Tenho a sorte de poder viajar, não tanto como gostaria, mas de o fazer com a regularidade que as minhas parcas possibilidades oferecem. Se detivesse o segredo de Midas não parava, como o judeu errante condenado a jamais se abrigar sob o mesmo tecto duas noites consecutivas. Infelizmente, os mil lugares que teria de visitar antes de morrer, resumem-se a vinte ou trinta cidades, monumentos e ícones considerados relevantes para a humanidade: uma dúzia na Europa, outra meia dúzia em África, uma mão cheia na Ásia Oriental e no Sudeste-Asiático. De fora ficou, sempre, o "Novo Mundo", o qual, para além das pirâmides do México, das construções ciclópicas dos Andes e um ou outro postal da imponente obra da natureza, nunca me seduziu.
Uma boa história, em jeito de fábula dos tempos, sobre a viagem, sobre o mito do Ocidente, sobre a felicidade, sobre a vida, bem contada, à maneira do Miguel. A ler.
[foto a partir de: futurosistemas.net]
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