Manuel Alegre é entrevistado no Expresso de hoje, com um antetítulo que diz que o entrevistado “quebra o silêncio”. Não sei se terá sido boa ideia esta para apresentar um homem que se tem comprometido contra o silêncio…
Obviamente, a entrevista fala da política e do mal-estar que o deputado e poeta (tem) causa(do) e muitas pistas podem ser tomadas. Mas há uma que não deixo em claro: sendo Alegre um “militante do PS”, uma “referência histórica do PS”, não deixa de ser interessante o seu discurso sobre os partidos e o seu papel, que o mesmo é dizer sobre os partidos e as suas vantagens e perigos.
Obviamente, a entrevista fala da política e do mal-estar que o deputado e poeta (tem) causa(do) e muitas pistas podem ser tomadas. Mas há uma que não deixo em claro: sendo Alegre um “militante do PS”, uma “referência histórica do PS”, não deixa de ser interessante o seu discurso sobre os partidos e o seu papel, que o mesmo é dizer sobre os partidos e as suas vantagens e perigos.
Diz Alegre: “Os partidos não esgotam a democracia. Até a podem estragar. Sempre fui renitente em relação à lógica partidária. Mesmo na clandestinidade, fui um homem do partido por força das circunstâncias históricas, mas fui sempre um rebelde. As pessoas devem preocupar-se, a começar pelos líderes, com este fenómeno de os partidos se transformarem na entronização de um líder, seja ele qual for. É o grau zero da política, da discussão, da ideologia. Neste congresso [do PS em Espinho, no fim-de-semana passado], nem a moção do secretário-geral foi discutida!”
Aviso para os de fora e para os de dentro. Vale a pena repensar o papel dos partidos. Ou, pelo menos, na forma como muita gente chega aos lugares dos partidos e nas transformações que depois lhes imprime. Um partido é feito de pessoas, sabemos. Mas, atrás delas, vão muitos interesses, que, por vezes, falam mais alto do que a cidadania. Um partido deve ser um fim, um meio ou um contributo?
Aviso para os de fora e para os de dentro. Vale a pena repensar o papel dos partidos. Ou, pelo menos, na forma como muita gente chega aos lugares dos partidos e nas transformações que depois lhes imprime. Um partido é feito de pessoas, sabemos. Mas, atrás delas, vão muitos interesses, que, por vezes, falam mais alto do que a cidadania. Um partido deve ser um fim, um meio ou um contributo?
1 comentário:
Seria um interessante debate!
O que entendemos que deve ser um partido? E quando ele o não é, continuamos a votar só porque a sua raiz ideológica nos cativa?
Deveriamos julgá-lo pelo que diz ou pelo que faz?
Pois ... e quando avaliarmos os contributos, o que restará?
Desiludida? Sim, muito!
MCT
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