segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Educação Sexual

Do relatório sobre o “Comportamento Sexual dos Adolescentes Portugueses” (orientado por Margarida Gaspar de Matos, da Faculdade de Motricidade Humana da Universidade Técnica de Lisboa), que contribuirá para o “Health Behaviour in School-Aged Children” (da Organização Mundial de Saúde), resultando de inquérito aplicado a 4877 jovens em 2006 (o anterior tinha sido em 2002, com 6131 Jovens), ressaltam algumas conclusões:
- 9% acham que as pessoas infectadas deveriam viver à parte do resto da população
- 66% não se importariam de se sentar ao lado de um colega infectado (70,8%, em 2002)
- 80,6% visitariam um amigo que estivesse infectado (83,9%, em 2002)
- 60% concordam que a um jovem infectado seja permitido frequentar a escola
- 7% confessam que deixariam de ser amigos de uma pessoa infectada
- 9,3% declaram que as pessoas doentes deveriam viver à parte do resto da população
Segundo o Público de ontem, há ainda outros dados importantes: “De 2002 para 2006 verifica-se que diminuiu o número dos que afirmam que uma pessoa pode ficar infectada se usar uma agulha ou seringa já utilizada (o valor caiu de 94,1 para 89,8 por cento); que se pode ficar infectado tendo relações sexuais sem usar preservativo com alguém que esteja doente (de 87,9 para 86,7); e que uma mulher com o vírus, se estiver grávida, o seu bebé pode ficar infectado (de 89 para 80,2). Por outro lado, aumenta o número de jovens que acreditam que é possível ficarem infectados se abraçarem alguém com o HIV (de 3,1 para 5,5 por cento) ou que, se essa pessoa tossir ou espirrar perto de outras, pode contagiá-las (12,2 para 13,9 por cento). Há ainda quem diga que a pílula pode proteger do vírus (de 9,8 para 11,3).
Do ponto de vista da tolerância, da saúde pública, da educação sexual e da informação, as coisas não estão a melhorar, pois. Preocupante!

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