O Primeiro-Ministro acha que a cimeira entre a África e a União Europeia ficará na História. Daqui a uns dias, quando for a assinatura do "Tratado" pelos dirigentes políticos europeus em Lisboa, esse constituirá, por certo, outro momento para a História. No entanto, a História é feita pelo tempo, ainda que os homens sejam os seus actores. No entanto, Mário Soares, um homem habituado a "tratados" e a questões europeias, disse em Coimbra sobre este "Tratado" que ele "não é muito especial", que é "muito confuso", que "nem é pequeno nem é claro" e que "é o mais confuso possível".
Vai valer a pena esperar para se saber se a História vai dar importância a qualquer uma destas coisas ou se isto não serão apenas encontros de políticos, que, esses sim, podem ficar no rol das "petites histoires" da História...
As dúvidas de Soares podem ser um aviso para o deslumbramento do tal lugar na História. E podem também constituir uma razão para se perceber que a Europa não pode apenas ser uma questão de corredores em Bruxelas, em Estrasburgo ou em qualquer outro lugar do planeta (incluindo Lisboa) pelos quais só andam alguns dos seus (privilegiados) cidadãos. Obviamente, um "Tratado" confuso não contribui para que os europeus se integrem nessa Europa...
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