Diário da Auto-Estima (89)
Magazine Reportagem – Em Sesimbra, apareceu no Verão a Magazine Reportagem, revista de uma dúzia de páginas, consagrada à reportagem fotográfica e escrita, com o lema “o mundo à frente das objectivas”. Acaba de sair o quarto número da publicação, com reportagem sobre o peixe-espada preto, depois de, nos números anteriores, terem aparecido rostos de profissões que quase estão em extinção. Os textos têm sido assinados por Vanessa Pereira e as fotografias são de Rui Cunha, que também assume a direcção da publicação. Para lá do poder da imagem – e algumas surgem bem poderosas –, vale o saber com que as personagens entrevistadas falam, numa linguagem acessível, revelando também a humanidade presente em cada figura. É caso a acompanhar, uma vez que nesta publicação fala o cidadão comum, com saber feito de experiência, que nos vai contando a sua história… ao mesmo tempo que vai fazendo história.
António Matos Fortuna – A freguesia de Quinta do Anjo tem um busto erigido em memória de António Matos Fortuna, historiador local e regional, que teve cerimónia de inauguração no dia 1 de Novembro. É um gesto para a memória (que se faz de gestos e de memórias, claro!). Mas, em torno da importância de António Matos Fortuna, mais acções vão surgir. Quase em simultâneo com a inauguração do busto, foi constituída uma comissão que patrocinará um programa de actividades tendentes à preservação da memória desta figura, que passa pela integração do seu nome na toponímia local, pela edição de um “In Memoriam” e pela criação de um fundo documental, entre outras iniciativas. António Matos Fortuna, falecido em Março deste ano, bem merece que a memória o estime, seja pelo carácter íntegro que possuía, seja pelo que de si deu enquanto cidadão (à comunidade e à paróquia de Quinta do Anjo, como dador de sangue, como professor, como promotor de iniciativas ou como defensor de causas), seja pelo que de si empenhou na investigação sobre a história local (com contributos deixados para a identidade de todas as freguesias do concelho e mesmo para a região de Setúbal).
Escola – Anda triste e preocupada a escola. Há muito tempo gasto em acções que nada têm que ver com os alunos. Há muito ruído e muito silêncio – um e outro comprometedores – em torno do ambiente que tem sido vivido nas escolas. A burocracia arrasta-se cada vez mais, com a construção de grelhas, grelhas e mais grelhas, com as reuniões que pesam no tempo das discussões e que não surgem como indispensáveis para a melhoria dos processos. Sente-se a escola como nunca se sentiu: baixo índice de motivação, muitas preocupações laterais, aparecimento de uma outra ideia do que é ser professor… Anda macambúzia a escola e é pena!
António Matos Fortuna – A freguesia de Quinta do Anjo tem um busto erigido em memória de António Matos Fortuna, historiador local e regional, que teve cerimónia de inauguração no dia 1 de Novembro. É um gesto para a memória (que se faz de gestos e de memórias, claro!). Mas, em torno da importância de António Matos Fortuna, mais acções vão surgir. Quase em simultâneo com a inauguração do busto, foi constituída uma comissão que patrocinará um programa de actividades tendentes à preservação da memória desta figura, que passa pela integração do seu nome na toponímia local, pela edição de um “In Memoriam” e pela criação de um fundo documental, entre outras iniciativas. António Matos Fortuna, falecido em Março deste ano, bem merece que a memória o estime, seja pelo carácter íntegro que possuía, seja pelo que de si deu enquanto cidadão (à comunidade e à paróquia de Quinta do Anjo, como dador de sangue, como professor, como promotor de iniciativas ou como defensor de causas), seja pelo que de si empenhou na investigação sobre a história local (com contributos deixados para a identidade de todas as freguesias do concelho e mesmo para a região de Setúbal).
Escola – Anda triste e preocupada a escola. Há muito tempo gasto em acções que nada têm que ver com os alunos. Há muito ruído e muito silêncio – um e outro comprometedores – em torno do ambiente que tem sido vivido nas escolas. A burocracia arrasta-se cada vez mais, com a construção de grelhas, grelhas e mais grelhas, com as reuniões que pesam no tempo das discussões e que não surgem como indispensáveis para a melhoria dos processos. Sente-se a escola como nunca se sentiu: baixo índice de motivação, muitas preocupações laterais, aparecimento de uma outra ideia do que é ser professor… Anda macambúzia a escola e é pena!
Barreiro – No ano em que passam os cem anos sobre a criação da CUF, tem havido bibliografia qb sobre o assunto. Gostaria de referir um título: Rua do Ácido Sulfúrico, de Jorge Morais (Lisboa: Editorial Bizâncio). É uma forma de contar a história do império a que Alfredo da Silva deu origem: a vida dos operários e dos patrões dentro da CUF, aquilo a que poderíamos chamar a história da cultura CUF, passando pela importância social, pela dinamização cultural, pelo poder económico, pela ideia de família que ao longo de décadas foi emergindo. Lê-se como um romance ou como uma memória. Parte-se do silêncio e da desolação e chega-se a um filme animado por rostos de heróis vários, onde se cruzam a política, a economia, a poesia, a afirmação, o poder e a vida. Jorge Morais, com vários títulos já publicados no campo da história, recebeu o Prémio Bocage em 2006 por um texto de ensaio sobre a ligação do poeta sadino ao movimento maçónico.
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