Passam hoje 200 anos sobre o desastre da “Ponte das Barcas” havido no rio Douro, no Porto. A ponte, assente sobre barcaças, fora inaugurada três anos antes. Em 29 de Março de 1809, pareceu ser a salvação de muitos portuenses para passarem para o outro lado, em fuga, quando as tropas de Soult, na segunda invasão francesa, atacavam a cidade. Milhares de vítimas terão perecido.
Na confusão instalada, estava a setubalense Luísa Todi, então a viver no Porto. Ao biografá-la, em 1872, Ribeiro Guimarães evoca o episódio passado com a cantora: “Dirigiu-se à praia para embarcar. Levava consigo um saco com dinheiro e no acto de entrar para o barco, atrapalhada com o saco, escorregou e caiu ao rio. A criada teve a feliz lembrança de imediatamente lhe atirar um remo, a que se agarrou, e assim escapou à morte, perdendo todavia o saco com o dinheiro. Quando iam fugindo, uma bala francesa feriu a filha Maria Clara num joelho. Ela, sua filha e muitas outras pessoas acolheram-se ao lazareto, onde se viam desprovidas de todos os recursos, e a filha da nossa cantora sem nenhum tratamento. Era necessário alguém ir pedir ao general francês, ou a alguma autoridade, socorros e facultativo. Foi a própria Todi, que falava perfeitamente a língua francesa, quem se dirigiu ao general, que a tratou com extrema afabilidade e logo mandou um facultativo e socorros para o lazareto.”, conforme citação por Victor Eleutério, em Luiza Todi – A voz que vem de longe (Lisboa: Montepio Geral, 2003). Luísa Todi viveria ainda por mais 24 anos, até 1833, data em que faleceu com 80 anos.
O acontecimento de há duzentos anos está perpetuado em bronze, nas “Alminhas da Ponte”, na Ribeira do Porto, em obra de Teixeira Lopes, datada de 1897.
Na confusão instalada, estava a setubalense Luísa Todi, então a viver no Porto. Ao biografá-la, em 1872, Ribeiro Guimarães evoca o episódio passado com a cantora: “Dirigiu-se à praia para embarcar. Levava consigo um saco com dinheiro e no acto de entrar para o barco, atrapalhada com o saco, escorregou e caiu ao rio. A criada teve a feliz lembrança de imediatamente lhe atirar um remo, a que se agarrou, e assim escapou à morte, perdendo todavia o saco com o dinheiro. Quando iam fugindo, uma bala francesa feriu a filha Maria Clara num joelho. Ela, sua filha e muitas outras pessoas acolheram-se ao lazareto, onde se viam desprovidas de todos os recursos, e a filha da nossa cantora sem nenhum tratamento. Era necessário alguém ir pedir ao general francês, ou a alguma autoridade, socorros e facultativo. Foi a própria Todi, que falava perfeitamente a língua francesa, quem se dirigiu ao general, que a tratou com extrema afabilidade e logo mandou um facultativo e socorros para o lazareto.”, conforme citação por Victor Eleutério, em Luiza Todi – A voz que vem de longe (Lisboa: Montepio Geral, 2003). Luísa Todi viveria ainda por mais 24 anos, até 1833, data em que faleceu com 80 anos.
O acontecimento de há duzentos anos está perpetuado em bronze, nas “Alminhas da Ponte”, na Ribeira do Porto, em obra de Teixeira Lopes, datada de 1897.
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