Em 8 de Fevereiro de 1943, Sebastião da Gama, então a caminho dos 19 anos, compôs um dos seus poemas mais conhecidos, que, dois anos depois, teria como título de livro. Falo de "Serra-Mãe", texto que teve primeira publicação no jornal montijense Gazeta do Sul, na sua edição de 21 de Março desse ano (nº 637), onde saiu apenas com o título de "Poesia" (de que reproduzo o respectivo recorte) e assinado pelo pseudónimo Zé d'Anicha, construção artística de homenagem à formação geológica que do azul das águas espreita a Arrábida.
Dois anos depois, em 1945, era publicado o seu primeiro livro, Serra-Mãe, com a chancela da Portugália, ainda que custeado pela família. Nesse momento, o poema que escrevera dois anos antes, recebia o título homónimo do livro - "Serra-Mãe".
Sebastião da Gama (cujo 57º aniversário de falecimento passou ontem) colaborou no semanário montijense durante quase três anos, entre 1940 e 1943, com cerca de duas dezenas de textos.
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