O que têm em comum nomes como Bocage, António Maria Eusébio (o poeta “Calafate”, de Setúbal), António Aleixo, Natália Correia e Luiz Pacheco? O que pode unir os nomes cujos atributos são, respectivamente, “especialista do tema erótico, pornográfico”, “poeta pobre, analfabeto e cantador de improviso”, autor que “com a quadra popular supera muito erudito”, “mulher ousada e adulta” e “mestre da libertinagem do jocoso e do grotesco da vida de vadiagem”? Aos cinco é dedicado o livro Erótica Pornográfica, de J. J. Sobral (pseudónimo), saído em Setúbal por finais de Novembro.
O livro divide-se em seis partes, construídas sobre quadras, trazendo para os textos os temas habitualmente tratados nos designados livros sobre a vida sexual (o corpo, as práticas, as técnicas, os sentidos, o desejo).
O título do livro assentou nos dois qualificativos, deixando ao leitor a hipótese de escolha para classificar a temática que por ele perpassa. No entanto, ao longo das perto de mil estrofes, a tendência é para o segundo adjectivo, num esforço de uma acentuada descrição dos prazeres, fortemente marcada pela visão a partir do género masculino, com escassa margem para o que poderia ser uma metáfora da sexualidade.
O primeiro conjunto de quadras, em jeito de prefácio, intitulado “Advertência”, não deixa dúvidas quanto à linguagem usada e aos assuntos tratados, lembrando ao leitor ser este um livro que não vai atrás das experiências ou das efusões líricas, porque “é de sexo que se fala” e porque “nele não são encontradas / imagens, ilustrações / mas apenas as palavras / que fazem as descrições”.
A capa anterior usa o círculo vermelho no canto superior direito, em forma de aviso ou de sátira; a capa posterior reproduz uma quadra da “Advertência” inicial para os leitores menos avisados: “A quem for mais vulnerável / Pode o livro causar danos / Sendo desaconselhável / Antes dos dezoito anos.”
O livro divide-se em seis partes, construídas sobre quadras, trazendo para os textos os temas habitualmente tratados nos designados livros sobre a vida sexual (o corpo, as práticas, as técnicas, os sentidos, o desejo).
O título do livro assentou nos dois qualificativos, deixando ao leitor a hipótese de escolha para classificar a temática que por ele perpassa. No entanto, ao longo das perto de mil estrofes, a tendência é para o segundo adjectivo, num esforço de uma acentuada descrição dos prazeres, fortemente marcada pela visão a partir do género masculino, com escassa margem para o que poderia ser uma metáfora da sexualidade.
O primeiro conjunto de quadras, em jeito de prefácio, intitulado “Advertência”, não deixa dúvidas quanto à linguagem usada e aos assuntos tratados, lembrando ao leitor ser este um livro que não vai atrás das experiências ou das efusões líricas, porque “é de sexo que se fala” e porque “nele não são encontradas / imagens, ilustrações / mas apenas as palavras / que fazem as descrições”.
A capa anterior usa o círculo vermelho no canto superior direito, em forma de aviso ou de sátira; a capa posterior reproduz uma quadra da “Advertência” inicial para os leitores menos avisados: “A quem for mais vulnerável / Pode o livro causar danos / Sendo desaconselhável / Antes dos dezoito anos.”
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