Queimando o véu dos séculos futuros
O vate, aceso em divinais luzeiros,
Assim cantou (e aos ecos pregoeiros
Exultaram, Sião, teus sacros muros):
"O Justo descerá dos astros puros
Em deleitosos, cândidos chuveiros;
As feras dormirão com os cordeiros,
Suarão doce mel carvalhos duros;
A Virgem será mãe; vós dareis flores,
Brenhas intonsas, em remotos dias;
Porás fim, torva guerra, a teus horrores..."
Não, não sonho o altíssimo Isaías;
Ó reis, ajoelhai, correi, pastores!
Eis a prole do Eterno, eis o Messias!
Bocage (séc. XVIII), com foto do presépio da Igreja do Monte da Virgem (Gaia), em 2006
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