DIÁRIO DA AUTO-ESTIMA – 70
Escola I – A Escola tem andado nas bocas do mundo, um pouco como consequência da conjugação da publicação dos “rankings”, da aprovação do “Estatuto do Aluno” e da avaliação de professores. Se este último aspecto tem sido centrado quase exclusivamente nas discussões entre docentes, já os outros dois têm tomado tempo e reflexão a variadíssimos intervenientes. O que mais aflige no meio de tudo o que tem sido dito é o facto de a Escola estar a ser vista apenas como um conjunto de números, fáceis de trabalhar estatisticamente e podendo essas análises servir interesses plurais e diversos, ficando-se muitas vezes a pensar que é esquecido o aspecto mais importante da Escola: é que lá estão pessoas, todas a trabalhar no âmbito da formação e dos valores humanistas, devendo haver regras claras quanto aos deveres e direitos de cada um, não podendo a Escola dar o exemplo da prevaricação. Nos tempos da globalização (desejada umas vezes, imposta a martelo e com cantos de sereia noutras ocasiões), seria útil que a Escola fosse um espaço de respiração, de humanismo, de formação, de aprendizagem, de cidadania, algo bem diferente daquilo para que parece estarem sempre a tentar empurrá-la.
Escola II – O abandono e a disciplina escolar e o caso dos “repetentes” andam também em discussão na vizinha Espanha e o jornal El País deixou a pergunta na sua versão on-line: “Cómo resolverías la situación de deterioro escolar y el aumento de repetidores?” Entre 2 e 11 de Novembro, houve 78 respostas, sendo insignificante a quantidade de respostas que preferiu opinar sobre outras coisas que não o objecto da pergunta. Talvez a discussão de lá não tenha grandes diferenças relativamente à de cá: a autoridade para os professores, a reorganização do sistema educativo, a responsabilização dos pais, a educação, a educação, a educação e também algum humor à mistura. Ficam algumas respostas a merecer o nosso olhar: “um pouco de mão dura e autoridade do professor e uma grande colaboração dos pais”, “educando primeiramente os pais”, “educando os jovens na filosofia do esforço, para que olhem como os seus pais lutam duramente nada lhes sendo oferecido e para que pensem que vale a pena trabalhar para ter cultura e trabalho”, “mais autoridade dos professores e fazer os pais responsáveis subsidiários dos actos dos filhos menores”, “impondo disciplina, disciplina e mais disciplina escolar e pedindo responsabilidades aos pais indisciplinados e a todos os que não respeitem o professorado”, “começando por reduzir o número de alunos por turma e não construindo guetos”, “ensinando às crianças o sentido da responsabilidade, convencendo os pais de que têm que educar os seus filhos, baixando o número de alunos por turma”, “com menos férias, dias livres, passeios e actividades extracurriculares e mais estudo e trabalho”, “estudar é cumprir um dever, que sempre tem esforço, e aprender divertindo-se é uma tonteria, embora quem estude acabe por apreciar o que faz e se sinta bem”, “não deixando as crianças à sua conta, compensando com prendas a falta de convivência”, “à maneira espanhola, isto é, diminuindo o nível necessário para ter aprovação em cada disciplina e deixando passar todos os alunos para o ano seguinte”, “com mais atenção em casa, mais respeito pelos professores, menos dinheiro, automóveis, motas, roupas de marca, em suma, os jovens devem saber o que custam as coisas para as valorizarem” e “despolitizando o ensino”.
Escola II – O abandono e a disciplina escolar e o caso dos “repetentes” andam também em discussão na vizinha Espanha e o jornal El País deixou a pergunta na sua versão on-line: “Cómo resolverías la situación de deterioro escolar y el aumento de repetidores?” Entre 2 e 11 de Novembro, houve 78 respostas, sendo insignificante a quantidade de respostas que preferiu opinar sobre outras coisas que não o objecto da pergunta. Talvez a discussão de lá não tenha grandes diferenças relativamente à de cá: a autoridade para os professores, a reorganização do sistema educativo, a responsabilização dos pais, a educação, a educação, a educação e também algum humor à mistura. Ficam algumas respostas a merecer o nosso olhar: “um pouco de mão dura e autoridade do professor e uma grande colaboração dos pais”, “educando primeiramente os pais”, “educando os jovens na filosofia do esforço, para que olhem como os seus pais lutam duramente nada lhes sendo oferecido e para que pensem que vale a pena trabalhar para ter cultura e trabalho”, “mais autoridade dos professores e fazer os pais responsáveis subsidiários dos actos dos filhos menores”, “impondo disciplina, disciplina e mais disciplina escolar e pedindo responsabilidades aos pais indisciplinados e a todos os que não respeitem o professorado”, “começando por reduzir o número de alunos por turma e não construindo guetos”, “ensinando às crianças o sentido da responsabilidade, convencendo os pais de que têm que educar os seus filhos, baixando o número de alunos por turma”, “com menos férias, dias livres, passeios e actividades extracurriculares e mais estudo e trabalho”, “estudar é cumprir um dever, que sempre tem esforço, e aprender divertindo-se é uma tonteria, embora quem estude acabe por apreciar o que faz e se sinta bem”, “não deixando as crianças à sua conta, compensando com prendas a falta de convivência”, “à maneira espanhola, isto é, diminuindo o nível necessário para ter aprovação em cada disciplina e deixando passar todos os alunos para o ano seguinte”, “com mais atenção em casa, mais respeito pelos professores, menos dinheiro, automóveis, motas, roupas de marca, em suma, os jovens devem saber o que custam as coisas para as valorizarem” e “despolitizando o ensino”.
2 comentários:
Escola 1- Também temos, nós mesmos, que fazer alguma auto critica e ,eventualmente, contribuir para esse espaço de humanismo.
O empurrão seria, pelo menos, contrariado.
Escola 2- É a escola global com problemas globais. Todas são razões válidas. Umas mais pertinentes que outras: despolitizem o ensino e eduquem alguns pais.
Um abraço
João Vassalo
Já criei a minha conta.
João Vassalo.
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