O monumento actual é réplica de um outro, em pedra, de Teixeira Lopes, inaugurado em Novembro de 1903, que foi levado para o Museu da Cidade [de Lisboa] devido aos sucessivos actos de vandalismo. Está legendado com uma máxima da obra queirosiana A Relíquia - "Sob a nudez forte da Verdade o manto diáfano da Fantasia". A homenagem a Eça resultou de uma comissão à frente da qual estava o Conde de Arnoso, mas a forma como o monumento foi encarado não se revelou pacífica, pois os costumes levaram contestatários a manifestarem-se contra o desnudamento, como o fez um leitor do Correio Nacional em finais de Novembro de 1903: "Achei aquela obra por tal forma provocadora e lasciva, que entendo ficar mal a uma cidade consenti-la numa das suas praças. (...) Uma mulher de peregrina beleza, quase nua e naquela posição de lascívia pode, se quiserem, representar a Verdade, mas essa Verdade é daquelas que nem o decoro nem a polícia permitem que se descubram e a seriedade exige que se tapem com pano mais denso que o véu diáfano da fantasia."
sexta-feira, 18 de julho de 2008
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