Diário da Auto-Estima – 94
Onde está? – Desde o início do ano que ando à procura do Correio de Setúbal. É sabido: teve a interrupção natalícia e retomou a saída com novo formato e distribuição gratuita. E onde está? Dizem-me que no sítio tal e também no sítio xis. Mas um e outro são distantes. Mas não está onde sempre esteve – na loja onde me dirijo há anos para comprar jornais ou revistas e onde adquiria o Correio de Setúbal. Questão de hábitos, eu sei. Mas tenho que os mudar? Entretanto, vou ouvindo lamentos de outros leitores com vícios semelhantes… Espero, pois, que o jornal regresse aos sítios habituais. Por compromisso com os leitores, independentemente de ser pago ou de ser oferecido.
Escola – Triste, cada vez mais triste, vai sendo o ambiente dentro das escolas. Onde havia relações profissionais com considerável dose de familiaridade e de partilha há agora afastamentos e individualismos. Foi isto que se produziu. Até ao momento, ainda não vi que da transformação adviessem melhorias para o sistema educativo ou, para ser mais claro, para os alunos. A responsabilidade não pode ser apenas do neo-liberalismo, que ninguém conhece. Nem da crise, que veio depois. Nem da globalização, que é boa ou má consoante o que queiramos.
Política – Cada vez mais discutida na praça pública. Desinteressante. Com muita gente a dizer que não vai participar nos actos eleitorais. Também triste. E duas notas: as promessas governamentais à classe média (fantástico, não é?) e Ramalho Eanes a chamar a atenção para o facto de as campanhas eleitorais terem de deixar a folclorice. E uma outra: localmente reproduz-se, com frequência, o modelo nacional. Não porque seja bom, mas pelo folclore.
Palavras – “Hoje em dia, toda a gente evita chamar as coisas pelos nomes: um cego é um invisual, um animador de televisão um artista, os mortos em breve serão não-vivos.” (Philippe Claudel, Desisto, 2006, em tradução portuguesa de 2009). Poderíamos acrescentar a expressão “politicamente correcto”, que serve para impedir o murro que por vezes apetece dar na mesa.
Escola – Triste, cada vez mais triste, vai sendo o ambiente dentro das escolas. Onde havia relações profissionais com considerável dose de familiaridade e de partilha há agora afastamentos e individualismos. Foi isto que se produziu. Até ao momento, ainda não vi que da transformação adviessem melhorias para o sistema educativo ou, para ser mais claro, para os alunos. A responsabilidade não pode ser apenas do neo-liberalismo, que ninguém conhece. Nem da crise, que veio depois. Nem da globalização, que é boa ou má consoante o que queiramos.
Política – Cada vez mais discutida na praça pública. Desinteressante. Com muita gente a dizer que não vai participar nos actos eleitorais. Também triste. E duas notas: as promessas governamentais à classe média (fantástico, não é?) e Ramalho Eanes a chamar a atenção para o facto de as campanhas eleitorais terem de deixar a folclorice. E uma outra: localmente reproduz-se, com frequência, o modelo nacional. Não porque seja bom, mas pelo folclore.
Palavras – “Hoje em dia, toda a gente evita chamar as coisas pelos nomes: um cego é um invisual, um animador de televisão um artista, os mortos em breve serão não-vivos.” (Philippe Claudel, Desisto, 2006, em tradução portuguesa de 2009). Poderíamos acrescentar a expressão “politicamente correcto”, que serve para impedir o murro que por vezes apetece dar na mesa.
Adenda: Já depois de escrita a crónica, fui informado de que poderia ler o Correio de Setúbal, assim como os outros títulos do grupo (Sem Mais Jornal e Jornal Concelho de Palmela), na net, em pdf. Basta clicar para aqui.
Sem comentários:
Enviar um comentário