domingo, 29 de março de 2009

Em Setúbal, a "sensibilização" contra o caos que foi criado no trânsito da "baixa"

«Acção de sensibilização em Setúbal sobre estacionamento na Avenida Luísa Todi - A PSP, em concordância com a Câmara Municipal de Setúbal, realiza, entre segunda e quarta-feira, na Avenida Luísa Todi, uma acção de sensibilização de ordenamento do estacionamento. A medida, que incidirá no troço compreendido entre o Quartel do 11 e o Governo Civil da faixa Norte, pretende advertir os automobilistas para a impossibilidade de estacionarem as viaturas em zonas proibidas e em segunda e terceira filas. O parqueamento inapropriado causa sérios transtornos na fluidez de trânsito na Avenida Luísa Todi, além de impedir que veículos prioritários possam cumprir os seus objectivos.Acções similares serão promovidas, posteriormente, noutros troços da Avenida Luísa Todi.»
A notícia diz apenas isto e consta na edição online Rostos. A atitude de "sensibilização" merecerá comentários aos utilizadores da "baixa" de Setúbal, que, confesso, só sou em escala de absoluta necessidade.
A Avenida Luísa Todi foi sujeita às obras do projecto Polis. O número dos lugares de estacionamento na parte que serve a zona mais comercial da "baixa" de Setúbal, justamente aquela que vai ser alvo da "sensibilização", foi reduzido e aquilo a que se tem assistido tem sido um verdadeiro caos: as três faixas de rodagem em cada sentido estão reduzidas a uma, porque o estacionamento tem acontecido em duas delas a esmo. Com o novo desenho da circulação e do não estacionamento, a Avenida quase ganha a configuração de passagem e não de chegada ou de estar, o que afasta as pessoas da frequência da "baixa", com todas as implicações que isso possa ter. Acresce o período de obras, mais o número de ruas que foram fechadas ao trânsito automóvel, mais...
É claro que existirá sempre a ideia de não levar o carro para ali. É verdade... mas a ideia era essa? Com que alternativas?
É que... sensibilização existirá, sensibilidade também, mas, na prática, os utilizadores da "baixa", do mercado e dos serviços por ali existentes vêem apenas reduzida a sua possibilidade de mobilidade e de transporte.
Por mim, prefiro não ter que me deslocar para aquela zona. A não ser que seja necessário, mesmo necessário, quase indispensável.

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