Viriato Soromenho-Marques, setubalense, de quem sairá ainda neste mês a obra O regresso da América – Que futuro depois do Império? (Lisboa: Esfera do Caos), tem espaço marcado em curta entrevista no Expresso de hoje a propósito do balanço do Conselho Nacional do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, promovido pela Fundação Calouste Gulbenkian. O retrato que Soromenho-Marques traça da sustentabilidade em Portugal não nos favorece, como deixam ver os excertos.
Planear – “O grande problema da sustentabilidade é o planear e executar a longo prazo, o que significa a nossa capacidade para aproveitar bem a energia, as matérias-primas, produzir a menor quantidade possível de resíduos, promover a equidade e a justiça social. No nosso país, com algumas excepções positivas, continuamos a ter da sustentabilidade uma visão onde o longo prazo perde a favor das vantagens comparativas de curto prazo. (…)”
Transportes – “Embora tenhamos uma Estratégia Nacional de Desenvolvimento Sustentável e um discurso oficial sólido e coerente nos compromissos internacionais em matéria de alterações climáticas, (…) continuamos a ter uma política nos transportes que vai no sentido inverso. O nosso plano rodoviário continua a privilegiar as auto-estradas, a prevista terceira travessia do Tejo tem uma valência rodoviária e ferroviária e já se fala na possibilidade de a ferrovia só entrar em funcionamento numa segunda fase, quando deveria ser o contrário. O argumento é muito simples: o comboio não paga portagens. (…)”
Turismo – “(…) O turismo é um sector económico estratégico e uma das razões por que Portugal é visitável é justamente pela sua grande beleza natural (…). Não me parece muito sensato estarmos a construir grandes infra-estruturas turísticas em zonas que pertencem à Rede Natura ou mesmo a parques e áreas protegidas. (…) Alguns investimentos que estão a ser feitos hoje poderão revelar-se no futuro como não sustentáveis.”
Planear – “O grande problema da sustentabilidade é o planear e executar a longo prazo, o que significa a nossa capacidade para aproveitar bem a energia, as matérias-primas, produzir a menor quantidade possível de resíduos, promover a equidade e a justiça social. No nosso país, com algumas excepções positivas, continuamos a ter da sustentabilidade uma visão onde o longo prazo perde a favor das vantagens comparativas de curto prazo. (…)”
Transportes – “Embora tenhamos uma Estratégia Nacional de Desenvolvimento Sustentável e um discurso oficial sólido e coerente nos compromissos internacionais em matéria de alterações climáticas, (…) continuamos a ter uma política nos transportes que vai no sentido inverso. O nosso plano rodoviário continua a privilegiar as auto-estradas, a prevista terceira travessia do Tejo tem uma valência rodoviária e ferroviária e já se fala na possibilidade de a ferrovia só entrar em funcionamento numa segunda fase, quando deveria ser o contrário. O argumento é muito simples: o comboio não paga portagens. (…)”
Turismo – “(…) O turismo é um sector económico estratégico e uma das razões por que Portugal é visitável é justamente pela sua grande beleza natural (…). Não me parece muito sensato estarmos a construir grandes infra-estruturas turísticas em zonas que pertencem à Rede Natura ou mesmo a parques e áreas protegidas. (…) Alguns investimentos que estão a ser feitos hoje poderão revelar-se no futuro como não sustentáveis.”
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