segunda-feira, 7 de julho de 2008

Em formação

A avaliação do desempenho docente e o facto de ter cargos com ela relacionados levaram-me a uma acção de formação hoje iniciada. E quanto mais penso sobre o assunto mais me convenço de que a inquinação deste processo de avaliação foi grande: depois de tudo o que foi dito, depois dos avanços e recuos, depois do ambiente criado, eis que surge formação – agora – para explicar a filosofia do processo, para o aprofundar… quando muitas escolas e professores já investiram no aprofundamento e apropriação das regras e depois de muitos erros terem sido cometidos, incluindo nos sítios onde mais à frente se quis ir. Esta formação vem fora de tempo útil para um processo que tem que arrancar em Setembro, vem pôr de novo as pessoas a trabalhar à pressa para um processo que vai ser de avaliação. Já devia ter acontecido há muito, logo que o sistema começou a ser montado. Ter-se-iam evitado erros, desgastes e deslizes, independentemente de se concordar ou não com este método de avaliação. Esta formação, no mínimo, já deveria ter acontecido há muito, repito, mesmo para que as pessoas se apropriassem dos princípios e sobre eles reflectissem, optimizando o possível.
[imagem a partir de: www.renascenca.br]

2 comentários:

Anónimo disse...

Não posso estar mais de acordo! Aliás, este processo é "exemplar" no que respeita aos métodos de actuação do(a)ME.A carroça à frente dos bois, sempre, quer vá carregada de boa ou má palha!
Quanto mal-estar e trabalho infrutífero teria sido evitado se a filosofia do processo tivesse sido previamente apresentada.
Mas não era possível ... tal implicaria a disponibilidade para o diálogo, coisa que não consta do dicionário da 5 de Outubro!
Pior, tal permitiria a reflexão atempada e a contra-proposrta, coisa que também não é bem recebida!
«Erros, desgastes e deslizes», esta frase resume tudo!Lamentavelmente ...
MCT

aminhaserra.blogspot.com disse...

Estas "formações" que acontecem por toda a parte a troco de coisa nenhuma,representam apenas "deformações". Dirigem-se apenas aos não formados, porque os que, formados de facto estão, não têm tempo nem paciência para assistir pacificamente ao que dos deseducadores ouvem.

Glória Santos Dias