O nome do jornalista José Rodrigues dos Santos tem sido, talvez, mais falado por causa de uma entrevista que, em Outubro, concedeu ao Público do que por qualquer um dos vários livros que até hoje publicou. É que, antes de ser autor de alguns "best-sellers", Rodrigues dos Santos foi conhecido pelo grande público graças à sua intervenção televisiva e ao ritmo próprio que imprimiu ao jornalismo televisivo. Nessa altura, Rodrigues dos Santos contribuiu para as fidelizações do público à televisão estatal. Agora, por uma entrevista em que criticou actuações internas, teve inquérito e foi-lhe instaurado processo disciplinar que, ao que o Público de hoje informa, vai num crescendo de extremar posições por parte da RTP, uma vez que "a administração da RTP deu indicações aos responsáveis pela condução jurídica do processo interno contra o jornalista José Rodrigues dos Santos para que o pivô do Telejornal seja demitido custe o que custar". Se isto é verdade, temos um processo disciplinar já com decisão prévia... Mas a notícia do Público faz constar também alguns pormenores que parecem surreais: afinal, parece que é chamada para a alegada intenção de despedimento a falta de passagem de Rodrigues dos Santos por controlos de entrada e saída do edifício - "Na nota de culpa, Rodrigues dos Santos é acusado de ter falhado um dos dois controlos de entradas e saídas no edifício (um de controlo biométrico e outro electrónico, que faz parte do recente controlo de entradas e saídas da RTP) e de ausências temporárias em Setembro e Outubro, que, segundo outros trabalhadores da empresa, serviram para ir almoçar, ir ao dentista e fazer pesquisa para trabalhos e que constituem uma prática normal na empresa entre trabalhadores e directores. O PÚBLICO apurou que José Rodrigues dos Santos está há três semanas a trabalhar sem folgar (o jornalista esteve em reportagem no Curdistão), e na quinta-feira passada terá feito 20 horas seguidas de trabalho. José Rodrigues dos Santos é acusado de ter falhado dois controlos de entradas nas instalações da RTP." Será que tudo isto vai dar mais ingredientes para uma saga romanesca de um próximo título de Rodrigues dos Santos? Sim, porque o romance autobiográfico também pode ser um género a explorar pelo jornalista... e seria interessante ver que papel acabaria reservado a todos os intervenientes nesta bola de neve um pouco escura. A avaliar pelo jeito que Rodrigues dos Santos tem para a caricatura [na foto, o seu auto-retrato a acompanhar uma dedicatória em livro, gesto com que costuma brindar os leitores], o quadro que dali saísse prometeria... Mas sou eu a imaginar!
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