Ofício de Poeta
"O ofício de poeta, ofício que não se aprende, consiste em colocar os objectos do mundo visível, tornados invisíveis pela força do hábito, numa posição insólita capaz de perturbar o olhar da alma e de lhe conferir uma carga trágica. É algo que tem a ver com o desejo de comprometer a realidade, de a apanhar em falso, de a encher subitamente de luz e de a obrigar a confessar o que está por detrás dela."
Jean Cocteau, La mort et les statues (1946)
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