Xico Sá apresenta, na última edição on line de Agulha (Fortaleza: Março-Abril.2008, nº 62) a obra O espelho libertino, de Luiz Pacheco, organizada por Floriano Martins, na colecção "Ponte Velha", (São Paulo: Escrituras Editora, 2007).
Um excerto: "Pacheco sempre conviveu com suas ambições, com seus erros e acertos. Longe dele a idéia de ser um exemplo. Está bem mais para um antiexemplo, considerando a hipocrisia que denuncia com seus textos, a penetrante leitura que faz de assuntos que envolvem, sobretudo, o temperamento do intelectual português. Há sempre um tom de manifesto ou mesmo de escracho em tudo que escreve, como se a todo instante buscasse desmascarar situações veladas. Caberá ao leitor ir se aproximando da torrencialidade da escrita de Luiz Pacheco, de sua sinceridade caudalosa, percebendo nesta aproximação que não se trata do discurso de um meramente descontente ou de um frustrado, mas antes se trata da indignação sempre a postos, de alguém que expõe com exímia lucidez as entranhas agonizantes de uma época."
O retrato não desagradaria a Pacheco, por certo. Já os pormenores biobibliográficos que constam no final do texto o não contentariam, nomeadamente o de o porem a morrer antes do tempo...
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