontar esse objectivo ou essa meta e dar as condições para que se atinjam, mas temos de respeitar a autonomia das escolas na organização das suas actividades pedagógicas é isso que faremos, ou seja, estimularemos as escolas para que cumpram esse objectivo", frisou.»
Mas… haverá aqui alguma novidade? Por vezes, fico surpreendido com algumas declarações de responsáveis por darem a entender que o mundo só começa a sua rota quando esses responsáveis chegam aos lugares. Há já literatura qb sobre as visitas de estudo, há muita prática de visitas de estudo nas escolas, há roteiros e propostas para visitas de estudo, há trabalho dos professores envolvido na organização das visitas de estudo… Então qual a novidade agora apresentada? Ou a notícia não diz ou não é nenhuma…
Sem comentários:
Enviar um comentário