O Público de ontem, só visto agora, traz várias referências à educação. Interessante é ler, para ser tido em muita conta no futuro, o artigo de Joaquim Azevedo sobre os "Rankings 2008", orientado para um outro trabalho por parte do Ministério da Educação no fornecimento de números a propósito das escolas e do sucesso dos alunos, em vez de ser apenas a entrega de números à imprensa para cada qual fazer o "ranking" que mais lhe aprouver. E os princípios de que Joaquim Azevedo parte são fortes e nascem dos arrazoados que se têm apregoado. Eis, então, os cinco princípios para daqui a um ano:
"1) Está a aumentar rapidamente o caudal de efeitos perversos que resultam sobretudo da confusão gerada entre avaliação de resultados de exames e avaliação da qualidade das escolas (...);
2) A erosão que estes rankings estão a provocar sobre a avaliação (ou as representações) da qualidade das escolas públicas estatais em nada interessa à melhoria da educação no nosso país;
3) É possível (...) melhorar a informação à população acerca da qualidade da rede pública de escolas, estatais e privadas, em nome da transparência e da melhoria do desempenho das escolas;
4) A administração educacional (...) pode e deve melhorar muito a informação que é disponibilizada;
5) A informação que interessaria facultar a todos os cidadãos (...) deveria repousar no valor acrescentado de cada escola, ou seja, no valor que cada escola acrescenta aos alunos, entre o momento em que os recebe e o momento em que finalizam os seus cursos."
Depois, é apresentada a sugestão do quadro mais consentâneo com os pretextos de que a análise partiu. Bom seria que esta hipótese de trabalho fosse tida em conta!
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