DIÁRIO DA AUTO-ESTIMA – 82
Futebol – O desempenho da Selecção Nacional foi o que foi e os resultados são o que são. Teria sido bom que a equipa portuguesa tivesse ido mais longe; mas teria sido muito melhor que essa mesma equipa não tivesse sido transformada (como foi) na poção milagrosa que anestesiou o país por uns tempos. Ainda antes de o campeonato europeu começar, já se apontava Portugal como um provável vencedor, gesto que nos vem dessa mania de que tudo é fácil perante a nossa força e que nos leva a subestimar o empenho dos concorrentes que estão ao nosso lado. Felizmente, o filme acabou e a vida passou a ser mais próxima da realidade – com dificuldades, com agruras, com dores e com alegrias também. Regressávamos de uma anestesia ou de uma ficção como aquelas que vamos construindo para nos alhearmos da dureza quotidiana? Somos um povo de excessos de que a publicidade se vai aproveitando mas com os quais pouco ganhamos. E tem sido muitas vezes assim. Só que teimamos em não aprender…
Sair – Uma boa sugestão para quem viva por Setúbal ou aqui venha é uma ida ao Parque Urbano de Albarquel, recentemente inaugurado. É um passeio alegre, descontraído, higiénico. Longe dos ruídos citadinos (ainda que à saída da cidade), com uma paisagem de cenário feliz, com árvores que vestem a paz, com brisas que nos cumprimentam à passagem. A gente vê e sente e pensa: de que tem Setúbal estado à espera para que haja espaços destes? O que impede que a cidade se volte para as pessoas? A existência daquele espaço leva-nos a pensar que é triste não haver outros idênticos na longa frente que a cidade tem para o Sado, que todos temos andado a desperdiçar tempo de costas voltadas para a beleza que rodeia a cidade. Lamentavelmente. Vale a pena um passeio a este parque também para se ver o que não temos aproveitado.
Sair – Uma boa sugestão para quem viva por Setúbal ou aqui venha é uma ida ao Parque Urbano de Albarquel, recentemente inaugurado. É um passeio alegre, descontraído, higiénico. Longe dos ruídos citadinos (ainda que à saída da cidade), com uma paisagem de cenário feliz, com árvores que vestem a paz, com brisas que nos cumprimentam à passagem. A gente vê e sente e pensa: de que tem Setúbal estado à espera para que haja espaços destes? O que impede que a cidade se volte para as pessoas? A existência daquele espaço leva-nos a pensar que é triste não haver outros idênticos na longa frente que a cidade tem para o Sado, que todos temos andado a desperdiçar tempo de costas voltadas para a beleza que rodeia a cidade. Lamentavelmente. Vale a pena um passeio a este parque também para se ver o que não temos aproveitado.
Ver – Para quem goste de fotografia, aliás, para quem aprecie os momentos do tempo associados aos fragmentos do dia e à vida dos sentidos, uma outra proposta: Fragmentos de Emoção (Lisboa: Editorial Minerva, 2008), antologia de quase meia centena de fotógrafos amadores e amantes dos instantes em que se repara no que está. No total, quase centena e meia de fotografias, por onde perpassa a cor e o preto-e-branco, as coisas e as pessoas, a paisagem e o mundo próximo, os sentimentos e o outro, a luz e a recriação, a vida e a descoberta, o dia e os reflexos, o fascínio e a sensibilidade, a aventura e os afectos. O livro vê-se e lê-se com gosto, assim como num assomar às janelas do mundo para espreitar a energia dos momentos.
1 comentário:
Bom dia amigo!
Queria deixar o meu agradecimento pela referência ao nosso livro.
Quanto ao novo parque urbano, não posso deixar também de dizer que sou dos que discordam do nome que lhe dera, pois que Albarquel fica um pouco mais para lá; naquele lugar fica a Toca do Pai Lopes, ou então a restinguinha, que era o nome pelo qual o lugar era conhecido.
Com um abraço.
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